sábado, 31 de janeiro de 2009

Medicina personalizada


Era dos tratamentos "tamanho único" pode chegar ao fim
DNA indica melhor droga para cada paciente


Andrew Pollack escreveu para o “New York Times” - publicado na Folha de São Paulo (12/01/09)

Durante mais de dois anos, Jody Uslan tomou o medicamento tamoxifeno na esperança de evitar a reincidência de um câncer de mama. Até que um novo exame sugeriu que, por causa da sua composição genética, a droga não lhe fazia nada bem.

"Eu estava devastada", disse Uslan, 52, que parou de tomar tamoxifeno e agora avalia tratamentos alternativos. "Você descobre que tomou esse medicamento por todo esse tempo e que não tinha benefício algum."

A situação dela é bastante comum -e não só entre centenas de milhares de usuárias de tamoxifeno nos EUA.

Especialistas dizem que a maioria das drogas, para qualquer doença, só funciona em cerca de metade dos pacientes. Isso significa um desperdício de aproximadamente US$ 300 bilhões por ano em remédios nos EUA, além de inúmeros pacientes sendo expostos a efeitos colaterais desnecessários.

É natural, portanto, que se depositem tantas esperanças na chamada "medicina personalizada", em que um rastreamento genético e outros exames auxiliam os médicos a determinar um tratamento sob medida -ou seja, qual droga é melhor para cada paciente-, em vez de continuar tratando todos de forma igual, na esperança de beneficiar uns poucos felizardos.

Os medicamentos Erbitux e Vectibix, contra câncer do cólon, por exemplo, não funcionam em cerca de 40% dos pacientes cujos tumores têm uma mutação genética específica. A FDA (órgão dos EUA que regulamenta drogas e alimentos) realizou recentemente uma reunião para discutir a conveniência de examinar os pacientes de modo a restringir o uso dessas drogas, cujo custo é de US$ 8.000 a US$ 10 mil por mês.

Um exame genético poderia, também, ajudar os médicos a determinarem a melhor dose de warfarina, um anticoagulante usado por milhões de americanos. Dezenas de milhares deles são hospitalizados todos os anos por causa de hemorragias internas provocadas por superdosagens ou por coágulos após doses insuficientes.

"Se você poupar uma internação para cada cem novos usuários de warfarina, você mais do que compensa o custo de testar todos os cem", disse Robert Epstein, executivo-médico-chefe da Medco Health Solutions, que administra planos empresariais de assistência farmacêutica. Esse exame custa entre US$ 100 e US$ 600.

Apesar de todo esse potencial, os especialistas veem alguns obstáculos formidáveis no caminho da terra prometida da medicina personalizada.

"Vai levar 20 a 30 anos para que tudo isso fique claro", disse Gregory Downing, que comanda os programas de incentivo à saúde personalizada no Departamento de Saúde dos EUA.

Os obstáculos incluem os laboratórios farmacêuticos, que podem relutar em desenvolver ou estimular exames que afinal limitariam o uso das suas drogas. Os planos de saúde podem não bancar os exames, cujo custo pode chegar a milhares de dólares. Para os fabricantes dos testes, que apostam num grande crescimento do setor, o principal empecilho pode ser provar que seus produtos são precisos e úteis.

Ao passo que é possível submeter as drogas a testes clínicos antes de comercializá-las, não há um processo geralmente reconhecido para a avaliação dos exames genéticos, muitos dos quais podem ser vendidos pelos laboratórios sem a aprovação da FDA.

A Genentech, que desenvolve drogas contra o câncer, solicitou recentemente à FDA que regulamente esses testes. O laboratório apontou "riscos à segurança dos pacientes, já que mais decisões sobre o tratamento se baseiam total ou parcialmente em afirmações feitas pelos fabricantes de tais testes".
Apesar de todos os obstáculos, a medicina personalizada virá. Mesmo os laboratórios, que temem a redução nas suas vendas, estão começando a perceber que seus remédios podem não ser aprovados ou comprados se não houver mais evidências de que funcionam de fato.

No ano passado, por exemplo, as autoridades europeias disseram que o Vectibix, do laboratório Amgen, não fornecia aos pacientes benefícios que justificassem sua aprovação. Então a Amgen reanalisou os dados do seu teste clínico. Como os resultados mostravam que o Vectibix funcionava melhor em pacientes cujos tumores de cólon não tinham uma mutação num gene chamado Kras, a droga foi aprovada apenas para esses pacientes.


Para mim, a medicina personalizada já existe há muito tempo... chama-se HOMEOPATIA...
Será que ainda vão levar de 20 a 30 anos para perceber algo que está diante do nariz de todos mas não é "visto"?
Cegueira - quando vamos despertar?
A propósito, assistam ao maravilhoso filme - Cegueira, de Fernando Meirelles - que mostra que a realidade é uma questão de ponto-de-vista. Ou leiam Ensaio sobre a Cegueira, de Saramago. Melhor ainda: absorvam ambas as obras.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Intoxicação alerta para perigos de agrotóxicos



Deverá sair nessa semana o resultado oficial sobre a substância que intoxicou 26 pessoas em Santa Maria, no última dia 19.

O laudo preliminar indicou que o produto era um organofosforado, um composto químico usado principalmente em inseticidas, que pode trazer problemas de saúde quando em contato com seres humanos e todo ano deixa centenas de vítimas no Estado do RS.

Os trabalhadores que tiveram contato com o pó, voltaram a trabalhar na sexta-feira (23), na usina de reciclagem onde o fato ocorreu; especialistas afirmam que apesar deles sentirem dores de cabeça, não haverá sequelas porque a exposição ao veneno foi breve.

O RS é um dos Estados com maior incidência de intoxicação por organofosforado.
A substância química é usada em agrotóxicos para matar pragas na lavoura, especialmente na cultura do fumo (creio que nesse caso, há um duplo prejuízo à saúde humana, pelo envenenamento com o agrotóxico e pela produção de fumo, que sabe-se é causador de câncer e outras doenças).

Em 2007, 210 pessoas no RS sofreram complicações de saúde em função do produto, conforme o Centro de Informação Toxicológica (CIT). Os dados de 2008 ainda não estão disponíveis.
Segundo a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a aplicação desse agrotóxico vem caindo nos últimos anos; segundo eles, hoje é possível plantar fumo usando outros produtos.

Essa última informação, para mim, confirma que vários produtos são licenciados e utilizados pelas pessoas com enormes riscos para sua saúde, sendo privilegiada a obtenção de lucro. Anos mais tarde, os responsáveis assumem o malefício e simplesmente dizem que "hoje já podemos usar produtos que não oferecem riscos". Mas e todos os que foram prejudicados nesse período em que o veneno foi usado livremente? Foram cobaias? Quantos produtos será que consumimos com essa possibilidade de nos fazer mal e não sermos, ao menos, informados? Quanta coisa consumimos sem ler cuidadosamente a bula (lá estão, em letras minúsculas, os riscos que estamos correndo...).

domingo, 18 de janeiro de 2009

A equinácea e a popstar


Figuras em contínua exposição na mídia têm grande poder nas mãos: são criadoras de comportamentos e inspiram milhares de pessoas a segui-los.
Tanto podem ser negativos quanto positivos e quando são da última espécie, temos que comemorar, pois há uma quantidade bem maior de maus exemplos veiculados pela televisão, expostos nas páginas dos jornais e revistas e disseminados pelos filmes.
Madonna conseguiu popularizar o uso da equinácea, bastando para isso ter incluído o chá feito com essa planta na sua lista de exigências no hotel onde hospedou-se na sua recente tour brasileira.


