domingo, 25 de novembro de 2007

Ana Branco, brotos e sementes





Vc conhece a Ana Branco?
Biochip é um grupo aberto de estudo, pesquisa e desenho, que investiga as cores e a recuperação das informações presentes nos modelos vivos: hortaliças, sementes e frutos.
A pesquisa Biochip encontra ressonância e analogia com a prática da Agricultura Ecológica em relação à Terra.
Na agricultura convencional, quando uma lagarta come uma planta, ataca-se a lagarta para se defender a planta. Na prática ecológica, ao invés de se agir diretamente na planta, o que é trabalhado é a Terra, o ecossistema, a base onde a planta busca seus nutrientes. Quando o solo também está vivo, a planta pode buscar seus nutrientes com um mínimo de esforço, absorvendo nutrientes, já decompostos pelo metabolismo da Terra.
Para recuperar a vida de um solo ácido, é necessário alcalinizá-lo. Isso é feito com o plantio de sementes e hidratação para que haja biogênese (geração de vida) e revitalização.
A diversidade das sementes não somente colabora com a alcalinização como amplia as possibilidades de trocas. Da mesma maneira, nosso corpo pode ser considerado um latifúndio, alcalinizado e reconectado através da revitalização e da recepção de informações que se ampliam diante da biodiversidade da vida, quando ingerimos alimentos vivos.
As sementes, hortaliças e frutos crus, como são encontrados na natureza, são concentrados vivos de informações armazenadas - "biochip". Reconhecendo que essas informações podem ser decodificadas a partir do contato direto com os modelos vivos e que as cores geradas pela vida da Terra recuperam no nosso corpo informações matrísticas, isto é, relacionadas diretamente com a nossa origem enquanto mamíferos, foi organizada a proposta do Biochip que busca uma revitalização da relação humana com a natureza viva.
Aos participantes da pesquisa são propostas experiências estéticas com esses modelos, a partir de investigações relacionadas com a forma, cor e sabor, que culminam na produção e ingestão de desenhos vivos.


Os materiais para o Desenho de Investigação podem ser rabanetes, cenouras, beterrabas, brócolis, quiabos, couve, tomates, etc .
Os alimentos vivos, considerados como pigmentos para as composições, são coletados em hortas de cultivo orgânico onde acontecem as atividades do Biochip.
Cada participante recebe a indicação inicial de buscar as cores atraentes ao olhar, aromas e sabores interessantes ao paladar.
A hortaliça recém-colhida está no máximo de sua vitalidade: as cores, sabores e informações são, ainda, originais. Durante a colheita e o processamento, o participante tem seus sensores corporais ativados pelo contato com a terra e pelo ecossistema gerado por esse novo ambiente. Com isso, o organismo humano vai se preparando para receber o alimento.
Cada participante, a partir do contato com a terra , com os modelos vivos e com os processos de coleta, lavagem e investigação das possibilidades formais que cada modelo desperta, organiza composições individuais com a matéria viva sobre suportes planos.
Durante o Desenho de Investigação, o participante segue os vestígios das modificações geradas pela ação do corte, do tempo, do desencadear do processo de germinação, da mudança de temperatura, fermentação, desidratação, entre outras técnicas.
É importante que, ao desenhar, sejam examinadas com atenção as maneiras como a cor e o sabor podem ser modificados pela forma e as surpresas geradas durante o processo. A soma dos desenhos individuais compõem um desenho maior, coletivo, sob a forma de mandala. Este é um desenho que aponta para o centro, usado como instrumento para evidenciar uma ordenação existente porém ainda desconhecida, tendo efeito reorganizador, tanto individual como coletivamente. Os processos e as descobertas são comentados, os sabores experimentados, as surpresas, as soluções geradas pelo corte e as novidades são incorporadas. Os participantes, então, oferecem seus desenhos e estes são saboreados.


