Thursday, May 26, 2011

Igreja x Estado


A Igreja (leia-se católicos e evangélicos) marcou pontos ontem nessa disputa, quando a Presidente Dilma decidiu vetar o kit anti-homofobia que seria distribuído pelo Ministério da Educação às escolas.
A ação da bancada evangélica, com a participação do PRB (Partido Republicano Brasileiro), foi importante para a decisão.
Uma das armas utilizadas pelos parlamentares das bancadas religiosas foi a velha prática do toma-lá-dá-cá, quando anunciaram que não iriam mais ajudar a convocar Palocci (estão acompanhando o último bafão do PT?), já que foram atendidos no corte da divulgação do material sobre homofobia (mesmo que tenham jurado piamente que acharam essa atitude a mais conveniente e não por terem sido ouvidos pelo governo...).

Veta o kit que nós paramos de cutucar na lama do Palocci!

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), obviamente, divulgou nota lamentando o ocorrido e disse nesse texto, entre outras coisas, que o princípio de laicidade do Estado está sendo ameaçado "pela chantagem praticada hoje contra o governo federal pela bancada religiosa fundamentalista e seus apoiadores no Congresso".

A Igreja ainda manda no Estado, como faz há séculos - se olharmos com clareza, podemos observar que, muitas coisas não mudaram nada na sua base, apenas na aparência. Criam-se leis que não são cumpridas, servem apenas para soltar fumaça sobre a verdade dos acontecimentos.

Espero que nenhum desses reacionários tenha, algum dia, um filho com escolha sexual diferente da tradicional, porque, provavelmente, essa criatura poderá ser acorrentada num porão úmido e escuro, longe do julgamento da população... como eles explicariam o crescimento dessa "anomalia" dentro das suas famílias perfeitas e imaculadas?

Estou me sentindo em plena Idade Média, às portas de uma nova Inquisição!

Thursday, May 12, 2011

O descaso com a infância


Lendo os jornais de hoje, me surpreendi com várias notícias na mesma edição, envolvendo atos de negligência e/ou crueldade contra crianças... Antigamente, esse era um tipo raro de notícia, as crianças eram tratadas como jóias preciosas, ou seja, ninguém pensava em danificá-las ou perdê-las!

Observem:

Incêndio em casa mata três crianças - Três crianças de uma mesma família morreram carbonizadas, ontem à tarde, na zona Leste de Porto Alegre. (...) A mãe tinha ido à padaria. Uma das crianças foi encontrada debaixo da cama, a outra, próxima e a terceira, em um outro quarto. O avô é cego e não conseguiu ajudar os netos.

Bebê morre afogado com mamadeira - Um bebê de 5 meses morreu afogado enquanto tomava leite na mamadeira ontem à tarde. A criança estava na Maternal PQNinos, no bairro Petrópolis, em Novo Hamburgo. (...) Segundo laudo preliminar do Samu, o bebê foi vítima de asfixia causada por afogamento. (...) Conforme apurou o Conselho Tutelar, o local não teria alvará de funcionamento. (...) A Polícia Civil aguarda para hoje o laudo que apontará a causa da morte.

Menina morre em creche em SM - Uma criança morreu ontem em uma creche, na vila Alto da Boa Vista, em Santa Maria. Conforme os bombeiros, ao chegar ao local, a menina estava no colo de um homem, enrolada em um cobertor e foi encaminhada ao Pronto-Atendimento Infantil, mas chegou sem vida. Segundo vizinhos, ela teria caído na piscina de uma creche. O pediatra que atendeu não soube precisar se ela morreu afogada ou engasgada.

Laudo aponta traumatismo - O bebê que morreu após ser jogado na lixeira de um hospital em Jundiaí (SP) pela própria mãe, sofreu traumatismo craniano, conforme o laudo do Departamento Médico Legal (DML). (...) A morte aconteceu no dia 29 de abril. A mãe afirmou que não sabia da gravidez e procurou o hospital porque estava com dores abdominais. Durante o atendimento, ela foi ao banheiro e expeliu uma "bolsa" que foi jogada no lixo. A mulher diz que não percebeu que se tratava de uma criança.

