
Os programas do Globo Repórter estão, cada vez mais, seguindo a tendência mundial de manter a saúde com alimentação saudável e tratamentos "anti-convencionais".
Ainda bem, que, aos poucos as pessoas estão despertando e, consequentemente, a mídia tem que acompanhar as tendências... mesmo que muitas vezes, aconteça o contrário, ela cria a tendência e a massa vai atrás!
Enfim, não importa quem começa, o importante é que boas notícias virem moda!
O programa abordou a alimentação saudável dos franceses e para nós, selecionei a questão da alimentação infantil nas escolas de lá - achei o máximo eles não terem cantina para vender porcarias.
O governo também está sendo esperto e razoável com seus gastos, pois já que todo o serviço de saúde é público e gratuito, é interessante que o povo permaneça saudável e assim, dar menos despesas... rs
Luta contra obesidade começa nas escolas francesas
Nos colégios de Paris, as crianças também comem o que a escola oferece. Para o governo francês, a prática é um investimento no futuro.
SÔNIA BRIDI E PAULO ZERO
Paris
29/05/09
Eles mal têm tamanho para carregar a bandeja. Ainda se atrapalham com os talheres, mas já sabem o que é uma alimentação saudável. Comem até se lambuzar. Os pequenos francesinhos estão aprendendo, na escola, a gostar de verduras e legumes.
A cozinha até lembra a de um restaurante sofisticado. A cozinheira cabo-verdiana vai preparando o rico molho de carne com legumes. Entrada, prato principal e sobremesa! Tudo é pesado para que cada criança receba exatamente os nutrientes que precisa e nunca mais calorias do que necessita. Na medida exata, para ter saúde e não engordar.
"São 60 gramas para cada menino do maternal, de 3 a 4 anos. Como são seis na mesa, temos que multiplicar 60 vezes seis. A comida daqui é como a preparada em casa”, garante a cozinheira da escola. 12:16 (0 minutos atrás) excluir Vera Falcão
Quando pergunto à menina, ela confirma: gosta tanto de comer na escola quanto em casa. Ela não sabe dizer por que é tão importante comer os legumes, mas a coleguinha de mesa tem a resposta na ponta da língua: "Porque eles têm vitaminas".
Nas escolas de Paris, não existe cantina, nem vendinha. As crianças também não podem levar biscoito, doces e guloseimas. A criança come o que a escola oferece.
É o jeito francês de lutar contra a epidemia de obesidade que avança pelo mundo e que fez dobrar o número de crianças acima do peso nos últimos dez anos. Esse é um fator de risco comprovado para desenvolver, na vida adulta, diabetes e doenças cardíacas.
Pascal Mereguetti, o diretor da escola, admite que é um desafio diário fazer as crianças comerem as verduras e legumes. Ele diz que, às vezes, é mais fácil para os pais darem doces e alimentos gordurosos para os filhos, e aí cabe à escola reeducar a garotada.
A nutricionista aproveita o almoço para pesquisar a receptividade dos alimentos. A escola está colocando aos poucos na merenda frutas, verduras e legumes orgânicos. Ela faz um questionário para saber o que eles querem comer.
Brócolis, cenoura e batata foram os mais votados. A escola já serve iogurte natural e pão orgânico, que as crianças adoram.
Para o governo, um investimento no futuro. Afinal, todo o serviço de saúde na França é público e gratuito. Se a geração dos pais deles é a mais vulnerável às doenças por causa da mudança de alimentação, esta cresce recuperando os benefícios perdidos.