Tire a venda dos seus olhos e aproxime-se! Leia nas entrelinhas e procure ver através do brilho da ilusão, pois vivemos como mansas ovelhas agrupadas em um rebanho comandado por meia dúzia de pastores. Atreva-se a mudar sua posição, pois a Verdade não é aquela que nos mostram e obrigam a viver, através das mais variadas artimanhas e armadilhas. Faça diferente! (Vera Falcão)
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Vacinar ou não, eis a questão!
Como muitas pessoas me questionam a mesma coisa, na minha comunidade no orkut O LADO ESCURO DAS VACINAS, resolvi fazer um resumo, procurando abranger o máximo de respostas, o que não é fácil, mas também não é impossivel...
PRIMEIRO: o calendário oficial de vacinas brasileiro tem aumentado o número de vacinas consideravelmente, sendo que muitos consideram que assim a criança estará mais protegida das doenças, mas se visto por outro ângulo (basta você trocar de lugar e observar de um novo posicionamento), isso seria muita agressão ao sistema imunológico da criança, que ainda não está formado e assim, receberia um coquetel avassalador de medicamentos, além do que muitos contém substãncias tóxicas como alumínio e mercúrio.
Por isso, alguns países, como o Japão só vacinam após um ano de idade.
Então, alguns profissionais da saúde, como a doutoura que tem uma comunidade também no orkut, defendem a diminuição de vacinas no calendário (TEM VACINAS D+).
Por exemplo, porque vacinar um bebê contra Hepatite B, que é uma doença de adultos?
Li um comentário muito interessante de um médico, dizendo que vacinar contra Hepatite B é como vacinar bebês para que não sofram acidentes de carro quando adultos...
Além disso, há pessoas que ainda procuram clínicas particulares, em busca de mais vacinas, que ainda não estão sendo oferecidas nos Postos de Saúde, numa procura enlouquecida por proteção, que seria bem mais fácil e barata de ser encontrada, por exemplo, numa alimentação de qualidade. Mas muitos preferem oferecer aos seus filhos leite com soda cáustica e nescau, bolachinhas recheadas, margarina, gordura vegetal hidrogenada, ovos com hormônios, frutas e verduras com agrotóxicos, enfim, uma quantidade de tóxicos que ficam armazenados no organismo imaturo da criança, criando, realmente, um campo propício para a instalação de bactérias e vírus.
Melhor prevenir as doenças com antibióticos e vacinas, assim como tomar uma aspirina sem investigar porque aquela dor de cabeça insistente não nos abandona...
SEGUNDO:
Então, você decidiu vacinar seu pimpolho.
Existem várias medidas que podem fazer com que a agressão das vacinas seja menor (essas informações são fruto de muita pesquisa), a saber:
a) vacinas COMBINADAS oferecem riscos maiores e têm mais mercúrio na composição, preferir as vacinas individuais;
b)opções de fabricantes, pois há uma quantidade de mercúrio diferente de um para outro (por exemplo, DPT do Instituto Butantã tem mais mercúrio do que a do Aventis - essa informação não é nenhum dado secreto e misterioso, basta ler as bulas das vacinas...);
c) DAR O MAIS ESPAÇADA POSSÍVEL UMA DA OUTRA;
d) uma das vacinas que mais têm dado problema é a DPT (também existe só a DT, sem a pertussis (coqueluche) no meio, que é a pior, que dá mais reações). Igualmente existem as 3 individuais, mas apenas nas clínicas particulares;
e) opções individuais também para MMR (sarampo, caxumba e rubéola). O componente que costuma dar problemas na MMR é o sarampo - são vírus vivos;
f) quanto à pólio, sempre melhor dar a SALK do que a SABIN, que é responsável pela existência do pólio vacinal - no Japão, encontraram em rios e esgotos (em 2002), exemplares de vírus selvagens da pólio, cujo exame genético comprovou serem mutantes de vírus atenuados usados nas vacinas Sabin. Isso confirma que o vírus atenuado da pólio sofre mutação no organismo do vacinado, recobrando a virulência original;
Nota: Observem que esses 3 últimos itens referem-se a escolhas que podem ser feitas em clínicas particulares, por opção dos pais e pagando, coisa que não acontece no sistema público, onde você é obrigado a aceitar o que lhe é oferecido.