Bebê esquecido - (trecho da coluna de Paulo Sant'Ana) - Não me sai da cabeça o caso do pai que esqueceu o filho recém-nascido no seu carro e quando o reencontrou, cinco horas depois, o bebê estava morto. Morreu de fome ou talvez asfixiado.
Foi em Novo Hamburgo e faz 10 dias.
Esqueceu o seu bebê como se esquece um guarda-chuva, um celular.
Talvez tenha esquecido o seu bebê porque ele nascera havia tão pouco tempo, não o incorporara ainda aos seus objetos cotidianos.
Esqueceu como se esquece de pagar uma conta, coma diferença que se pode pagar a conta no mês seguinte.
Há patrão que se esquece do empregado. E há empregado que se esquece de ir trabalhar.
Há noivos que se esquecem, na igreja, no dia do casamento, das alianças.
Há outros raros que sabem onde estão as alianças, mas esquecem de se casar.
Está bem esquecer as alianças, esquecer de casar-se, esquecer de enviuvar, mas esquecer o filho dentro do carro é demais.

Pais dizem colaborar na investigação - Os pais do bebê morto ao ser esquecido dentro do carro em Novo Hamburgo se manifestaram pela primeira vez ontem. (...) A nota é assinada pela mãe e pelo pai, que esqueceu a filha, de 7 meses, portadora da Síndrome de Down, dentro do automóvel. Na manifestação, a família afirma que não há palavras que possam representar o sofrimento dos pais, que ainda se encontram "profundamente abalados". A Polícia Civil continua investigando o caso e o pai da menina deve ser indiciado por homicídio doloso.

E enquanto escrevo estas linhas, mais ocorrências violentas continuam sendo noticiadas pela mídia, envolvendo bebês:

Um bebê foi localizado morto na noite de ontem (11) dentro de uma sacola plástica, na região da Vila Mussoline, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. A mãe da criança não foi encontrada.

A localização do bebê foi feita, por volta das 21h30, por uma homem que procurava materiais recicláveis. Ele então comunicou a Polícia Militar, que foi até o local e constatou que a criança já estava morto.

Segundo a Polícia Militar, a criança - do sexo feminino - tinha cerca de 30 centímetros e aparentava ter nascido após cerca de seis e sete meses de gestação. O caso foi registrado no 2º DP de São Bernardo do Campo.

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O corpo de um bebê prematuro que aparentava ter sete meses de gestação foi encontrado dentro de uma sacola plástica na noite desta quarta-feira (11) em São Bernardo do Campo, no ABC.
Segundo a Polícia Militar, um catador de material reciclável viu o pacote deixado junto com outros sacos de lixo nas proximidades de um posto de combustíveis. Ele avisou os funcionários do estabelecimento, que chamaram a polícia.
A Polícia Civil investiga quem é a mãe do bebê e quem o jogou no lixo.

Que modelo de civilização criamos, em que as sementes da nossa espécie estão sendo pisoteadas, perdidas, desprezadas, neglicenciadas e destruídas?

Andam falando muito em "fim do mundo", que vai acabar em 2012 e outras tantas profecias, mas para mim, tais ocorrências criminosas são um grande sinal de que já estamos no fim de um ciclo e outro precisa ser iniciado, urgentemente: um que envolva ética, amor e a redescoberta da humanidade!


Fontes: Correio do Povo e ZH, edições de hoje, 12/10/11

Monday, May 9, 2011

Agricultores vendem produção mas não ousam consumi-la!

In this interview with organic vegetable farmed "Brad," he explains why conventional farmers won't eat their own products. Why? Because "they know what's in them!"
Ou seja: os agricultores convencionais (que usam agrotóxicos) não consomem sua própria produção, pois sabem o que ela contém... mas, vendem para que outras famílias desinformadas se alimentem de produtos envenenados!


Friday, May 6, 2011

Metais: do remédio ao veneno


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Paracelso já dizia: "Todas as substâncias são venenos; não existe nada que não seja veneno. Somente a dose correta diferencia o veneno do remédio. "

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Os metais são classificados em:

1) Elementos essenciais: sódio, potássio, cálcio, ferro, zinco, cobre, níquel e magnésio;

2) Micro-contaminantes ambientais: arsênico, chumbo, cádmio, mercúrio, alumínio, titânio, estanho e tungstênio;

3) Elementos essenciais e simultaneamente micro-contaminantes: cromo, zinco, ferro, cobalto, manganês e níquel.