O artigo foi publicado em ZH Dominical (18/01/09).

Ela caiu nas graças de Madonna e ganhou fama no mundo inteiro.
A equinácea, muito utilizada pelos índios norte-americanos, combate o resfriado e ajuda na regeneração dos tecidos

De resfriado a herpes labial, a equinácea estimula a ação das células de defesa e a regeneração dos tecidos. Embora seja velha conhecida do mundo científico, que já propagou algumas de suas propriedades, tornou-se popular desde a notícia de que Madonna é adepta da planta. Na passagem pelo Brasil, a cantora incluiu em sua lista de exigências para o Hotel Copacabana Palace o chá de equinácea todos os dias. Se a equinácea ainda não tinha virado moda, chegou a sua vez.

O que pouco se comenta é que os índios americanos já usavam praticamente todas as partes da planta para diversas finalidades: faziam infusão para tratar picadas de inseto e mordidas de cobras venenosas. Também fumavam a equinácea para o alívio de dores de cabeça e mascavam a raiz para combater a dor de dente.

No meio acadêmico, em 2007, uma pesquisa da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, indicou a planta para a prevenção do resfriado. Segundo o estudo, ela reduz em até quatro vezes o tempo de duração da gripe. Quando combinada à vitamina C, as chances de desenvolvimento do resfriado caem em até 86%. Além disso, a raiz é recomendada no tratamento de queimaduras e ferimentos, devido à sua ação bacteriana.

De acordo com a farmacêutica Laila Espíndola, da Universidade de Brasília, por ser nativa da América do Norte, é difícil encontrá-la no Brasil. Apesar disso, devido às diversas propriedades benéficas ao organismo, cientistas estão atentos ao seu princípio ativo. O consumidor brasileiro pode achar com maior facilidade as cápsulas, feitas a partir da raiz ou das partes altas da planta, colhidas durante a primavera."



Mas para muitos a equinácea não é nenhuma novidade, principalmente para quem costuma usar métodos alternativos na cura e manutenção da saúde.
Em uma das minhas comunidades do orkut, a MÃES NATUREZA, há muito tempo o uso e as qualidades da equinácea são indicados como uma forma natural de estimular o sistema imunológico, principalmente para evitar gripes e resfriados.

Transcrevo algumas informações que postei por lá:

Muitos me perguntam sobre o uso da equinácea, a dosagem, para que serve, como comprar etc. Então, fiz esse resumão que espero tire as dúvidas sobre o assunto.

A equinácea é uma planta com ação anti-inflamatória e anti-bacteriana, que reforça o sistema imunológico, aumenta a produção de glóbulos brancos, os responsáveis por atacar infecções.
Existe sob várias formas, em gotas (tintura), comprimidos, pastilhas para chupar, cápsulas e chás.
Na minha experiência, utilizei a tintura e as cápsulas e a única diferença notada foi que as cápsulas são mais práticas para carregar e tomar.
É importante que sejam compradas numa FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO IDÔNEA, pois como hoje existem farmácias em todo o canto para o qual se olha, como teremos certeza da qualidade do produto, já que elas brotam como pipoca em panela quente?

Quanto ao tempo de uso: na prevenção, tomar por uma semana (7 dias), com intervalo de 1 semana e retomando novamente o ciclo. Deve-se fazer intervalos, pois existem estudos que demonstram que a sua eficiência diminui se for em uso prolongado, e ao interromper, pode-se alternar com outras plantas nesse intervalo (ou a própolis).
Caso já estejam doentes: o uso não deve ultrapassar os 7 dias, podendo fazer uma pausa de 2 dias e retomar, ou até os sintomas estarem eliminados, mas deve manter por mais 2 dias o uso da erva, para não haver recaídas; após os sintomas desaparecerem é sugerido retomar após 1 semana, com as dosagens de prevenção.

BÊBES COM MENOS DE 6 MESES NÃO DEVEM TOMAR, POIS A MAIOR PROTEÇÃO PARA ELES É O LEITE MATERNO.

DOSAGENS:

Na forma de TINTURA - crianças até 4 anos - 3 gotas uma vez ao dia (na prevenção) e se já estiverem doentes, 3 x ao dia. Pode diluir na água ou no suco, melhor se dado em jejum.
Crianças maiores: 8 gotas - 1 x ao dia, na prevenção - 3 x ao dia, se doentes.

Na forma de CÁPSULAS OU COMPRIMIDOS:

Como preventivo:
Crianças de 6 meses a 3 anos - 250mg 1 vez por dia (ou 125mg 2 x dia)
Crianças dos 4 aos 12 anos - 500mg 1 x dia (ou 250mg 2x dia)
Adolescentes e adultos - entre 500 a 1000mg 1 ou 2 x dia

Em caso de já estar doente:
Crianças de 6 meses a 3 anos - 250mg 3 vez por dia (ou 125mg 4 x dia)
Crianças dos 4 aos 12 anos - 500mg 3 x dia (ou 250mg 4 x dia)
Adolescentes e adultos - 1000mg 2 x dia

NÃO ESQUECENDO da importância da ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA, pois não adianta usar substâncias para agilizar o sistema imunológico e, ao mesmo tempo, ingerir toxinas que ajudam a criar um anbiente favorável para a instalação das bactérias e vírus.
É como dar dois passos para a frente e logo depois, dar dois passos para trás...
O processo de manter o equilíbrio envolve vários elementos e há várias ferramentas, que juntas, podem auxiliar nessa manutenção.


Há pouco tempo atrás, comprava-se equinácea livremente, mas é uma das ervas que agora, segundo a Anvisa, necessita de prescrição médica.
As dosagens aqui indicadas foram retiradas da seguinte fonte:
Guia Médico para a Saúde Infantil um guia prático de A a Z dos tratamentos naturais e convencionais de bebês e crianças - Janet Zand, Rachel Walton e Dr. Bob Rountree - Editora Campus

sábado, 17 de janeiro de 2009

Socorro, abelhas!


Já ajudei muitas pessoas através da internet e pela primeira vez estou pedindo ajuda, espero que alguém que leia esse tópico, possa me enviar uma luz, porque já tentei vários caminhos e não consegui uma solução, até agora.

O caso é o seguinte:

Há um enorme coolméia vivendo dentro do muro da minha vizinha, sendo que as aberturas pelas quais elas fazem a entrada e saída estão do meu lado, então quem sofre com o assédio das bichinhas sou eu!
Nada contra elas; se estão mudando-se para as cidades é porque os humanos estão desmatando, destruindo seu habitat natural e restou a elas viver em qualquer cavidade que encontrem. Esse fenômeno está se alastrando, já tivemos muitos relatos de invasões de abelhas aqui em Porto Alegre/RS, mas parece que nenhum órgão está devidamente preparado para agir.
Isso está ocorrendo há três verões, que cada vez estão com temperaturas mais elevadas e todo esse calor também aumenta a atividade dos insetos, dentro e fora da coolméia.