A investigação através do desenho com modelos vivos proporciona uma experiência não somente para o nosso próprio universo afetivo visual , como também para o nosso próprio universo afetivo saboroso, impresso culturalmente tanto em nossos olhos como em nossa boca., conforme nos ensina H.Maturana. Reconhece-se a relação entre saber e sabor, palavras que têm a mesma origem.
A revitalização das sementes é um aprendizado básico fundamental de recuperação do humano, substituindo-se um caminho de desconexão que carrega metáforas de guerra, ataque, defesa e amortecimento por uma atitude que prioriza a geração de vida como meio de aquisição de conhecimento. Propomos que as sementes sejam revitalizadas para que seu potencial seja expandido e a espécie humana recorde que o processo criativo é natural no ser vivo.
Para promover a dinâmica desejada a essa aprendizagem foi construído os Laboratórios Itinerantes de Pesquisa do Aprendizado com Modelos Vivos 1 e 2. Constituidos por estruturas auto-tensionada de bambu e tecido, sem fundações, com um mínimo de obstáculos entre o interior e o exterior com a intenção de promover a liberdade e a permeabilidade com o entorno. Quando instalada, a estrutura sinaliza no ambiente a presença de grupos em atividade, além de circunscrever o espaço da ação, enfatizando o resultado do desenho coletivo. A organicidade e a leveza do material com o qual a estrutura foi construída indicam a atitude necessária para a atividade, liberando comportamentos e expectativas. Os apoios e assentos estimulam uma postura leve e movimentação ativa do corpo, além de apontarem para a dinâmica da conexão do homem com a terra.
Esses Laboratórios foram projetados para poder ser instalado em diferentes locais, que possuem saberes e sabores característicos, incorporando as variações do novo ambiente.O sistema construtivo utilizado baseou-se na metodologia de auto-construção e dá continuidade a uma linha de outros objetos em experimentação no campus da PUC Rio.


O Laboratório Itinerante possibilita que a escola vá até onde o conhecimento se encontra, sublinhando e legitimando o saber local e lembrando que a informação existe além das fronteiras formais de aquisição de conhecimento. O Biochip faz parte das atividades desenvolvidas no LILD -Laboratório de Investigação em Living Design do Departamento. de Artes e Design da PUC-Rio.
Nesse espaço são estimuladas metodologias e técnicas envolvidas no processamento com materiais vivos, aqueles que são encontrados na natureza, prontos para o uso, tais como bambu, argilas e sementes.
A proposta do Biochip é conseqüência das observações e estudos feitos durante as aulas da disciplina Convivências Multidisciplinares do Departamento. de Artes e Design e de experimentos com a comunidade na Bio-Oficina sem vestígios, no LILD.
Nesses grupos são discutidas questões de fôrma e forma, como a variação da forma determina a alteração do sabor, a recuperação de informações através do contato direto com materiais capazes de estabelecer "pontes orgânicas", questões de rompimento da informação a partir da perda da água molecular, desnaturação e eternização da forma e suas conseqüências no indivíduo e na sociedade.
As idéias expostas se orientaram em conhecimentos gerados por estudiosos como: Norman Emersom, Lyall Watson, Rupert Sheldrake, Ann Wigmore, Nise da Silveira, Humberto Maturana, Lutzemberger, Nasser, entre outros.
O texto mostra o básico do trabalho dessa mulher encantadora, a quem tive o prazer de conhecer pessoalmente neste fim-de-semana, numa palestra em Porto Alegre. Foi um daqueles momentos que muda a sua vida, vc não pode continuar pensando e agindo da mesma maneira que fazia antes de vivenciá-lo.
Para quem quiser conhecer mais:http://wwwusers.rdc.puc-rio.br/anabranc/
Parece bobagem acreditar que nós abortamos várias possibilidades de evolução ao adotarmos o cozimento da nossa comida...

domingo, 18 de novembro de 2007

A sabedoria da Mãe Natureza OU animais são seres inferiores?




Assisti ao filme A Marcha dos Pingüins (com uma certa demora, concordo) e ele me provou, mais uma vez, que os animais são mais sábios que os seres humanos.