Os efeitos tóxicos dos metais sempre foram considerados como eventos de curto prazo, agudos e evidentes, como anúria e diarréia sanguinolenta, decorrentes da ingestão de mercúrio. Atualmente, ocorrências a médio e longo prazo são observadas, e as relações causa-efeito são pouco evidentes e quase sempre subclínicas. Geralmente esses efeitos são difíceis de serem distinguidos e perdem em especificidade, pois podem ser provocados por outras substâncias tóxicas ou por interações entre esses agentes químicos.

A manifestação dos efeitos tóxicos está associada à dose e pode distribuir-se por todo o organismo, afetando vários órgãos, alterando os processos bioquímicos, organelas e membranas celulares.

Acredita-se que pessoas idosas e crianças sejam mais susceptíveis às substâncias tóxicas. As principais fontes de exposição aos metais tóxicos são os alimentos, observando-se um elevado índice de absorção gastro-intestinal.

(...) Recentemente, tem sido noticiado na mídia escrita e falada a contaminação de adultos, crianças, lotes e vivendas residenciais, com metais pesados, principalmente por chumbo e mercúrio. Contudo, a maioria da população não tem informações precisas sobre os riscos e as conseqüências da contaminação por esses metais para a saúde humana.

FONTE: Instituto de Ciências Biomédicas - Departamento de Microbiologia - USP

O que são metais pesados? Quais os efeitos na saúde humana?

São substâncias tóxicas que não podem ser destruídas e são altamente reativas do ponto de vista químico, o que explica a dificuldade de encontrá-las em estado puro na natureza.


Normalmente apresentam-se em concentrações muito pequenas, associados a outros elementos químicos, formando minerais em rochas. Quando lançados na água como resíduos industriais, podem ser absorvido pelos tecidos animais e vegetais.


Estas substâncias tóxicas também depositam-se no solo ou em corpos d'água de regiões distantes, graças à movimentação das massas de ar. Assim, os metais pesados podem se acumular em todos os organismos que constituem a cadeia alimentar do homem.


É claro que populações residentes em locais próximos a indústrias ou incineradores correm maiores riscos de contaminação.


Mas nem todos metais pesados são prejudiciais ao homem. Alguns desempenham funções nutricionais são :


Zinco,


Magnésio,


Cobalto,


Ferro.


A maioria dos organismos vivos só precisa de alguns poucos metais e em doses muito pequenas. Tão pequenas que costumamos chamá-los de micronutrientes, como é o caso do zinco, do magnésio, do cobalto e do ferro (constituinte da hemoglobina). Estes metais tornam-se tóxicos e perigosos para a saúde humana quando ultrapassam determinadas concentrações-limite.


Já o chumbo, o mercúrio, o cádmio, o cromo e o arsênio são metais que não existem naturalmente em nenhum organismo. Tampouco desempenham funções - nutricionais ou bioquímicas - em microorganismos, plantas ou animais. Ou seja: a presença destes metais em organismos vivos é prejudicial em qualquer concentração. Desde que o homem descobriu a metalurgia, a produção destes metais aumentou e seus efeitos tóxicos geraram problemas de saúde permanentes, tanto para seres humanos como para o ecossistema.


Um estudo realizado por pesquisadores brasileiros avaliou a concentração de metais pesados em verduras cujo plantio utilizou adubo proveniente da compostagem de lixo orgânico.


Os resultados demonstraram que o solo e as hortaliças tinham Cádmio em níveis perigosos para o consumo humano. Folhas de alface, couve e brócolis continham, respectivamente, 2,3, 11,8 e 8 miligramas de Cádmio por quilograma de alimento (mg/kg). Como a Organização Mundial de Saúde (OMS) define como não prejudicial o máximo diário de 1 micrograma de Cádmio por quilograma de massa corpórea, alguém que se alimente destas verduras acabará por ingerir dez vezes mais que as quantidades aceitáveis.


Os mesmos pesquisadores afirmam que os alimentos fornecem 40% do cádmio absorvido pelo homem e que a vida média biológica deste elemento químico (19-38 anos) acarreta sua acumulação no corpo humano, especialmente nos rins e no fígado. Altos teores podem trazer disfunções em pessoas com mais de 50 anos de idade.