O que já foi feito:


Já cansei de dialogar com a vizinha, que como primeiro recurso chamou os bombeiros, que despejaram veneno e eliminaram uma boa parte dos insetos, mas outra sobreviveu bravamente. O interessante é que dizem que matar abelhas é crime ambiental (IN 109/06, em 04/08/2006 pelo IBAMA), no entanto é como os bombeiros livram-se delas.

Liguei e mandei e-mails para a SMAM, órgão que regula as ações no meio ambiente e me disseram nada poder fazer, pois só agem quando a coolméia está localizada em área aberta ou pública (praças, jardins, etc). Me passaram os telefones de alguns apicultores que poderiam retirar a coolméia, com o devido pagamento pelo serviço.

A vizinha, muito mão-fechada, ficou empurrando a questão com a barriga (ainda mais que no inverno, as abelhas desaparecem e nos esquecemos delas...).
Ela já foi picada, aqui em casa também fomos, mas nada parece abrir a mão dessa criatura. Até que ela resolveu chamar um profissional que disse ser necessário destruir a parede em que as abelhas estão alojadas e deu o valor a cobrar, que deve tê-la assustado, pois como solução provisória, o marido da referida senhora vedou as aberturas do muro (mas um trabalho amador e mal-feito, as abelha devem ter dado muitas risadas da tentativa de emparedá-las).

A entrada da coolméia

Em resumo: as abelhas lá continuam, também entrei em contato com o jornal Zero Hora, pedindo auxílio pois publicaram reportagens com situações semelhantes, enviei fotos, mas não me deram ouvidos. A vizinha continua chorando a falta de dinheiro (além de dizer que não quer por abaixo a tal parede-albergue de abelhas), no entanto, um belo dia abro a janela e vejo que ela instalou uma antena parabólica... cada um estabelece as suas prioridades e parece qua as dela não têm nada a ver com as minhas!

Então, se algum leitor condoer-se com a minha situação e tiver alguma idéia ou souber que procedimento seguir para obter uma solução rápida e rasteira, sem eliminar as abelhas, preferencialmente, gostaria muito que a colocasse aqui!
À noite, com quase 40º de calor, tenho que ficar com a casa toda fechada e sem acender as luzes, mas mesmo assim elas encontram passagens para entrar e perturbar o meu sono... sem contar o perigo das picadas e de um ataque-surpresa maciço (pois quem sabe exatamente o que rola na cabecinha delas...).

Detalhe: as abelhas na mão da minha filha aparentemente suicidaram-se, pois elas ficam circulando feito loucas em volta das luzes, caem no chão e um tempo depois, morrem... alguém sabe porque?

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Vampiros Vegetarianos



Hoje fui assistir ao filme Twilight (Crepúsculo): desde o Natal que minha caçula promovia insistente campanha para que a levasse para ver a história do romance entre uma humana e um vampiro.
Sempre fui atraída por filmes contando histórias de terror, principalmente sobre vampiros.
Quando era criança, ficava aterrorizada com as produções da Hammer, onde um Christopher Lee canastrão rasgava o pescoço das donzelas, sedento por sangue e prazer. Depois, a produção desse tipo de filme foi ficando mais sofisticada, como no maravilhoso Drácula de Bram Stocker, a Entrevista com o Vampiro, trazendo Tom Cruise e Brad Pitt transfigurados por enormes caninos, o surrealista e debochado A Dança dos Vampiros com a beleza estonteante de Sharon Tate e o charme de Roman Polanski, o hilário A Hora do Espanto, o juvenil Garotos Perdidos, o soturno vampiro de Klaus Kinski em Nosferatu, apaixonado pela virginal palidez de Isabelle Adjani e, claro, não esquecendo os clássicos Bela Lugosi e o primeiro Nosferatu de Murnau, além das séries de TV, Buffy e Angel.
Muitos e excelentes filmes sobre vampiros certamente ficaram de fora da minha lista superficial, que serviu para ilustrar que a mitologia vampiresca na qual se estruturavam esses filmes era, basicamente, a mesma:

1) vampiros são seres do Mal e das Trevas, são vilões e, rigorosamente, assassinos e caçadores;
2) temem a cruz, a água benta, enfim, símbolos cristãos;
3) não suportam a luz do sol, não podem se expostos a ela, pois queimarão até restarem apenas cinzas;
4) dormem durante o dia, em seus caixões cuidadosamente escondidos;
5) são solitários, quando muito têm uma companheira (e um servo fiel que atende a todas as suas necessidades);
6) uma estaca de madeira trespassando o coração, elimina a existência do morto-vivo.

Então, foi com algum espanto que fiquei ciente de uma nova mitologia vampiresca: os vampiros de Twilight vivem em família, moram numa cidade nas montanhas, onde o clima quase sempre sombrio e chuvoso permite que eles circulem livremente (a perigosa luz solar fica por trás das nuvens), integram-se à comunidade e, o mais interessante, esse grupo conseguiu controlar o impulso de matar humanos para alimentar-se e ataca apenas animais para beber seu sangue.
Num diálogo do herói com a heroína, ele se denomina um “vampiro vegetariano”, por não matar mais humanos e apenas animais. E ainda compara sua “dieta especial” com a de alguém que se alimenta o tempo inteiro de tofu...  A propósito, a jovem heroína é vegetariana e há várias referências sobre isso, por exemplo, quando ela vai comer com o pai numa lanchonete onde fazem pratos vegs (ela até o aconselha a comer menos carne).
Eles também não dormem nunca, nada de esquifes enterrados no porão da mansão soturna - aliás, vivem numa bélissima e moderna construção, com a maioria das paredes feita de vidro! Outra grande novidade é que podem tomar sol, mas não o fazem porque quando os raios tocam sua pele, começam a brilhar, minúsculos pontinhos de luz cintilam e, obviamente, não devem ser vistos com essa peculiariar aparência. Mas nada mais de pegar fogo, explodir e virar pó... uma visão bastante romantizada, onde os ex-seres das trevas mostram um look quase diáfano.
Essa é a idéia, a fórmula usada pela autora para capturar a atenção dos leitores, em grande parte jovens: a versão romantizada dos seres do Mal, assassinos redimidos e capazes de amar, ter sentimentos e não apenas a clássica sede de sangue.
Confesso que também fui seduzida por essa versão sensível dos seres que um dia me atemorizaram, me fazendo perder o sono, escondida sob as cobertas nas madrugadas insones.

Os Cullens, a família vamp e modernosa

O herói é lindo, gentil, inteligente, cavalheiro, parece não ter nenhum defeito, pois até controlar sua crueldade nata ele consegue; como temer essa personagem?
A família de vampiros é simpática e divertida, lembrando uma família Adams sem o visual monstruoso, pois todos são belos espécimes. Há também uma facção de vampiros que ainda matam humanos (vampiros carnívoros?).
A autora dos livros – Stephenie Meyer - nos quais se baseiam os filmes (uma continuação já está programada) mostra que nem tudo é preto ou branco, há tons intermediários. E se você temia a alta figura de capa preta e vermelha com longas presas aproximando-se da sua jugular, não tenha mais medo, porque talvez ele seja um “vampiro vegetariano” – leia-se vampiro bonzinho...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Fragmentos


Maysa, no momento, está sendo descoberta e redescoberta pelos brasileiros, através da minissérie global sobre sua vida e obra.
Já comentei em: http://compartitura.blogspot.com/2009/01/maysa-gata-transgressora.html

Agora e aqui gostaria de abordar o fenômeno que toma conta das pessoas quando uma figura pública fica em evidência, principalmente quando esteve no ostracismo por muito tempo, sendo cultuada em silêncio (por "silêncio" e "ostracismo" leia-se "longe da mídia", pois o que está longe dela não existe - outro fenômeno interessante a ser comentado).