O documentário mostra uma corajosa e coletiva jornada pela preservação da espécie
Na Antártida, em todo mês de março, centenas de pingüins fazem a marcha de milhares de milhas de distância pelo continente a pé, enfrentando animais ferozes, temperaturas frias, ventos congelantes, através das águas profundas e traiçoeiras. Tudo para encontrar o par com o qual irão constituir uma família. Essa já é uma indicação da sabedoria dessa espécie, que não mede sacrifícios para estabelecer o que nós, humanos, muitas vezes não valorizamos: a união apaixonada de macho e fêmea e a manutenção de uma vida, a qualquer preço. Os humanos conseguem abandonar suas crias pelas ruas, para que sobrevivam sem meios e alguns, depois de matá-las, depositam seus corpos em lixões ou lagoas. Há muitas uniões que não resistem a um inverno..


Em um cenário de gelo desértico, a história se repete há milênios e dela depende a manutenção da espécie: a marcha de milhares de pingüins-imperadores em busca do par perfeito.
Por instinto, enfileirados aos montes, machos e fêmeas deixam seu habitat natural em direção ao deserto gelado da Antártica em uma maratona de bravura e sobrevivência até realizar seu ritual de acasalamento.

O documentário mostra a inversão de papéis entre pingüins machos e fêmeas, onde o casal se separa após o tempo suficiente para a fecundação, romanticamente chamado no filme, de "a dança". A fêmea deixa o ovo para ser chocado pelo macho, enquanto retorna para o mar em busca de alimento.
Meses se passam e os pingüins machos têm a árdua tarefa de aquecer e proteger o rebento, à espera do retorno de suas fêmeas. É estimulante ver a bravura desses machos, reunidos em círculos, amontoados para manter o calor em seus corpos, girando continuamente em busca da energia que os fará sobreviver aos cruéis ventos das tempestades de inverno. Muitos morrem, muitos ovos são perdidos na confusão das ventanias, mas eles aguardam com persistência a conclusão do grande plano iniciado nos primeiros passos da marcha. Exemplo para muitos humanos, que desistem aos primeiros obstáculos encontrados em seus planos e estratégias de vida. Sucumbem aos contratempos e fogem para caminhos considerados mais "fáceis" , abandonando seus ideias, sonhos ou missões. Maravilhosa também essa troca de papéis considerados clássicos entre macho e fêmea e a colaboração incansável entre eles, a parceria inabalável do casal.




A família de pingüins terá que se reunir num breve espaço de tempo, para que o novo membro receba comida, caso contrário, não sobreviverá.
O reencontro com as fêmeas dá largada à corrida dos machos em direção às águas do Oceano Antártico, a marcha dos famintos, após a extenuante missão cumprida de zelar pelos filhotes. Caberá então, às fêmeas, a tarefa de preparar os bebês, até que possam se arriscar sozinhos no mar. Assim, o ciclo se fecha até chegada do próximo outono.




Eles sabem a hora exata de partir e qual o caminho a seguir, mesmo que a paisagem pareça ser absolutamente igual, branca e gelada. Conseguem se reconhecer pelo som de suas vozes, mesmo que para nós eles sejam um bando de aves idênticas. Têm um objetivo e por ele são capazes de dar a vida. O ego é suplantado pelo bem do coletivo. E amam, Amor com A maiúsculo.