FONTE: Greenpeace
 
ALUMÍNIO

A intoxicação por alumínio (Al) tem sido cada vez mais estudada. Tem sido associada à constipação intestinal, cólicas abdominais, anorexia, náuseas, fadiga, alterações do metabolismo do cálcio (raquitismo), alterações neurológicas com graves danos ao tecido cerebral. Na infância pode causar hiperatividade e distúrbios do aprendizado. Inúmeros estudos consideram que o alumínio tem um papel extremamente importante no agravamento do mal de Alzheimer (demência precoce). O excesso de alumínio interfere com a absorção do selênio e do fósforo.

Os alimentos ácidos aumentam a absorção do alumínio e aumentam a liberação do alumínio das panelas fabricadas com este metal.

Nos casos mais importantes de contaminação por alumínio é muito importante que todas as panelas da casa sejam trocadas por panelas de aço inox (inclusive a panela de pressão que pode ser de inox ou revestida de teflon). Outras fontes de contaminação com alumínio são: medicações anti-ácidas, utensílios de cozinha de alumínio, papel aluminizado, cremes para a pele com alumínio, farinha branca de trigo, fermentos em pó, queijo (o fosfato de alumínio é usado como emulsificante) água gaseificada, tubos de pasta de dente de alumínio e desodorantes anti-perspirantes.

O alumínio pode ser encontrado no leite de mães intoxicadas.

ARSÊNICO

A toxicidez do arsênico pode causar hálito e suor com odor de alho, desconforto físico, anemia com leucopenia moderada e eosinofilia, problemas digestivos (anorexia, náuseas, vômitos, constipação ou diarréia), circulatórios (vasodilatação leve com aumento da permeabilidade capilar podendo causar nos casos mais graves uma necrose de extremidades conhecida como a doença dos pés pretos), cardíacos (lesão do miocárdio com prolongamento do intervalo QT e ondas T anormais), neurológicos (neuropatia periférica com formigamento e sensação de agulhadas em mãos e pés), musculares (cãibras e fraqueza em pernas e pés podendo haver dificuldade para andar nos casos mais graves) e dermatológicos (hiperpigmentação principalmente no pescoço, pálpebras, mamilos e axilas, vitiligo, hiperqueratose, queda de cabelo, estrias nas unhas e câncer).

A toxidez do arsênico é rapidamente excretada através do rim, assim, se os níveis dos cabelos forem elevados existe uma exposição constante (os níveis de arsênico nos cabelos são excelentes indicadores de sobrecarga orgânica).

Fontes comuns de arsênico são: inseticidas, poluição do ar, água contaminada, exposição a processos industriais, especialmente em eletrometalização e manufatura de componentes eletrônicos.

Arsênico é um potente antagonista biológico do selênio.

CÁDMIO

O Cádmio (Cd) é tóxico para os seres humanos e animais. Intoxicações leves por cádmio podem causar: salivação, fadiga, perda de peso, fraqueza muscular e disfunção sexual. Níveis moderadamente altos de cádmio, entre 4 a 8 ppm, podem causar hipertensão, ao passo que níveis muito elevados podem causar hipotensão. cádmio afeta os rins, pulmões, testículos, paredes arteriais, ossos e interferir com muitos sistemas enzimáticos.

Fontes de contaminação: farinha e açúcar refinados contém cádmio e pouco zinco, o que aumenta a absorção do cádmio, fumaça de cigarros contém teores elevados de cádmio, alimentos contaminados: fígado e rins de animais contaminados e alimentos marítimos contaminados.

O nível de cádmio nos cabelos é um indicador preciso da sobrecarga orgânica de cádmio.

Falsas elevações de Cd nos cabelos podem ser decorrentes de permanentes, tinturas, bran­queamento e alguns pulverizadores para cabelos.

CHUMBO

O chumbo (Pb) é tóxico para os seres humanos. O nível de chumbo no cabelo é um excelente indicador de sobrecarga de chumbo no organismo. Níveis baixos de chumbo afetam a capacidade do organismo para utilizar cálcio, magnésio, zinco e outros minerais.