Surge um grupo que parece reter todas as informações sobre o mito, são enciclopédias vivas e desdenham e criticam aqueles que não sabem tanto, menosprezando especialmente os neófitos - o grupo de novos fãs, na maioria jovens, que entraram em contato pela primeira vez com o ícone, apaixonando-se à primeira vista.
Os primeiros são passionais e ciumentos, como se gritassem "a fulana é minha, ninguém tasca, eu vi primeiro...", não querendo que ninguém mais a cultue com a mesma intensidade.
Existe também o grupo de admiradores menos fanáticos, que apreciam o trabalho e a personalidade da figura, conhecem sua obra e alguns fatos de sua vida, mas não são detentores de todos os detalhes de sua passagem pelo planeta.

Esses três grupos agitam-se em volta do trabalho conjunto de Manoel Carlos e Jayme Monjardim, cada um tendo uma preocupação diferente sobre a veracidade dos fatos e a interpretação da atriz Larissa Maciel.

Quanto à veracidade dos fatos: uma biografia foi escrita - Maysa: só numa multidão de amores, por Lira Neto - os créditos da minissérie a citam como "consulta bibliográfica" (apesar do roteiro ser de Manoel Carlos); como disse o autor, pode escrevê-la com autenticidade ante o enorme recurso oferecido a ele pelo filho da artista: os arquivos pessoais (diários, recortes, anotações, lembranças) de Maysa, escancarados e reveladores.
Mas aí entra a tesoura da edição: a seleção desse material, conforme o ponto-de-vista, preferências, o ângulo de visão e de que forma e com que intensidade se quer mostrar determinada notícia aos outros (o público).
Por exemplo, suponhamos que um bilhete escrito pela cantora seja ignorado pelo autor, achando-o insignificante para o contexto da história; talvez outro escritor considerasse esse bilhete tremendamente importante, contendo uma particularidade essencial para a compreensão da personalidade da biografada.
Esse exemplo imaginário serve apenas para ilustrar como pessoas diferentes enxergam de forma diferente (como no poema de Kipling, ”Os cegos e o elefante”, cada pessoa que nos conhece nos enxerga de uma forma diferente - somos camaleões).

Logo, também o roteirista, o diretor, a atriz que encarnou Maysa, enfim todos os envolvidos com a minissérie têm a sua versão da cantora (fazem a sua edição) E a união de todas elas criou o que assistimos na tela da TV. E ao recebermos a mensagem fazemos nós também a nossa decodificação, conforme repertório individual, a saber:

1) o fã de carteirinha - "mas não é nada disso, ela não era assim, isso não é verdade..." - ressentido;
2) o neófito - "que mulher incrível, que voz, que doida..." - deslumbrado;
3) o admirador - "é uma artista maravilhosa, que ótimo que suas canções estão sendo apresentadas às novas gerações..." - embevecido.

Os primeiros preocupam-se com detalhes, os segundos ficam de queixo caído com a novidade (o cenário artístico brasileiro está imóvel mesmo, não surge nenhum artista de peso e talento real) e os terceiros saboreiam a presença dela na mídia.

Maysa, assim como todas as pessoas que se tornam propriedade pública, é um mix de tudo que mostram, falam, inventam; é a mistura de todas as visões, de como seus pais, amores, filho, fãs, rivais, amigos e jornalistas a enxergaram e enxergam - parcialmente, pois cada um percebe e liga-se mais no aspecto com o qual se identifica ou tem maior interesse. Um exemplo: quando Maysa, na minissérie, lê uma poesia para a mãe, onde fala de sua inquietude e busca por um sentido na vida, ela simplesmente, não ouve e não entende as palavras da filha e parte para um discurso ortodoxo sobre como uma mulher deve tratar o marido e de como deve comportar-se adequadamente como esposa e dona-de-casa. Você foca aquilo que te convém, o que não te interessa você ignora, não escuta, não assimila...

Pois somos todos um mosaico, feito de milhares de pedacinhos que unidos contam nossa história... e quem conseguiria recolher todos esses pedacinhos com exatidão milimétrica e reproduzir a figura original?
Pois se, às vezes, até para nosso diário mais íntimo mentimos (ou distorcemos um pouquinho a verdade...).

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

"A Monsanto não é confiável"


Essa é uma questão beeeeeeeem antiga, já comentei sobre ela várias vezes, aqui no blog e também nas minhas comunidades do orkut.
Quem leu a história dessa corporação, sabe disso; só que a verdade vem à tona aos poucos, conforme pessoas pesquisam e denunciam as falcatruas escondidas sob o tapete da sala...


É o caso da documentarista e jornalista francesa, Marie-Monique Robin, que já publicou livros denunciando uma rede internacional de tráfico de órgãos e a prática da tortura na Guerra da Argélia e agora lançou O Mundo Segundo a Monsato, contando como uma indústria de químicos virou a maior companhia mundial de sementes geneticamente modificadas (transgênicas) e uma das empresas mais influentes do planeta, segundo a revista Business Week.
Marie relata como a empresa produziu durante 50 anos um isolante elétrico conhecido por PCB (bifenil policlorado), um produto banido dos EUA na década de 80 e foi condenada por contaminar o meio ambiente e o sangue dos cidadãos.
“Quase já não existem mais sementes naturais na agricultura do mundo”, diz Marie. “Será mesmo confiável deixar todo esse poder nas mãos de uma empresa como a Monsanto?”

“O Mundo Segundo a Monsanto” virou um documentário feito pela agência de cinema do Canadá. Para investigar a história, a jornalista passou cinco anos levantando 500 mil páginas de documentos e viajando para Grã-Bretanha, Índia, México, Paraguai, Brasil, Vietnã, Noruega e Itália.

Leiam a entrevista que ela deu à revista ÉPOCA:


ÉPOCA – Existem outras companhias que também desenvolvem a biotecnologia e possuem patentes sobre sementes. Por que fazer um livro exclusivamente sobre a Monsanto?

Marie-Monique Robin - Há cinco anos, quando trabalhava em três documentários sobre biodiversidade e os organismos geneticamente modificados - e ainda acreditava que eles não teriam problemas - eu acabei viajando muito. Fui para o Canadá, México, Argentina, Brasil e Índia, e em todas essas regiões eu sempre encontrava denúncias contra a Monsanto. Foi quando eu decidi buscar quem é essa companhia que é agora a maior produtora de biotecnolgia e de alimentos geneticamente modificados do planeta.

ÉPOCA – E como seria o mundo segundo a Monsanto?

Marie - Cheio de pesticidas. Cerca de 70% dos alimentos geneticamente modificados são feitos para serem plantados com uso do agrotóxico Roundup. Ao comer uma transgênico, a pessoa está praticamente ingerindo Roundup. E, ao contrário do que propagou a Monsanto, esse pesticida não é bom ao meio ambiente e muito menos biodigradável. Ele é muito tóxico. Tenho certeza que nos próximos cinco anos ele vai ser proibido no mundo, tal como aconteceu com outro produto da companhia, o DDT. O mundo segundo a Monsanto também é dominado por monoculturas. O que é um problema para a segurança alimentar, pois concentra a produção de alimentos na mão de poucos. Também considero arriscado deixar a alimentação mundial na mão de companhias que no passado produziam venenos e armas químicas como agente laranja, despejado por tropas americanas no Vietnan.