Isso pode mudar?
Acredito que sim, se houver uma mobilização, se as pessoas reclamarem e pedirem maior qualidade.
Leva tempo?
Leva. Geralmente, todo paradigma demora a transformar-se, principalmente, porque muitos relutam e querem manter o antigo, com receio ou falta de vontade de estabelecer mudanças.
TERCEIRO:
1) CONSUMIR VITAMINA C diariamente (natural, na forma de sucos e frutas e vegetais crus), dando ênfase antes de vacinar: um dos efeitos das vacinas no organismo é reduzir a vitamina C a níveis muito baixos e muitas vezes é isso que causa os problemas; a concentração de histamina no sangue aumenta muito depois de vacinações, podendo causar reações negativas;
2) EVITAR VACINAR QUANDO TIVER qualquer resfriado, tosse, mesmo uma coriza, porque nesses casos os níveis de vitamina C já estão baixos e a imunidade também;
3) consultar um MÉDICO HOMEOPATA antes de vacinar (sim, eles cursaram MEDICINA por 6 anos e ainda fizeram especialização, muitas pessoas acham que são curandeiros que dão poções estranhas às pessoas ou placebos que agem como se você tivesse tomado apenas um copo de água), para fazer um tratamento preventivo, a fim de fortalecer o sistema imunológico.
Um medicamento que ajuda a evitar efeitos negativos da vacina, por exemplo, é Thuya, mas deve-se procurar um profissional para que ele recomende este ou outro medicamento. Por favor, não pratiquem auto-medicação!
Outra substância que ajuda a fortalecer o sistema imunológico é a equinácea, planta que faz muito sucesso na Alemanha e é pouco divulgada aqui no Brasil (coisa bem comum, por sinal).
Porque as vacinas ainda usam TIMEROSAL (MERCÚRIO) aqui no Brasil?
Nos EUA, já é proibida a sua utilização.
Lá também já foi suspenso o uso da Sabin, fabricada com os vírus vivos da pólio.
Na Suécia, substituiram a DPT (difteria, coqueluche e tétano) por uma variedade que exclui o componente PERTUSSIS (COQUELUCHE).
Últimas pesquisas sobre AUTISMO: descobriram que essa doença tem uma causa genética (predisposição) e uma agente externo (disparador ambiental), que juntos criariam o que conhecemos como espectro autista. Essas pesquisas demonstram também que o autismo está relacionado com o sistema imunológico, o que levanta muitas suspeitas sobre as vacinas serem o "agente externo". Obviamente, o sistema nega tais pesquisas e conclusões...
Muitas doenças estão sendo parcialmente atribuídas à utilização indiscriminada das vacinas nas crianças menores de 15 anos, quando A PROTEÇÃO DOS NEURÔNIOS COM MIELINA (CAPA DE PROTEÇÃO DAS CÉLULAS NERVOSAS) AINDA ESTÁ INCOMPLETA (autismo, esclerose múltipla, disfunção cerebral mínima etc.).
Então, a DECISÃO DE VACINAR, deveria depender de MAIS INFORMAÇÕES SOBRE REAÇÕES INDESEJÁVEIS IMEDIATAS e CONSEQUÊNCIAS TARDIAS.
E, caros pais, leiam os tópicos que formam a comunidade (como ela é fechada, precisam solicitar a aceitação como membro para ter acesso ao conteúdo) - neles há muita informação, bem detalhada, com links que levam vocês a quadros inimagináveis, de pessoas que passaram por situações realmente adversas devido à vacinação e isso foi DOCUMENTADO por ÓRGÃOS FIDEDIGNOS, não são alucinações de desocupados ou ignorantes da matéria em debate.