O chumbo existe como contaminante ambiental, mas é particularmente importante nas:

•produtos para tintura dos cabelos: Grecin 2000, HF65, loção Camélia do Brasil etc;

•tintas: esmaltes;

•pigmentos usados em tintas de artistas;

•cerâmicas vitrificadas (copos, jarras, pratos);

•galerias de tiro ao alvo ;

•pesticidas;

•cinzas e fumaça de madeira pintadas;

•fabricação caseira de baterias;

•moradia próxima de fundições;

•queima de madeiras pintadas;

•alimentos contaminados.

A intoxicação por chumbo pode causar inicialmente falta de apetite, gosto metálico na boca, desconforto muscular, mal estar, dor de cabeça e cólicas abdominais fortes. Entretanto, na infância, muitas vezes os sintomas ligados a deposição de chumbo no cérebro são predominantes.

Níveis moderados de chumbo afetam a memória de longo prazo e a função cognitiva na criança. Crianças com mais de 10 ppm de chumbo nos cabelos tem maior dificuldade no aprendizado do que as crianças com taxas menores. Estudos onde crianças de regiões contaminadas por chumbo foram observadas por vários anos demonstraram que as crianças com níveis sangüíneos de Pb superiores a 10 m g/dl apresentavam uma diminuição do QI em relação a crianças com taxas de chumbo inferiores. A simples retirada da fonte de contaminação ou a quelação quando necessária, causam a diminuição das taxas sangüíneas de chumbo e um aumento do QI.

Além da diminuição do QI, podendo levar a dificuldades escolares, o aumento de chumbo no sangue pode causar hiperatividade.

As crianças apresentam uma absorção intestinal de chumbo maior que a dos adultos e os efeitos tóxicos do chumbo são mais importantes na criança devido ao período de desenvolvimento cerebral.

COBRE

O cobre (Cu)) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo. Porém, quando aumentado causa intoxicação. A intoxicação por cobre pode pode ocorrer devido a contaminação de cobre na água, absorção através da pele e níveis insuficientes de elementos que competem com o cobre nos locais de absorção intestinal como o zinco e o molibdênio. Na deficiência de zinco, geralmente o cobre encontra-se aumentado. O cobre pode estar aumentado devido ao uso de contraceptivos orais ou ao uso de Dispositivo Intra Uterino (DIU) com fio de cobre.

Como o cobre deposita-se preferencialmente no cérebro e no fígado os sintomas encontrados são inicialmente decorrentes do comprometimento destes dois órgãos. Sintomas do excesso de cobre ligados as alterações cerebrais incluem: distúrbios emocionais, depressão, nervosismo e irritabilidade, sintomas semelhantes aos do mal de Parkinson e alterações semelhantes a esquizofrenia e a outros distúrbios psiquiátricos. Outras alterações ligadas ao excesso de cobre: fadiga, dores musculares e nas juntas, anemia hemolítica, queda de vitamina A, necrose hepática, icterícia e lesão renal. Além disso, o aumento de cobre está associado ao aumento de radicais livres.

CROMO

O cromo (Cr) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo. Porém, quando muito aumentado causa intoxicação. A intoxicação de cromo devido a contaminação alimentar é rara. A intoxicação industrial por cromo causa dermatites alérgicas, úlceras na pele e carcinomas. As taxas elevadas de cromo são associadas a lesões vasculares com aumento dos quadros de hemorragias e tromboses cerebrais.

MANGANÊS

O manganês (Mn) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo. Porém, quando muito aumentado causa intoxicação. As causas mais comuns de intoxicação por Mn são devidas a inalação em industrias e minas. Existem relatos de intoxicação devida a ingesta de água contaminada por períodos muito prolongados.

A intoxicação por Mn é responsável por anorexia, fraqueza, apatia, insônia e outras perturbações do sono, excitabilidade mental, comportamento alterado, dores musculares, quadro neurológico (tremores simulando o mal de Parkinson) e distúrbios psicológicos: a "loucura mangânica", caracterizada por comportamento violento associado a períodos de mania e depressão.

MERCÚRIO

O mercúrio (Hg) é tóxico para os seres humanos e animais. O mineralograma capilar é um indicador preciso dos níveis de mercúrio no organismo.