ÉPOCA – A história do Vietnam foi há 30 anos, e a opção por usar armas químicas foi do governo americano, e não das companhias. Por que culpar a Monsanto?

Marie - Mas os danos acontecem até hoje, e ninguém que lucrou com a venda desses produtos quer se responsabilizar. A venda de agente laranja para o governo americano foi um dos negócios mais lucrativos da Monsanto. Quando visitei o Vietnâ, vi hospitais repletos de crianças deformadas que nasceram assim por causa do agente laranja. Eles nascem deformados até hoje, porque o ambiente continua contaminado. Além do agente laranja, também usaram bifenil policlorado (um produto banido no mundo) nas misturas jogadas no país, que a própria Monsanto sabia serem tóxicas desde 1937. Nem os soldados americanos foram alertados. Muitos ganharam na justiça o direito de indenização sobre as deformações, câncer e outras doenças adquiridas pelo bombardeio químico feitos durante a guerra. E não é só no Vietnã. Há lugares no Canadá, na França e até no Brasil. O problema é que empresa sabia da toxidade desses produtos e optou continuar lucrando com eles. Como acreditar agora que o Roundup e os transgênicos são seguros?

ÉPOCA – Como a senhora pode provar que a Monsanto sabia que estava vendendo algo tóxico?

Marie - Na cidade americana de Annistion, no Alabama, estava uma das maiores plantas de produção de químicos do Monsanto. Em 2002, os moradores conseguiram comprovar a toxidade dos PCBs. A Monsanto foi condenada a pagar US$ 700 milhões de dólares pela contaminação causada ao meio ambiente e as pessoas da cidade. Eu tive acesso a documentos da companhia, com testes de toxidade feitos pela própria empresa. Eles sempre souberam. O pior é que a Monsanto continua a afirmar em seu webiste que não há ligação entre os PCBs e o câncer. Existem mais de cem estudos publicados que fazem essa comprovação. Até a Agência Americana de Meio Ambiente faz a ligação entre os PCBs e o câncer.



ÉPOCA – Se a empresa é tão perigosa, como seus produtos conseguem aprovação e clientes em vários países do mundo?

Marie - A Monsanto é uma companhia influente porque usa seu poder econômico para pressionar governos e também infiltra seus ex-funcionários em cargos políticos.


ÉPOCA – Onde estão as comprovações científicas contra os produtos da empresa? A senhora já sofreu alguma ameaça ou perseguição após a publicação do livro?

Marie - Os cientistas que testemunharam no meu livro foram afetados por campanhas difamatórias movidas pela Monsanto. Alguns perderam seus laboratórios, equipes, e nos piores casos, o emprego. Arpad Pusztai, que era pesquisador do Instituo Rowett, na Inglaterra, foi acusado de distorcer uma pesquisa que comprovava a toxidade das batatas transgênicas. O fato foi desmascarado por uma comitiva de cientistas internacionais e publicadas na primeira página do jornal The Guardian, em 1999. Outro caso foi do professor da universidade americana de Berkeley, Ignácio Chapela. Ele detectou a contaminação de milhos naturais pelas variedades trasngênicas, no México. Chapela sofreu a mesma campanha difamatória contra os resultados de sua pesquisa, chegou a ser demitido da universidade, mas conseguiu voltar ao posto após uma ação judicial.


ÉPOCA – Qual é o objetivo da empresa?

Marie - Eles querem controlar a produção de alimentos no mundo. Isso já aparece de várias formas. Primeiro, pela lei de patentes, que lhes dá direito sobre as sementes. Depois, eles usam a manipulação genética para criar plantas estéreis que não produzem sementes. Isso obriga os fazendeiros a comprarem sementes da empresa todos os anos. E por último, há os royalities cobrados após a colheita dos fazendeiros que foram obrigados a comprar sementes, adubos e agrotóxicos da Monsanto. Esse processo já acontece até no Brasil. Após a liberação da venda dos geneticamente modificados, a empresa começou a comprar todas as grandes produtoras de sementes do mundo. E hoje, a Monsanto é a maior empresa de sementes do planeta. O resultado é que se um fazendeiro quiser mudar sua produção de transgênicos, e voltar ao tradicional, daqui a alguns anos, provavelmente ele não vai conseguir. Pois só vão existir sementes transgênicas. E da Monsanto. Essa já é uma realidade dos Estados Unidos, onde quase não há mais produção livre de transgênicos. Na Índia não existem mais sementes de trigo que não sejam transgênicas também. Um dos problemas que intensifica esse processo é que a produção de transgênicos contaminada a tradiconal. A prática de imposição dos seus produtos é tão séria que nos EUA já existem processos contra a Monsanto por monopólio, algo similar ao que aconteceu com a empresa de tecnologia Microsoft.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Todo cuidado é pouco


Essa afirmação é antiga, lembro de avós e tias que as usavam referindo-se à cautela (aliás, tem outra ótima: "cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém...").
A Natureza também tem elementos com os quais devemos ter cuidado, que nada mais é do que informação, pesquisa, estudo - através desse procedimento exercemos a cautela necessária para evitar resultados negativos e escolher os positivos, que irão acrescentar qualidade à nossa vida.

O foco nesse texto refere-se à restrições para o consumo de algumas plantas; muitas delas causam efeitos que temos que evitar, num determinado momento, como usar uma erva com poder abortivo quando se está grávida, outras são tóxicas, venenosas mesmo.
Para saber diferenciar o joio do trigo, procura-se o auxílio de um profissional, um fitoterapeuta, seja numa consulta ou no estudo dos livros publicados por ele.
O que não dá para fazer é usar constantemente uma planta baseados somente no que uma vizinha falou, no que o senhor da feira recomendou, no que ouvimos no Fantástico... tem que ser mais do que isso, caso contrário, a tradição do uso das ervas acaba sendo uma presa fácil para quem deseja sufocar manifestações populares, transmitidas há várias gerações.
Vejam essa matéria:

FEIRAS LIVRES VENDEM ERVAS DE COMPROVADO EFEITO ABORTIVO

Alan Rodrigues

O aborto não é acessível em Salvador apenas em clínicas clandestinas e pelo uso de medicamentos proibidos como o Cytotec, vendidos livremente nas farmácias, conforme o Correio da Bahia noticiou na edição da última sexta-feira.
Nas feiras livres da cidade, é possível encontrar com fartura, e a baixo custo, diversas substâncias capazes de provocar a interrupção de uma gestação.
O efeito abortivo é confirmado pelo site especializado em medicina fitoterápica www.fitoterapia.com.br, que disponibiliza uma extensa lista de ervas a serem evitadas pelas grávidas, que coincidem com as sugeridas por feirantes.
Há ainda uma série de outras ervas listadas e, à primeira vista, acima de qualquer suspeita. Segundo o site, alecrim, sálvia, capim-santo, erva-doce, hortelã, noz-moscada, quebra-pedra, catuaba, carqueja e boldo, ervas consumidas por grande parte da população em forma de chás, possuem efeito abortivo.
Entre os chás mais utilizados, figura também o de sene, conhecido pelo efeito emagrecedor, que integra qualquer pacote “básico” de chás com finalidade abortiva recomendados sem cerimônia nas feiras livres de Salvador.
Nas bancas de folhas, uma conversa mais reservada logo traz à tona as variadas receitas. Uns confiam em apenas três ou quatro ervas. Neste caso, as mais recorrentes são a tiririca de babado, fedegoso, jurubeba e losna. A aplicação, explicam os feirantes, varia de acordo com o tempo de gestação. “É atraso de dias ou de mês?” perguntam os vendedores, invariavelmente. E advertem: “Se for até dois meses pode fazer, a partir de três é melhor não”.
De acordo com o site de fitoterápicos, em alguns casos a mulher pouco sensível às substâncias pode não realizar o aborto, mas há chance de o chá provocar lesões no feto.
Nos casos da gestação mais avançada, o indicado, segundo os feirantes, é uma garrafada, feita com sumo concentrado das folhas, apenas sob encomenda. Para gravidez ainda nas primeiras semanas, o chá resolve, eles garantem, apesar de algumas mulheres relatarem não sentir qualquer resultado após a ingestão da infusão. O preço, claro, varia de acordo à necessidade. A garrafada é vendida por R$ 35 o litro e o mix de ervas para o preparo caseiro custa de R$ 15 a R$ 20. Quem opta pela versão compacta com apenas quatro ervas, paga apenas R$ 3, mas o efeito é proporcional ao investimento.

Anvisa prepara normatização

Para o presidente do Conselho Regional de Farmácia da Bahia, Altamiro José dos Santos, a dificuldade de combater esse tipo de aborto reside nos hábitos da população.
É um problema cultural complexo. A sabedoria popular passa de geração em geração e as feiras e ervanarias estão espalhadas pela cidade, constata.
Altamiro aguarda a normatização, por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de ervas adequadas ao consumo, bem como das condições de preparo e armazenagem. Não há controle de nada, nem das condições sanitárias. São vendidas ervas cheias de fungos, denuncia.
Marília Cunha, gerente de Inspeção de Medicamentos da Anvisa em Brasília, afirma que a agência têm intensificado a fiscalização dos fitoterápicos, mas admite a dificuldade de monitorar as feiras livres. Ela cita os resultados obtidos com o rastreamento do comércio de abortivos naturais pela internet, como a apreensão de quatro toneladas de ervas, no Espírito Santo, que eram vendidas combinadas para promover a interrupção da gestação.
A gerente classificou a mistura apreendida como nojenta. "Essa gente diz que produz fitoterápicos, mas vende o material nas piores condições, deixam o material orgânico apodrecer", explica, lembrando que os consumidores das ervas apreendidas no Espírito Santo relataram infecção intestinal em decorrência do uso dos chás.
Marília defende a adoção de uma campanha de esclarecimento, com cartilhas para a população e os feirantes, a fim de ampliar o conhecimento sobre as folhas, mas reconhece que combater o uso indevido das ervas é muito difícil.
Quem não tem acesso aos medicamentos tem as folhas como única alternativa.

COMPOSTO ABORTIVO (vendido nas feiras)

Losna
Folha de café
Quitoco
Quina-quina
Tiririca de babado
Milomi
Papai Nicolau
Tipim
Folha de algodão
Espinho cheiroso
Jurubeba
Sene
Fedegoso

Custo médio: R$ 15

Então: informação, pesquisa, auxílio de fitoterapeutas, fornecedores confiáveis: ferramentas básicas para usar, com segurança, os benefícios das plantas.
Quando isso não acontece, abre-se um campo para que a lei encontre motivos para criticar e proibir práticas milenares, como a fitoterapia.
De certa forma, a atitude da Anvisa tem razão de ser, quando pessoas sem ética usam uma coisa boa para espalhar o mal...


Restrições para consumo de algumas plantas:


1. ARRUDA - TÓXICA E ABORTIVA - USO MODERADO.
2. AVELOZ - CÁUSTICA - NÃO DEIXAR CAIR NOS OLHOS (RISCO DE CEGUEIRA).
3. ABACAXI - DESACONSELHÁVEL PARA MULHERES GRÁVIDAS E PARA PESSOAS COM DOENÇAS NA PELE.
4. AGRIÃO D'ÁGUA (AGRIÃO)- EM EXCESSO CAUSA IRRITAÇÃO NO ESTÔMAGO E CISTITE - ABORTIVO.
5. ALECRIM - PODE CAUSAR INSÔNIA SE TOMADO À NOITE.
6. ALCACHOFRA - DIMINUI A LACTAÇÃO.
7. ALHO - NÃO EXAGERAR PORTADORES DE PRESSAÕ BAIXA.
8. ANIS ESTRELADO - EM EXCESSO É TÓXICO.
9. ARTEMÍSIA - MULHERES QUE AMAMENTAM NÃO FAZER USO.
10. AROEIRA BRANCA - PROPRIEDADES CÁUSTICAS.
11. BATATINHA - ABORTIVA.
12. BABOSA - ABORTIVA.
13. CANSANÇÃO-DE-LEITE - TÓXICA.
14. CORREDEIRA - ERVA DANINHA E INVASORA.
15. CARRAPETA - ABORTIVA E TÓXICA QUANDO EM DOSES ELEVADAS.
16. CANELA - NÃO RECOMENDÁVEL PARA MULHERES NOS PRIMEIROS MESES DE GRAVIDEZ.
17. CHAPÉU-DE-NAPOLEÃO - USO MODERADO (VENENO CARDÍACO).
18. COENTRO DE CABOCLO - SUCO É ABORTIVO.
19. CARAMBOLA - RESTRITO PARA PESSOAS COM PROBLEMAS RENAIS.
20. ESPINAFRE - USO MODERADO.
21. ESTRAMÔNIO - PLANTA TÓXICA.
22. ESPINHEIRA SANTA - REDUZ A LACTAÇÃO.
23. ESPONJEIRA - SEMENTES VENENOSAS.
24. ERVA DE SANTA MARIA - ABORTIVA.
25. FOLHA DA COSTA - PODE CAUSAR A PLEURISIA QUANDO EM EXCESSO.
26. GUINÉ - ABORTIVA. NÃO USAR EM DEMASIA (TÓXICA). A RAIZ PODE CAUSAR A CEGUEIRA - VENENOSA.
27. GRAVIOLA - CONTRA-INDICADO PARA PESSOAS COM PROBLEMAS RENAIS.
28. GUACO - PERIGOSO PARA PORTADORES DE DOENÇAS CARDÍACAS.
29. GOLFO DE FLOR (QUALQUER QUE SEJA A COR) = ABORTIVO.
30. IBIRI - ABORTIVO.
31. JARRINHA - EM DOSES ELEVADAS CAUSA NÁUSEAS E DISTÚRBIOS DE CONSCIÊNCIA - ABORTIVA.
32. JASMIM MANGA - VENENOSO.
33. JEQUIRITI - SEMENTES VENENOSAS.
34. JUREMA PRETA - NARCÓTICA - SEMENTES TÓXICAS.
35. JABORANDI - NÃO USAR EM PESSOAS FRÁGEIS, NEM AS QUE SOFREM DO CORAÇÃO.
36. LIMÃO - PORTADORES DE ACIDEZ ESTOMACAL CRÔNICA , NÃO UTILIZÁ-LO.
37. LOSNA SELVAGEM - EM EXCESSO DESTRÓI OS GLÓBULOS VERMELHOS.
38. MAMONA - A MAMONA EM SI É TÓXICA, PODENDO CAUSAR A MORTE. JÁ O ÓLEO DE RÍCINO EXTRAÍDO DELA, NÃO TRAZ TRASTORNO E PERIGO ALGUM PARA O SEU USUÁRIO.
39. MANGUEIRA - CONTRA-INDICADA PARA PESSOAS COM PROBLEMAS RENAIS.
40. MANACÁ - ABORTIVO.
41. OFICIAL-DE-SALA - O LEITE DESTA ERVA PODE CEGAR.
42. PARARAIO - EM EXCESSO, É ABORTIVA.
43. SALSA - CHÁ É ABORTIVO.
44. SALSAPARRILHA - EM EXCESSO CAUSA SALIVAÇÃO, QUEDA DE PRESSÃO, NÁUSEA E VÔMITO.
45. TROMBETA ROXA - TÓXICA E ALUCINÓGENA.
46. TOMATE - CONTRA-INDICADO PARA PESSOAS COM ARTRITE, ENFERMIDADES CARDÍACAS E RENAIS.
47. VELUDO - EM EXCESSO É VENENOSA.
48. VERBENA - ABORTIVA
ERVA-DOCE E BELDROEGA, no entanto, AUMENTAM A LACTAÇÃO.

