Saturday, April 14, 2018

Defender a verdade pode matar

NÃO É SÓ AQUI NO BRASIL QUE AS PESSOAS MORREM EM "ACIDENTES" QUANDO ESTÃO DEFENDENDO AS VERDADES!












Uma ativista ambiental da Flórida, Milagra de Mier, conhecida como Mila, estava em Washington D.C. para entregar uma petição com 200.000 assinaturas à EPA (Environmental Protection Agency) e à FDA (Food and Drug Administration), relacionada à causa que desaprova a criação de mosquitos transgênicos - luta que ela abraçava já há algum tempo.

“Sometimes you just got to do what you got to do,” she posted April 8 on her Facebook page. “EPA better be ready!!! #saynotogmomosquitoes” (original)
Mila De Mier está viajando de Key West International Airport para Washington, D.C. com Barbara Napoles.
8 de abril às 18:29 · Key West, Estados Unidos.
Às vezes você só tem que fazer o que você tem que fazer EPA, é melhor estar pronta!!! (traduzido)

E três dias depois, 11/04, apareceu morta, seu corpo boiando na piscina do hotel onde estava hospedada em D.C.. Dizem estar investigando a causa da morte, mas a Polícia está se recusando a divulgar detalhes sobre o caso. Li na sua página, declarações de um parente próximo informando que ela tinha, às vezes. convulsões, provavelmente vai acabar sendo considerada a causa da morte, bem mais aceitável do que encarar que ela possa ter sido assassinada para calar a boca e parar de abrir os olhos das pessoas.

Como alguém também comentou no Twitter: "A tenacidade de De Mier em reunir as pessoas em torno desta causa importante e subestimada fez dela um formidável inimigo para a indústria de biotecnologia transgênica na Flórida e além, e enquanto não há evidências neste momento para sugerir que seu ativismo desempenhou um papel em sua morte, os fatos que cercam sua missão contra os mosquitos geneticamente modificados certamente justificam uma investigação mais profunda sobre sua morte prematura, a fim de verificar se existem conexões."

Além de peticionar a EPA e a FDA., ela estava ali para aumentar a conscientização em torno de um plano controverso de empresa de biotecnologia do Reino Unido, OXITEC, para liberar semanalmente, 50 milhões de mosquitos geneticamente modificados no ecossistema do Texas e da Flórida, usados como campo de testes, com riscos desconhecidos para tais ecossistemas e para a saúde pública.

"Mosquitos OGM são criados com bactérias E-Coli, vírus herpes-simplex e outros ingredientes. Esta é uma tecnologia muito prematura, com muito pouca informação, muitas perguntas precisam ser respondidas. (...) A Oxitec afirma que está simplesmente trabalhando com o controle local de mosquitos, mas em vez da pulverização tradicional, eles estão usando uma cepa geneticamente modificada de Aedes aegypti, oficialmente conhecida como OX513A, que é projetada para ter dois genes inseridos em seu DNA: um faz os insetos brilharem, o outro faz com que eles se autodestruam. 

(...) O problema é a lei de conseqüências não intencionais, como a petição de De Mier adverte preventivamente: Quase todas as experiências com culturas geneticamente modificadas acabaram por resultar em consequências não intencionais: super ervas daninhas mais resistentes a herbicidas, insetos mutantes e resistentes, também danos colaterais aos ecossistemas.

(...) Há mais perguntas do que respostas e precisamos de mais testes para serem feitos. O público poderá impedir que esse programa aconteça, se não quisermos? Fomos informados de que “a opinião pública seria levada em conta”. A dengue está ausente das Florida Keys há anos, o que indica que os atuais métodos de controle e educação pública estão funcionando. Qual é a pressa dessa abordagem radical? Onde está a pesquisa de terceiros, revisada por especialistas, sobre a eficácia e a segurança dos mosquitos transgênicos que não sejam as próprias declarações de sucesso da Oxitec?"

Escrevi esse texto pesquisando em vários sites, e o link que segue contém mais informações importantes sobre a causa que De Mier defendia: Ativista anti-mosquitos OGM encontrada morta