O mercúrio elementar é a mais volátil das formas inorgânicas do metal. Os vapores de mercúrio podem ser liberados a partir das restaurações dentárias de amálgama. O mercúrio é utilizado na indústria eletrônica, fabricação de plásticos, termômetros, fungicidas e germicidas. Estima-se que, no Brasil, aproximadamente 100 toneladas por ano de mercúrio sejam lançadas pelo garimpo na região centro-oeste causando uma con­taminação ambiental importante. Além disso, várias contaminações acidentais de rios tem sido notificadas a partir dos anos 70: enseada dos Tainheiros na Bahia, rio Botafogo em Pernambuco e rio Mogi-Guaçu em São Paulo. Os peixes das regiões con­taminadas apresentam teores altos de mercúrio

A exposição crônica ao mercúrio causa sintomas gastro intestinais (dor abdominal, gosto metálico na boca, digestão difícil, salivação abundante, náuseas, cólicas intestinais, gengivite), sintomas neurológicos (falta de memória, cefaléia, formigamentos, insônia, tremores, sonolência, alteração da grafia, cãibras, gritos noturnos, alteração do equilíbrio, tontura, vertigem e dificuldade escolar), alterações emocionais (nervosismo, irritabilidade, distúrbios de memória, tristeza, diminuição da atenção, depressão, agressivi­dade, insegurança e medo) e irritação nos olhos, fraqueza muscular, espasmos musculares, borramento visual, zumbido, irritação nasal e diminuição da acuidade visual e auditiva.

Durante a gestação o mercúrio materno passa a barreira placentária causando contaminação do feto.

Tem sido verificada uma considerável variação na sensibilidade de cada indivíduo ao mercúrio. Após o uso de amálgamas dentários, níveis tóxicos de mercúrio podem ser observados por 6 meses a 1ano acompanhados algumas vezes de irritabilidade ou dores de cabeça. Sintomas clínicos mais graves só têm sido raramente relatados nesta circunstância.

Mesmo em quantidades baixas, o mercúrio afeta a atividade biológica do selênio, chegando mesmo a suprimi-la.

NÍQUEL

O níquel (Ni) em quantidades pequenas tem sido classificado como um elemento importante ao desenvolvimento. Em doses elevadas é tóxico podendo causar: 1 irritação gastro intestinal com náuseas, vômitos e diminuição do apetite; 2. alterações neurológicas: dor de cabeça, vertigem; alterações musculares: fraqueza muscular; 3. alterações cardíacas: palpitações; 4. alergia: dermatite, rinite crônica, asma e outros estados alérgicos. O níquel inibe a ação da enzima superóxido dismutase que participa no processo de metabolização dos radicais livres. O excesso de níquel pode chegar a ter conseqüências graves como necrose e carcinoma do fígado e câncer de pulmão.

Fontes de contaminação:

•alimentos: chocolate, gordura hidrogenada, nozes, feijão, ervilha seca e cereais;

•cigarro: cada cigarro contém de 2 a 6 m g de níquel (as pessoas que fumam ou convivem com a fumaça do cigarro, geralmente, apresentam taxas aumentadas de Ni.);

•baterias de níquel e cadmium;

•petróleo e indústrias petroquímicas;

•processos metalúrgicos de refinamento de Ni;

•panelas de inox podem liberar Ni durante o cozimento de alimentos ácidos como o tomate.

Tratamento:eliminação da fonte de contaminação, aumento da ingesta de fibras e suplementação com selênio, zinco, L-cisteina, D,L metioninae terapia anti-oxidante.

SELÊNIO

O selênio (Se) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo. Porém, quando muito aumentado causa intoxicação. O selênio é um mineral tóxico quando em excesso. Nos casos de intoxicação aguda ele causa queda de cabelo, unhas fracas, dermatite, quadro pulmonar e lesão do sistema nervoso central. Na intoxicação aguda o selênio causa: náuseas, diarréia, irritabilidade, fadiga, neuropatia periférica, queda de cabelo e unhas fracas. Tanto na intoxicação aguda quanto na crônica temos o hálito de alho.