Quanto mais apreendo sobre os hábitos dos animais, mais os admiro e não posso considerá-los inferiores. Em muitos aspectos, eles são SUPERIORES A NÓS, SERES ROTULADOS COMO RACIONAIS...







domingo, 11 de novembro de 2007

Alimento contaminado mata 1,8 milhão por ano


notícia publicada em 11/11/2007 - 07h38

Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que cerca de 1,8 milhão de pessoas morrem no mundo por ano exclusivamente por causa da ingestão de bebidas e alimentos contaminados. De acordo com a entidade, pelo menos 200 casos de fraude e contaminação de grandes proporções são identificados a cada ano nos vários continentes, a exemplo do escândalo envolvendo leite longa-vida integral adulterado, revelado pela Polícia Federal há duas semanas. No caso brasileiro, porém, não foi identificado risco grave para a saúde.
Para a OMS, é evidente que a incapacidade dos países para assegurar plenamente a segurança dos alimentos está se agravando. Segundo a agência da ONU para a Saúde, questões como globalização do comércio de alimentos, urbanização, mudanças no estilo de vida, degradação ambiental, contaminação deliberada e desastres naturais estão incrementando os riscos do consumo, contrariando a expectativa de que avanços consolidados na tecnologia garantiriam produtos melhores.

"A produção de alimentos está mais complexa, gerando maiores oportunidades para a contaminação e o aumento de doenças", alerta a organização. As contaminações não ocorrem apenas nos países emergentes, como o Brasil. Nos países ricos, uma a cada três pessoas adquire uma doença decorrente da alimentação a cada ano. Nos Estados Unidos, os alimentos geraram 325 mil hospitalizações, 5 mil mortes e 76 milhões de incidentes apenas em 2005. Em média, contaminações e fraudes nos alimentos custam US$ 35 bilhões por ano apenas para a economia americana.

Jamil Chade

e se fosse risco grave, vc acha que eles divulgariam? espalhar o pânico não é uma atitude "equilibrada"... a verdade traria mais problemas do que manter a mentira. como definir "risco grave"... apenas a morte súbita? se vc morre lentamente, sendo envenenado aos poucos, uma pequena dose diário, não é considerado "risco grave", afinal, todos vamos morrer um dia, não? um pouquinho de alumínio ali, uma soda cáustica aqui, uma pitada de timerosal, um dedo de inseticida, doses minúsculas de dioxinas, e assim vamos nós, caminhando inevitavelmente para a "morte sem risco grave"... vida saudável, nem pensar...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Sem punição

Impunidade é uma palavra que já está incorporada ao nosso cotidiano.
Ficamos cientes das denúncias, acompanhamos o processo pela mídia, aguardamos a finalização do caso e a conseqüente punição dos culpados... mas a parte final não se realiza.
Ou a notícia é abafada e/ou mascarada, ou alguém ou muitos são subornados, ou simplesmente, alguma instituição poderosa tratou de cuidar de seus interesses.

A Igreja Católica é um dessas instituições.
Age como a mãe protetora que agasalha seus filhotes sob as asas, não importando que sejam cópias xerocadas (ou clonadas) de Caim.

O documentário apresentado ontem pela Rede Record, CRIMES SEXUAIS E O VATICANO, produzido pela BBC, pode até ser uma arma usada na guerrinha religiosa católicos x evangélicos, mas não mostrou nenhuma mentira. Foi bastante didático e jornalístico e só não apresentou a versão dos dois lados, porque o Vaticano e os padres solicitados a dar declarações, negaram-se a conceder entrevista.

No depoimento de um especialista em direito canônico, ele diz que "há 50 milhões de crianças nas congregações espalhadas ao redor do mundo. O Vaticano não tem uma política de proteção para essas crianças. A única política que têm é proteger o criminoso, proteger o Vaticano. Esconder isso. Manter ao máximo o segredo para proteger a instituição."

Os poucos padres pedófilos punidos até agora, o foram pela ação da Polícia, não pela da Igreja.
As ações da Igreja frustram quem tenta colocar os criminosos na cadeia.

Os padres conquistam a confiança da família da criança, protegidos pela batina que os torna dignos de total confiança, pois são representantes de Deus.

Declaração de promotor de Justiça que participou de um caso envolvendo sacerdote acusado de pedofilia : "oficialmente, a posição da Igreja é colaborar com a Justiça. Mas na prática, ela lutou para obstruit todos os passos da investigação."