mais algumas restrições:
ARTEMÍSIA - CONTRA-INDICADA PARA ADOLESCENTES, GESTANTES, MULHERES DURANTE A MENSTRUAÇÃO E NUTRIZES (SUPRIME A LACTAÇÃO).
CARDAMOMO - USO INADEQUADO A MENORES DE 10 ANOS E NÃO RECOMENDÁVEL NA ÁGUA DO CHIMARRÃO (principalmente aqui no Sul, as pessoas têm o hábito de colocar ervas na cuia de chimarrão e algumas, realmente, prestam-se para tal, como as digestivas, calmantes etc).
CHAPÉU-DE-COURO - CONTRA INDICADO A CRIANÇAS MENORES DE 1O ANOS E GESTANTES.
ERVA-DE-BICHO - PODE SER ABORTIVA E DESACONSELHADA PARA MULHERES EM FASE MENSTRUAL.
ERVA-POMBINHA - NÃO CONFUNDIR COM OUTRA DE NOME POPULAR IGUAL, ENCONTRADA ENTRE PEDRAS, RASTEIRA, COM FOLHINHAS ROXAS E OVALADAS, CUJO USO É NOCIVO POR TER ALCALÓIDE TÓXICO.
FUNCHO - USO EXCESSIVO PODE CAUSAR CONVULSÕES.
MALVA - ACONSELHA-SE AOS DIABÉTICOS EVITAREM O USO DE QUALQUER DAS MALVAS, DEVIDO AO FATO DE QUE DESDOBRAM-SE QUIMICAMENTE EM GLICOSE.
MIL-EM-RAMA - DESACONSELHADO PARA GESTANTES E NUTRIZES OU MENINAS EM PERÍODO DE MENSTRUAÇÃO.
PITANGUEIRA - GESTANTES ACAUTELEM-SE QUANTO AO USO.
SABUGUEIRO - CONTRA-INDICADA PARA GRÁVIDAS E NUTRIZES; SUAS BAGAS IMATURAS PODEM CAUSAR TOXIDEZ, ALÉM DOS ALCALÓIDES CONTIDOS NA SUA ESSÊNCIA.
SALVA - CONTRA-INDICADA A QUEM SOFRE DE INSUFUCIÊNCIA RENAL, GRÁVIDAS, NUTRIZES E MULHERES EM FASE MENSTRUAL.
SERRALHA - ACAUTELEM-SE GESTANTES.
UVA URSI - USADA EM EXCESSO, PODE AGRAVAR GASTRITE E ÚLCERAS ESTOMACAIS.

Preciosas informações do professor Enio Emmanuel Sanguinetti - O chá para a criança - Plantas Medicinais selecionadas e catalogadas por faixas etárias.


As plantas estão aqui relacionadas por seus nomes populares, mas é interessante que quando se vai comprar alguma erva saiba-se o nome científico.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Vitalidade



Reproduzo abaixo trechos do livro TER SAÚDE SÓ DEPENDE DE VOCÊ, de Jaime Brüning (já praticando a Nova Ortografia: o TREMA permanece em SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS).
Me identifico plenamente com esse discurso, penso exatamente como o autor; há alguns procedimentos no livro que desconheço, mas justamente por esse motivo não posso julgá-los apropriados ou não, preciso pesquisá-los mais, ou melhor ainda: exeprimentá-los!
Como o autor diz: "As pessoas custam muito a descobrir certas coisas e quando não conseguem entender coisas novas, geralmente condenam essas descobertas, mesmo sem o mínimo conhecimento a respeito. Isso sempre foi assim, desde o começo da humanidade, em relação a maioria das descobertas."


"Muitas pessoas não vivem, vegetam apenas, porque não têm qualidade de vida.
Quantos carecem de controle mental e emocional, por isso deixam se guiar pelos outros e pelas próprias paixões.
Em matéria de saúde então é um desastre, não são capazes nem sequer de localizar seus órgãos e glândulas, muito menos de identificar suas funções específicas. (Comentário: mas a maioria sabe identificar componentes e como funcionam seus automóveis e aparelhos eletrônicos...)
Em relação à alimentação, deixam-se guiar apenas pelo gosto e aparência dos alimentos, sem dar atenção ao que é fundamental: a qualidade e valor nutritivo dos mesmos.
Poucas pessoas sabem identificar as verdadeiras causas porque adoecem, por isso passam a vida combatendo sintomas ao invés de eliminar as causas que dão origem a tantas doenças. (Comentário: essa frase sintetiza o "segredo" de manter a saúde!)
Nós somos um povo intoxicado e desnutrido.
Intoxicado, porque quase não encontramos alimentos sem agrotóxicos, conservantes, corantes, emulsionantes, estabilizantes etc.
Também a poluição ambiental nos intoxica.
Somos desnutridos porque comemos alimentos sem valor nutritivo: refinados, industrializados, requentados e indigestos, mal combinados, mal preparados, mal mastigados, etc.
Assim não conseguimos digerir e eliminamos muito mal, pois a maioria das pessoas está enfezada, isto é, cheia de fezes. O intestino precisa funcionar no mínimo duas vezes ao dia.
A maioria das pessoas bebe pouca água e por isso os rins são as maiores vítimas; depois é o intestino ressecado, a segunda maior vítimas desse erro.
Trocamos os alimentos da natureza pelos de origem animal, cheios de contaminação, doenças e artificialismo.
Os produtos naturais da terra são o combustível com que o homem foi criado para funcionar.
A verminose está debilitando e sugando as energias das nossas crianças e adolescentes, cujos pais não percebem o que está ocorrendo.
Há mais de 70 vermes diferentes que atacam o ser humano, a maioria deles não é pesquisada nos exames de fezes em laboratórios, muitos deles são até totalmente desconhecidos por eles. (Comentário: já dizia Sonia Hirsch no ALMANAQUE DE BICHOS QUE DÃO EM GENTE...).