LÍTIO

O lítio (Li) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo. Porém, quando muito aumentado causa intoxicação. A intoxicação por lítio na grande maioria das vezes ocorre devido ao tratamento medicamentoso a base de lítio. Existe uma associação entre hipotireoidismo e a utilização de doses excessivas e prolongadas de lítio.

MOLIBDÊNIO

O molibdênio (Mo) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo. Porém, quando muito aumentado causa intoxicação. A intoxicação por molibdênio é rara. O aumento de molibdênio no organismo pode causar elevação do ácido úrico. Reservas corpóreas elevadas de molibdênio podem causar uma deficiência de cobre.

 FÓSFORO

O fósforo (P) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo. Porém, quando muito aumentado causa intoxicação. A utilização em grande escala de adubos fosfatados tem ocasionado um aumento considerável dos teores de fósforo dos alimentos provenientes da agricultura. O fósforo aumentado pode trazer conseqüências negativas para a formação óssea, pois o excesso de fósforo tende a deslocar o cálcio dos ossos, além de competir pela absorção. O fósforo também compete com o zinco, magnésio e manganês.

O consumo infantil de mais de 1 litro de refrigerante por semana é suficiente para diminuir a densidade de Ca dos ossos.

Alimentação: não consumir refrigerantes principalmente do tipo cola.

VANÁDIO

Vanádio (Va) é um elemento metálico presente em rochas fosfáticas (fonte fertilizante), petróleo (óleo cru, óleo de xisto) e carvão. Industrialmente Va é usado para: ligas metálicas, produção de ferramentas de aço, cerâmica, catálise em processos químicos, resistência a corrosão e para tingimento e estamparia.

O vanádio é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo. Porém, quando muito aumentado causa intoxicação. O vanádio em excesso pode ser tóxico, com sintomas dependendo da forma química e do modo de contaminação. Vanádio inalado pode causar tosse com muco, irritação do trato respiratório e bronquite. Vanádio ingerido em excesso causa diminuição do apetite, diarréia e agravamento da psicose

BIBLIOGRAFIA

1. Modern Nutrition in health and disease. 18º Edition. 1994. Maurice E Shils, James ª Olson and Moshe Shike.

2. Present Knowlede in Nutrition. 6º Edition. 1990. Myrtle L. Brown.

3. J. Pediatr.1995 Jun; 126(6): 940-2.

4.  Lithium (1994) 5: 73-74.

5. Environ Res 1994, 64 (2):151-80.

6. Biol. Trace Element. Research, 1991, 29: 133-136.

Wednesday, May 4, 2011

Índio não quer apito nem espelho


É muito fofo por um cocar na cabeça da molecada, pintar o rosto das crianças com tinta colorida e todo mundo fazer a dança da chuva: é assim que comemoramos o Dia do Índio na maioria das escolas do país.

Será que essas crianças conhecem a atual realidade em que nossos índios vivem ou perpetuam em suas mentes a imagem padronizada do selvagem que Cabral encontrou aqui quando desembarcou em terras brasileiras?

A matéria que segue contém a situação pela qual passam os índígenas no Brasil - que tal lê-la para seus filhos?

Índios reclamam de problemas gerados por construção de usinas hidrelétricas em suas terras
Publicado em 03/05/11

Para os índios, construção de hidrelétrica não significa apenas inundação da terra: ali dentro, estão animais, floresta e todo um ciclo de cultura

Os problemas gerados pela construção de hidrelétricas em terras indígenas, o atraso na assinatura do Estatuto dos Povos Indígenas e a necessidade de implementação do Conselho Nacional de Política Indigenista serão alguns dos temas discutidos durante o Acampamento Terra Livre, que reúne lideranças de todo o país. O acampamento foi aberto ontem (2) e vai até quinta-feira (5) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Segundo o coordenador da Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul, Cretã Kaingang, um dos líderes presentes ao evento, um dos principais problemas para os índios que não vivem na Amazônia são as hidrelétricas de pequeno porte, que acabam tomando parte de suas terras, normalmente menores do que as do Norte do país. Às vezes, as terras até mesmo desaparecem com a inundação do lago da represa, disse Cretã Kaingang.

Para um não índio, a construção de uma hidrelétrica significa apenas que parte da terra será inundada. Para um índio, não. “Ali dentro estão os animais, a floresta, há todo um ciclo de cultura. Ali estão nossos antepassados. Na nossa região estão sendo instaladas hidrelétricas de pequeno porte que acabam com a nossa terra, que já é pequena”, afirmou.