Padres fugitivos vivem sob a proteção do Vaticano em Roma.
Aprontam e depois correm a aninhar-se nas asinhas protetoras da Mamãe...

Outra declaração do especialista em direito canônico: "somente uma pessoa pode mudar essa situação.
O Papa pode acordar amanhã e dizer, esta é a política da Igreja:
amplo acesso para as autoridades civis;
isolamento absoluto e demissão dos padres julgados pela Justiça;
indenização financeira para todos os casos;
derrubar todas as barreiras para os processos legais;
cooperação completa com as autoridades em todos os lugares.
Ele pode fazer isso."

O Vaticano mantém silêncio, como dito acima.
Manifestaram-se as vítimas, crédulos católicos fervorosos, como uma avó que, ao saber pela boca do neto de 5 anos do abuso sofrido, perplexa dizia que ele estava com a única pessoa de quem ela jamais desconfiaria: ele estava com uma pessoa do Bem...

domingo, 4 de novembro de 2007

Mais enganação: escritores fantasmas


GIGANTES FARMACÊUTICAS CONTRATAM AUTORES FANTASMAS
PARA PRODUZIREM ARTIGOS CIENTÍFICOS


Centenas de artigos em periódicos médicos que deveriam ter sido escritos por acadêmicos ou médicos, foram escritos por autores fantasmas contratados por laboratórios farmacêuticos, como revela uma investigação da publicação The Observer.


Esses periódicos, bíblias da profissão, exercem enorme influência sobre
quais medicamentos os médicos receitam e o tratamento proporcionado pelos hospitais. Porém, o jornal The Observer obteve provas de que muitos artigos escritos por, assim chamados, acadêmicos independentes podem ter sido escritos por autores a serviço de agências que recebem grandes somas das indústrias farmacêuticas para fazer propaganda dos seus produtos.

Estimativas sugerem que quase metade de todos os artigos publicados em periódicos, são de autoria de escritores fantasmas. Enquanto os médicos que colocaram seus nomes nesses trabalhos são geralmente muito bem pagos por '"emprestar" sua reputação, os escritores fantasmas permanecem ocultos. Eles, e o envolvimento das indústrias farmacêuticas, raramente são revelados. Esses trabalhos endossando certos medicamentos são exibidos perante os clínicos como pesquisa independente, para persuadi-los a receitar os medicamentos.
Em fevereiro, o New England Journal of Medicine, foi forçado a revogar um artigo publicado no ano anterior, por médicos do Imperial College em Londres, e do National Heart Institute, sobre o tratamento de um tipo de problema cardíaco. Veio à tona o fato de que vários dos autores arrolados, tinham pouca ou nenhuma relação com a pesquisa. A fraude somente foi revelada quando o cardiologista alemão, o Dr. Hubert Seggewiss, um dos oito autores relacionados, telefonou para o editor do periódico para dizer que nunca tinha visto qualquer versão do trabalho publicado.


Um artigo publicado em fevereiro último no Journal of Alimentary Pharmacology, especializado em distúrbios do estômago, envolveu um autor trabalhando para a gigante farmacêutico AstraZeneca -- um fato que não foi revelado pelo autor. O artigo, escrito por um médico alemão, reconhecia a "contribuição" da Dra. Madeline Frame; porém, não admitia a sua condição de autora sênior da AstraZeneca. O artigo, apoiava o uso de um medicamento chamado Omeprazole -- de fabricação da AstraZeneca -- indicado para úlceras gástricas, apesar de pareceres revelando mais reações adversas do que os medicamentos similares.

Poucos dentro da indústria têm coragem suficiente para romper o silêncio.