Usem seus neurônios para fazerem suas opções de vida e estabelecerem suas reais prioridades.
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Fast Food Nation
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Eu estou de OLHO e você? 2
Tudo leva a crer que esse julgamento vai espalhar muita fumaça sobre os fatos, já que o culpado não quer ir sozinho para a cadeia...
Manipulação dos fatos não é algo novo quando busca-se a Verdade.
Note-se também que o episódio ganhou as primeiras páginas da mídia, quando o erro causou o crime ambiental. Mas agora, quando queremos conhecer o desenrolar da questão e se teremos um final justo para ela, as notícias resumem-se a tímidos dados em página sem destaque.
Ruppenthal defende-se de 20 crimes ambientais
Em depoimento que durou duas horas no Fórum de Estância Velha, o engenheiro químico Luiz Ruppenthal, apontado pelo Ministério Público como principal envolvido na mortandade de peixes no Rio dos Sinos em outubro de 2006, tentou dividir a responsabilidade dos 20 crimes ambientais pelos quais responde.
Ele encerrou sua defesa sugerindo que a prefeitura de Estância Velha e empresas próximas à central de resíduos Utresa - da qual foi diretor e responsável técnico - também deveriam estar respondendo ao processo.
- A prefeitura (de Estância Velha) deveria estar sentada ao meu lado, no banco dos réus - disse, argumentando que o lixão municipal, vizinho à Utresa, também teria descartado chorume (líquido tóxico) nos arroios Portão e Cascalho.
Bastante tenso e com uma pasta com fotos aéreas, reportagens e laudos, Ruppenthal admitiu não ter obtido autorização para a construção de novas estações de tratamento de efluentes - de onde teria vazado líquido tóxico que pode ter contribuído diretamente para a morte dos peixes no Sinos em outubro de 2006.
- Tinha um bom relacionamento com a direção da Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) e, informalmente, me foi dito que o quanto antes fizesse as obras, melhor seria para todos. Estávamos em vias de resolver a coisa de forma definitiva - disse, referindo-se à intenção de tornar a Utresa uma entidade de transformação de resíduos tóxicos.
Para o promotor e autor da denúncia contra Ruppenthal, Paulo Eduardo de Almeida Vieira, o engenheiro químico tentou distorcer o foco dos processos contra ele.
Ruppenthal deixou o Fórum atendendo à imprensa e se dizendo convicto da absolvição. Ele tem nova audiência marcada para as 9h do dia 16 de abril, quando responderá por outros 30 crimes ambientais.
Ele (Luiz Ruppenthal) está tentando desviar o foco do processo. O resíduo que existe no Terminal de Resíduos Sólidos Urbanos é sólido, estabilizado e com potencial poluidor infinitamente menor do que o resíduo tóxico que a Utresa recebe. Jamais seria capaz de, por si só, provocar uma mortandade de peixes.
Zero Hora - 19/02/08
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Adoçantes, açúcar e sofrimento dos animais
diz estudo
Críticas - O estudo gerou reações da indústria alimentícia. Em uma entrevista publicada na edição desta segunda-feira do jornal americano Los Angeles Times, Beth Hubrich, uma das representantes dos fabricantes de refrigerantes dietéticos nos EUA, rejeitou os resultados da pesquisa.Segundo ela, "o estudo simplifica demais as causas da obesidade".
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Eu estou de OLHO e você?
Adiada audiência de Luiz Ruppenthal
Mortandade de peixes no Rio dos Sinos completa um ano neste domingo, mas nova tragédia é eminente
Empresas foram multadas, prefeituras foram advertidas, a sociedade entrou em alerta, mas o rio continua agonizando. E mais: a cada dia, faça chuva ou faça sol, o Sinos dá novos sinais de que agoniza a beira de uma nova mortandade.