(...) A maioria das pessoas não sabe se alimentar, por isso seguem algumas rápidas e importantes orientações nesse sentido.
O homem morre pela boca como um peixe.
Um dos maiores problemas é a falta de elementos vitais nos nossos alimentos.
Isso significa que estamos deixando faltar ao organismo aquilo que preserva a vida, tais como vitaminas, sais minerais, enzimas, essências aromáticas, fibras, ácidos graxos não saturados e oligoelementos (zinco, cobalto...).

(...) A vida vem da vida.
Se comemos sempre alimentos mortos, industrializados, refinados e passados pelo fogo, nosso corpo não conseguirá desempenhar bem suas funções, pois ficará desnutrido e atulhado de muco, uma espécie de catarro, além disso o intestino ficará preso, o que é muito grave. O intestino é considerado o coveiro da humanidade porque não funcionando, ele intoxica o sangue e o corpo todo através do sangue.
Alimentos requentados são um desastre para a saúde porque carecem de vida e energia que as células famintas necessitam.
O mesmo se diga dos alimentos preparados em forno microondas.
As pessoas comem demais produtos de origem animal e desprezam os de origem vegetal, os quais comprovadamente têm tudo o que o ser humano necessita.
Comer em excesso é um dos maiores pecados do homem atual.
Uma digestão dessas consome muito mais energia do que um dia normal de trabalho.
Por isso há tanta gente que levanta até mais cansada do que estava ao deitar.

São sintomas de intoxicação e sobrecarga alimentar:

SINTOMAS MENTAIS - mente confusa, pensamento lento, memória ruim, indecisão;

SINTOMAS EMOCIONAIS - depressão, falta de interesse, mau humor, medo;

SINTOMAS FÍSICOS - pálpebras pesadas e inflamadas, olhos vermelhos e amarelos, problemas de vista, nariz entupido, boca seca ou pastosa, catarro, tosse, mau hálito, dores no couro cabeludo, dores de cabeça, barriga dilatada, corpo dolordo, peso, rigidez e fraqueza nas articulações e nos músculos, problemas de pele, tonturas e fraqueza geral.

Assim, Klaus Th Finkam resume esse sintomas em seu livro "Vem, vamos comer" e mais adiante, ele diz: "os alimentos industrializados enfraquecem pouco a pouco nosso sistema imunológico e abrem a porta às doenças da civilização como cáries, reumatismo, problemas de coluna, de fígado, pâncreas e intestino, diabetes, pedras na vesícula e nos rins, gota, arterioesclerose, infarto e derrame, câncer e doenças nervosas e mentais."
(...) Portanto, pelo que foi dito já é fácil concluir que não basta encher o estômago de qualquer coisa, mas é necessário escolher bem os alimentos, combinar bem, mastigar bem, digerir bem e eliminar bem. (...) É preciso sempre dar preferência aos alimentos vivos e evitar os mortos, os quais são tóxicos e tiram a vitaliade do organismo, tais como enlatados, carnes, frituras e produtos refinados.
As sementes são o alimento mais completo e se brotadas aumentam seu poder nutritivo para o organismo.


(...) Muito mais importante do que mudar de médico ou medicamento é mudar o estilo errado de viver.
As causas porque adoecemos são de natureza e ordem muito diferente, vejamos:

1) CAUSAS PSICOLÓGICAS: há muita gente descontente com sua profissão, seu ganho, enfim, com a vida que leva.
Estamos interiormente divididos, insatisfeitos com a socieddae, com o mundo e até conosco mesmos. Vivemos com rancores, mágoas, medos, sentimentos de fracasso e vingança.
Importante não é fazer o que gostamos mas gostar do que fazemos, senão adoecemos. Isso porque o corpo é o parachoque (Comentário: olha aí a NOVA ORTOGRAFIA de novo... já atualizei!) de nossos sentimentos e emoções.

2) CAUSAS ALIMENTARES: alimentos mortos, requentados, preparados em forno microondas, alimentos em excesso, mal combinados, mal preparados, mal mastigados, empobrecidos pelo refinamento e alvejamento nas indústrias.

3) CAUSAS AMBIENTAIS: poluição, venenos agrícolas, radioatividade no local onde dormimos ou trabalhamos, falta de exercício físico, intoxicação do baço, fígado, pâncreas e rins.

4) CAUSAS SOCIAIS: desajuste social, desemprego, violência, injustiças, insegurança, o excesso de trabalho que gera o stress: em consequência, temos desequilíbrio de energias orgânicas, causando um terreno fértil para os micróbios e vermes agirem à vontade.

5) CAUSAS ESPIRITUAIS: há muita gente desligada da Alma do Universo que é Deus. (...) Mais cedo ou mais tarde, a angústia existencial toma conta dessas vidas e a depressão se instala. Assim, também as doenças se instalam facilmente porque nossa imunidade diminui."

As informações aqui transmitidas são um presente para que iniciem o ano sob uma nova perspectiva, procurando seguir, total ou parcialmente, as colocações acima.

SUCESSO NAS MUDANÇAS!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Já é 2009...


Muitos fogos de artifício depois, estamos em primeiro de janeiro.

Meu primeiro post do ano é em homenagem à vaquinha assassinada na estrada porque estava "perturbando o trânsito".

Dizem que ela estava nervosa, "atacando os carros"... porque será que nenhum humano, racional, inteligente e educado, conseguiu convencer o "subumano (já estou usando a NOVA ORTOGRAFIA... nessa palavra, some o H) irracional e tolo" a voltar para o pasto?
E quanto à irresponsável criatura proprietária do animal, que não manteve a cerca em bom estado para evitar a fuga, vai ser também castigada? Talvez não receba nenhuma advertência e continue deixando o gado escapar para dar uma voltinha no asfalto.
Como os indianos conseguem conviver com as vacas sem ter que meter uma bala em suas cabeças? Alguma fórmula mágica?
Certamente, faltou paciência para retirar o animal do meio da estrada, porque todos estavam com pressa para cumprir suas tarefas e voltar a viver suas vidinhas cotidianas.
Solução mais fácil e rápida: apaga o animal!
O lado irônico da história foi a descoberta do contrabandista de cigarros, que deve estar ainda maldizendo a pobre vaquinha.
Provavelmente, nunca mais vai querer devorar um churrasco...


RS: interdição por vaca em estrada leva a prisão de taxista

Um taxista foi preso com 8 mil maços de cigarro na Rota do Sol nesta madrugada. Ele estava parado no bloqueio feito na RSC-453, em São Francisco de Paula, devido a uma vaca na pista, e chamou atenção da Polícia Rodoviária Estadual.


Segundo informações da delegacia de São Francisco de Paula, o táxi de Enor Roldão, 29anos, chamou a atenção dos policiais porque a carga aparecia. Ele foi encaminhado ao presídio da cidade.

A interdição da pista aconteceu porque a vaca colocava em risco os motoristas. De acordo com a polícia, o animal estava arisco e avançava contra os carros. A PRE precisou abater a vaca com tiros.

Após ser preso, o motorista de táxi contou que trabalha em Praia Grande (SC) e que havia sido contratado para fazer o transporte da carga contrabandeada. Ele disse que receberia R$ 300 pelo serviço e não soube informar o nome das pessoas que solicitaram o transporte.

A carga e o veículo foram apreendidos.

Fonte: Terra Notícias