Entretanto, Susanna Rees, assistente editorial de uma agência de trabalhos sobre medicina até 2002, ficou tão preocupada com o que tinha testemunhado, que mandou uma carta para o British Medical Journal. "As agências que escrevem artigos médicos fazem todo o possível para esconder o fato de que os trabalhos que escrevem e submetem a periódicos e eventos são escritos por fantasmas a serviço das empresas farmacêuticas, e não pelos autores apontados", escreveu ela. "O sucesso desses trabalhos fantasmas é relativamente alto -- não enorme, mas consistente." (...) "Um procedimento padrão que usei, estabelece que antes que umtrabalho seja submetido a um jornal eletronicamente ou em disco, o assistente editorial precisa abrir o arquivo do documento no Word e eliminar os nomes da agência responsável pela redação ou da agência de autores fantasmas ou da companhia farmacêutica e substituí-los pelo nome e a instituição da pessoa que foi convidada pela indústria farmacêutica (ou da agência que atua em seu nome), a ser apontada como autor principal, embora não tenha contribuído para o trabalho", escreveu ela. Quando entraram em contato com ela, ela se recusou a dar detalhes. "Assinei um acordo de confidencialidade e estou impedida de fazer comentários", disse ela.

Um autor que tem trabalhado para diversas agências, não quis ser identificado por receio de não conseguir trabalho novamente. "É verdade
que algumas vezes a empresa farmacêutica pague um autor de assuntos médicos para escrever um artigo apoiando um medicamento em particular", disse ele. "Isso significa usar toda a informação publicada para escrever um artigo explicando os benefícios de um tratamento em particular. Depois, um médico conhecido será procurado para assinar o trabalho. Esse será submetido a um periódico sem que alguém saiba que um autor fantasma ou uma indústria farmacêutica está por trás disso. Eu concordo que isso seja provavelmente antiético, mas todas as empresas estão fazendo isso". (...)


O Dr. Richard Smith, editor do British Journal Of Medicine, admitiu que os artigos-fantasmas são um "grande problema". "Estamos sendo enganados pelas companhias farmacêuticas. Os trabalhos vem com os nomes de médicos e, freqüentemente, descobrimos que alguns deles não têm a menor idéia a respeito do que escreveram", disse ele. "Quando descobrimos, rejeitamos o trabalho; mas é muito difícil. De certa forma, nós mesmos causamos o problema ao insistir que qualquer envolvimento com uma empresa farmacêutica, seja divulgado. Encontraram caminho para contornar isso e vão trabalhar na clandestinidade".

Conflito de interesses


Uma análise de 789 artigos dos jornais médicos mais importantes
(The Lancet, New England Journal of Medicine, Journal of the American
Medical Association, Annals of Internal Medicine) mostrou que um terço dos autores titulares tinham interesses financeiros em suas pesquisas, sob a forma de patentes, ações ou honorários das empresas, por estarem no Conselho Consultivo ou trabalhando como diretor.
http://pt.indymedia.org/imprimir/index.php?numero=55748&cidade=1


Noticiado em 07/03/2005.

Esquentam os combates da guerra na mídia

A Rede Record pegou pesado hoje, em horário nobre noturno, mostrando matéria sobre padre acusado de pedofilia e exibindo o documentário Crimes sexuais e o Vaticano.

A guerra com a Globo está acirrada. O Fantástico não é mais dono do campinho.

E a Igreja Católica está sentindo a ira do bispo...

Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós!



Campanha do IBAMA:
liberdade para as aves!


Lugar de passarinho não é na gaiola,
mas na Natureza!







sábado, 3 de novembro de 2007

SOBRE PODER




"Poder não é um distintivo e nem uma arma.

Poder é mentir.

Mentir muito e fazer o mundo todo ficar ao seu lado.

Quando todos crêem em algo que no fundo sabem que é mentira, você os conquistou".

Diálogo do filme Sin City, de Robert Rodriguez, baseado nos quadrinhos de Frank Miller.

A verdade faz os castelos de cartas desmoronarem.
E nem todos querem ver essa destruição, pois têm muito a perder com ela...

HEBE CAMARGO APÓIA PARMALAT

Hebe levou a bagatela de 236 mil reais para dizer que o leite da Parmalat é saudável!

Video em: www.parmalat.com.br

Charge: kkkkkkkkkkkkkkkkk... Poderosas!