“É evidente que a qualidade da água do nosso rio está seriamente comprometida em razão do lançamento de efluentes não-tratados, além de pôr em risco o tratamento para abastecimento público”, diz, acrescentando que, a permanecer as condições atuais, fatalmente ocorrerá outra mortandade.
O que foi feito em um ano
• Seis empresas multadas (em um total de R$ 1,2 milhão);
• Portaria da Fepam deu 180 dias para os 32 municípios da bacia apresentarem plano de saneamento, voltado à redução de lançamento de esgotos domésticos (prazo venceu em 11 de abril, não foi cumprido e criou-se consórcio como alternativa);
• Intervenção judicial na UTRESA (situação que permanece);
• Decretada prisão do diretor da UTRESA, Luiz Ruppenthal (ainda foragido);
• Criada força-tarefa para acompanhar a crise ambiental (formada por diferentes órgãos);
• Injeção de oxigênio puro no rio (realizada na estiagem);
• Arrozeiros tiram menos água do rio (termo de cooperação técnica assinado entre Instituto Rio Grandense do Arroz - Irga - e Agência Nacional de Águas - ANA);
• Mudanças na presidência da Fepam e Secretaria Estadual de Meio Ambiente - Sema (trocas no comando);
• Criado Consórcio Público de Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (ainda está no papel);
• Divisão da bacia do rio em cinco trechos (objetivando ações localizadas);
• Seminário para a recuperação ambiental das Bacias Hidrográficas dos Rios dos Sinos e Gravataí (organizado pela Sema e Fepam);
• Realização da 1ª Semana do Rio dos Sinos e do Dia Mundial da Água (ação do projeto SOS Rio dos Sinos);
• Mutirão de limpeza no Arroio Pampa (ação do projeto SOS Rio dos Sinos);
• Projeto na Assembléia, do deputado Mano Changes (PP), considera de uso especial as vegetações e as áreas das nascentes dos rios Gravataí e dos Sinos;
• Governo Federal inclui Rio dos Sinos no PAC (para obras de saneamento);
• Visita à Holanda para conhecer modelo de saneamento (proposta de acordo técnico);
• Missão holandesa no Vale do Sinos (debatidas ações de recuperação da bacia);
• Monitoramento via internet (anunciado nesta semana).
domingo, 10 de fevereiro de 2008
O verdadeiro eu
A meditação é simplesmente um artifício para torná-lo consciente do seu verdadeiro eu - que não é criado por si, que não precisa ser criado por si, porque você já é. Você nasceu com ele. Você é ele! Ele precisa ser descoberto. Se isso não é possível, ou se a sociedade não permite que isso aconteça - e nenhuma sociedade permite que aconteça, porque o eu verdadeiro é perigoso: perigoso para a igreja estabelecida, perigoso para o estado, perigoso para a multidão, perigoso para a tradição, porque quando um homem conhece o seu eu verdadeiro, ele torna-se um indivíduo. Ele não faz mais parte da psicologia das massas; ele não será supersticioso, e não poderá ser explorado e guiado como gado, ele não poderá ser ordenado e comandado.
Osho
COMO MEDITAR
Trata-se de uma técnica simples de desencadear um estado de relaxamento profundo de corpo e mente.
À medida que a mente se aquieta e permanece desperta você vai se beneficiar de um estado de consciência mais profundo e tranqüilo.
1. Antes de começar, encontre um local silencioso em que não vá ser perturbado.
2. Sente-se e feche os olhos.
3. Concentre-se na respiração, mas inspire e expire normalmente. Não tente controlar ou alterar a respiração deliberadamente. Apenas observe.
Ao observar a respiração, vai ver que ela muda. Haverá variações na velocidade, no ritmo e na profundidade, e pode ser que ela pare por um momento. Não tente provocar nenhuma alteração. Novamente, apenas observe.
Pode ser que você se desconcentre de vez em quando, pensando em outras coisas ou prestando atenção aos ruídos externos. Se isso acontecer, desvie a atenção para a respiração.
Se durante a meditação você perceber que está se concentrando em algum sentimento ou expectativa, simplesmente volte a prestar atenção na respiração.
Pratique esta técnica durante quinze minutos. Ao final, mantenha os olhos fechados e permaneça relaxado por dois ou três minutos. Saia do estado de meditação gradualmente, abra os olhos e assuma sua rotina.
Sugiro a prática da meditação atenciosa duas vezes ao dia, de manhã e no final da tarde. Se estiver irritado ou agitado, pode praticá-la por alguns minutos no meio do dia para recuperar o eixo.
Na prática da meditação você vai passar por uma de três experiências. Mas deve resistir à tentação de avaliar a experiência ou sua capacidade de seguir as instruções, porque as três reações são "corretas".
Você pode se sentir entediado ou inquieto, e a mente vai se encher de pensamentos. Isso significa que emoções profundas estão sendo liberadas. Se relaxar e continuar a meditar, vai eliminar essas influências do corpo e da mente.
Você pode cair no sono. Se isso acontecer durante a meditação, é sinal de que você anda precisando de mais horas de descanso.
Você pode entrar no intervalo dos pensamentos... além do som e da respiração.
Se descansar o suficiente, mantiver a boa saúde e devotar-se todos os dias à meditação, você vai conseguir um contato significativo com o self. Vai poder se comunicar com a mente cósmica, a voz que fala sem palavras e que está sempre presente nos intervalos entre um pensamento e outro. Essa é a sua inteligência superior ilimitada, seu gênio supremo e verdadeiro, que, por sua vez, reflete a sabedoria do universo. Tudo estará a seu alcance se confiar na sabedoria interior.
Deepak Chopra
No livro Saúde Perfeita
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Entrando na Escola Pública
Minha filha apanhou no recreio da escola.
Por ela me transformei em Mãe Voluntária!
Escrevi esse depoimento há dois anos atrás, quando minha filha entrou para a primeira série do Ensino Fundamental, em uma escola pública.
Espero que ele auxilie aos pais que também estão
embarcando nesta viagem.
Ambas ansiosas, eu e minha filha de seis anos, Ísis, vimos o mês de março de 2006 chegar.
Uma nova fase iniciaria em nossas vidas, pois aproximava-se o momento em que ela iria cursar a primeira série numa escola pública.
Meus dois filhos mais velhos estudaram em escola particular e, pelo que recordo, meu envolvimento na rotina dessa instituição resumia-se às reuniões trimestrais, quando ia receber as avaliações das crianças. Escola, para mim, era um local essencialmente cuidado, dirigido e administrado por professores, funcionários e direção e o envolvimento dos pais acontecia nessas reuniões ou quando solicitavam cooperação para organizar festas.
Minha filha caçula é uma criança doce e comunicativa. Desde os três anos, participa de aulas de pintura, música, teatro e dança e gosta bastante de interagir com os colegas. Nessas oficinas, raramente acontecia alguma desavença entre as crianças, apenas aquelas tidas como "normais" em relacionamentos.
Não tinha uma idéia concreta de como era a rotina numa escola pública nos dias atuais.
Estava curiosa para saber.
Confusão no recreio
Primeiro dia de aula é emocionante.
Mochila recém-comprada, cheia de material escolar com cheirinho de novidade, a roupa escolhida na véspera com cuidado.
Medo, ansiedade, curiosidade misturados: como será a professora, os colegas serão novos amigos? Todo aluno em seu primeiro dia de aula fica com a cabecinha repleta de dúvidas e expectativas.
Durante o primeiro mês, Ísis teve os contatos iniciais com os colegas.
Ao chegar em casa, ela me relatava tudo que acontecia na sua manhã na escola e já tinha dito que as crianças de sua turma era muito briguentas e desobedientes, que a professora estava sempre gritando e reclamando, pedindo que se comportassem.
Ela se mantinha um tanto afastada, pois seu temperamento é tranqüilo e costuma obedecer quando solicitada.
O primeiro problema surgiu durante o recreio.
Numa certa manhã, quando fui buscá-la, me contou que apanhara de colegas de sua turma, levando vários pontapés. No pátio, pedira ajuda e não a encontrara. Fiquei espantada ao saber que uma criança apanha, pede socorro e não o recebe, num local onde deveria ser protegida.
Em casa, verifiquei suas pernas e realmente, haviam muitas manchas roxas.
Liguei para o pai dela (não vivemos juntos), relatando o acontecido, mas ele não podia ir à escola no dia seguinte. É claro que eu não deixaria de ir, mal consegui pegar no sono, de tanta pressa para reclamar sobre o caso.
Na outra manhã, fui nervosa falar com a professora.
Os alunos formavam filas na entrada da escola, aguardando o sinal do início das aulas. Assim que a professora chegou, abordei-a. Ela estava bastante chateada com o ocorrido, mas logo percebi que a turma era indisciplinada. Enquanto conversávamos, as crianças ficavam na fila chutando-se e empurrando-se.
Vendo que não resolveria nada ali, decidi procurar a direção, mas era necessário marcar um horário para ser recebida.Voltei para casa preocupada, imaginando se outro episódio de violência iria ocorrer no recreio.
Enquanto aguardava o encontro com a direção, Ísis apanhou novamente de um colega, sendo incomodada por ele dentro da sala de aula. O garoto empurrou sua mesa e ela caiu com a cadeira para trás, estatelando-se no chão. Quando me contou, fiquei fervendo de raiva. Não estava preparada para isso. Eduquei minha filha para ser pacífica, para não agredir e não imaginava que crianças pequenas pudessem ter tanta agressividade dentro de si.
Ia ter que mudar meus conceitos sobre convivência social.
Uma outra realidade
Novamente, mal pude conciliar o sono.
Na manhã seguinte, levantei da cama antes do despertador tocar. Chegando à escola, fui direto às filas e procurei o menino que a empurrara. Perguntei porque ele fizera aquilo e ele ficou evitando meu olhar, mudo. Insisti no diálogo, mas ele permaneceu totalmente calado.
Conversando novamente com a professora, notei que ela continuava aborrecida, mas estava longe de encontrar uma solução para os problemas de indisciplina da sua classe. O menino nem ao menos fora punido, apenas advertido. Eu tinha que tomar alguma atitude mais eficiente.
Antigamente, se você fizesse algo errado dentro da escola receberia algum castigo, poderia ser até expulso. Parece que hoje, os alunos são advertidos de uma forma muito benevolente. Talvez um reflexo do que acontece em outros níveis na sociedade, onde as pessoas cometem crimes e não recebem punição, continuam circulando livremente e repetindo suas safadezas.
Entrei na escola e fiquei andando pelos corredores, para criar uma intimidade que eu não tinha com ela. Então vi duas mulheres conversando, encostadas no corrimão da escada.
O que me chamou atenção nelas era que usavam um crachá onde se lia "mães voluntárias". Me aproximei, perguntando o que significava aquela expressão. Disseram que ajudavam a "cuidar do recreio". Fiquei interessada e contei o que tinha acontecido com a Ísis. Responderam que essa situação era comum, pois a escola possuía apenas uma monitora para atender um grande número de crianças durante o recreio.
Nesses 15 minutos diários, no pátio onde brincam as séries iniciais, participam 9 turmas, sendo que em média cada uma delas tem 20 crianças. Por alto, são quase 200 crianças! Para uma funcionária apenas! Então, pude entender porque a violência explodia nesses momentos.
As mães voluntárias são mães de alunos que, em vista dessa situação, buscavam colaborar com a escola. Mesmo assim, as dificuldades permaneciam, pois sendo em pequeno número, não conseguiam atender a todas as necessidades. Elas se reuniam no CPM (Círculo de Pais e Mestres), numa salinha perto de onde estávamos. Convidada a entrar, aceitei prontamente, pois estava em busca de uma solução urgente e prática.
Para mim, CPM simbolizava "festinha de pais", encontros alegres quando a escola comemorava alguma data. Estava enganada. Na salinha apertada, as mães reuniam-se em volta de uma mesa circular, algumas cadeiras e um computador. Explicaram como funcionava o sistema de auxílio ao recreio: todas as manhãs desciam ao pátio por 15 minutos e ajudavam a manter um mínimo de equilíbrio em toda aquela energia liberada pelas crianças, evitando brigas, protegendo os menores, afastando-os de possíveis quedas das árvores e muros, que teimavam em escalar. Levavam cordas e alguns jogos para os alunos brincarem, mas não podiam fazer nada mais, pois apesar de terem apresentado um projeto com brincadeiras à direção da escola, esta não o havia aprovado, mas também não oferecera nenhuma alternativa para distrair os alunos.
Com a mão na massa
No dia seguinte, comecei uma entusiasmada participação nos recreios diários.
Tornei-me uma das mães voluntárias, aumentando a carga das minhas já atarefadas manhãs. Minha filha sentiu-se segura ao ver minha presença no pátio e pediu para eu ir todos os dias. Logo, fiquei envolvida com as crianças e a tarefa de observá-las tornou-se uma rotina na minha vida. Não vigiava apenas a minha filha, mas os filhos de outras mães que não podiam ou não queriam ali estar.
Na verdade, esta não é uma "obrigação" dos pais, mas tendo em vista que o sistema educacional público está em declínio, por inúmeras causas (a econômica é apenas uma delas), os responsáveis pelas crianças têm que mudar sua maneira de enxergar a escola. Ela não é apenas um "depósito" onde se larga o aluno, esperando que a instituição eduque-o sozinha. Tem que haver participação da comunidade, interesse constante dos pais na situação de seus filhos quanto ao aproveitamento e crescimento como indivíduos e cidadãos.
Logo depois, tornei-me 1a. Secretária do CPM e entrei para o Conselho Escolar.
Minha ligação com a escola aprofundou-se. Certamente, muitos dirão que não têm tempo para serem tão atuantes (mas trabalho dentro e fora de casa, não tenho marido nem empregada doméstica para dividir tarefas), porém acredito que seja uma questão de estabelecer prioridades: considero a educação e a segurança da minha filha extremamente importantes!
O QUE É UM CPM
Segundo o artigo 12, inciso VI da Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996:
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola;
É reconhecido um Círculo de Pais e Mestres em cada estabelecimento de ensino estadual e, entre suas atribuições, além do que diz a lei acima, estão:
- auxiliar os órgãos assistenciais e instituições existentes na escola em suas carências;
- colaborar na conservação e recuperação normal do prédio e equipamentos da escola;
- prestar serviços à escola em benefício dos alunos ou do processo educacional;
- representar os interesses dos associados perante as autoridades constituídas, buscando entre outras questões, a melhoria das condições físicas da escola, dos seus recursos humanos e técnico-pedagógicos;
- estimular a transformação da escola em centro de integração e desenvolvimento comunitário.
O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE/FNDE/MEC) repassa anualmente recursos em dinheiro para escolas, através do CPM. Isto é, essa verba somente será recebida pela escola se a instituição tiver um CPM em atividade. Então, a associação realiza uma assembléia com a comunidade, onde serão escolhidas as prioridades para as quais esse dinheiro será destinado. É mais uma forma de ajudar a escola!
Legenda das fotos:
1) Ísis e eu, com o crachá de Mãe Voluntária.
2) No pátio, durante o recreio, as crianças e eu.
3) Festa Disco, realizada pelo CPM no Dia dos Pais: da esq. p/a dir.: Berê (Pres.), Zilda (Vice), Rudha (aluno) e eu (1ª Secretária)