De acordo com o líder Kaingang, os índios são também marginalizados pelas autoridades que deveriam protegê-los. “Hoje temos que lutar para demarcar a nossa terra. O governo tem feito um discurso bonito fora do país, tem acatado parte das leis de direito internacional, mas, na hora que tem que cumpri-las, nosso país não o faz. As lideranças que têm lutado estão se tornando marginais e são consideradas invasoras. Só que a terra é nossa”, denunciou.

Ele também disse que os índios sofrem com a falta de moradia adequada. Segundo Kaingang, muitos dos índios de sua região vivem debaixo de lonas. “Na Amazônia, a maioria das terras está demarcada, mas nós, que estamos no Sul e no Nordeste, estamos debaixo de lona, com filhos que se tornam adultos e continuam debaixo dessa lona. O Estado tem faltado muito conosco”, declarou.

Marcos Aporinã, um dos coordenadores das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, pediu agilidade na votação do Estatuto dos Povos Indígenas, que está desde 1991 em discussão no Congresso Nacional. “Até agora, porém, não há uma resposta positiva que faça diferença para nossos povos.”

Para ele, outro ponto importante é o Programa Nacional de Gestão Ambiental e Territorial de Terras Indígenas, que pode servir como uma “estratégia política” para preservar os próprios índios e a biodiversidade das suas terras.

No acampamento, também deverá ser discutida a implementação do Conselho Nacional de Política Indigenista que, segundo Aporinã, vai dar autonomia aos povos indígenas, que poderão ter uma representação que garanta seus direitos constitucionais.

Na quinta-feira, último dia do acampamento, as lideranças indígenas esperam ser recebidas pela presidenta Dilma Rousseff, para entregar uma carta com as principais reivindicações do grupo. “Não somos bichos, somos seres humanos. Votamos, pagamos nossos impostos e esperamos ser recebidos [pela presidenta] para entregarmos as nossas reivindicações”, afirmou Aporimã.

A organização do acampamento estima a participação de cerca de 800 lideranças indígenas no evento, de hoje até quinta-feira.

Reportagem de Roberta Lopes, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate.

Monday, May 2, 2011

Vacina "contra a gripe"?


Perceberam que a presidenta Dilma pegou uma baita duma pneumonia depois de tomar a vacina anti-gripal recomendada pelo Ministério da Saúde?

Sai da frente, que eu quero passar!


EUA, morto de inveja do sucesso mundial que a Inglaterra estava tendo com o casamento da realeza, deu um jeito de "capturar" Obama, pra voltar às primeiras páginas e levantar o ânimo patriótico dos norte-americanos!
Jogadas políticas que movimentam o mundo - nós, simples mortais, ficamos assistindo, aplaudindo ou vaiando...

Sunday, May 1, 2011

Real felicidade


Quem chamou minha atenção para o casamento real foi minha filha de 12 anos, ela ficou indignada por eu não estar interessada na cerimônia e resolvi assisti-la, já que temos mesmo que levantar às 6 horas da manhã para ir à escola... Quando ela saiu, fiquei em frente à televisão e pude ver uma boa parte do casório.
Confesso que me emocionei com o beijo na sacada, foi muito romântico, despertou a menina que ouvia contos de fadas e sonhava com o príncipe encantado, fantasia que, basicamente, todas as mulheres guardam dentro de si.

Depois pensei que estava cansada de conviver com terremotos, tsunamis, desabamentos de morros, enchentes, violência, mortes, estupros, crianças abandonadas no lixo, crianças baleadas por insanos, crimes de colarinho branco sem punição, radioatividade, fome, miséria, além da possibilidade de que o mundo termine no próximo ano, segundo o calendário maia!

Foi prazeiroso assistir por alguns momentos apenas a cenários pomposos, pessoas bonitas e elegantes, bem-educadas, organização, enfim, nada saiu errado e se ocorreram falhas, foram muito bem escondidas! Se a Inglaterra passa por uma crise econômica e o o casamento ajudou a arrecadar dinheiro para os cofres, se o casal se ama ou é apenas um acordo político que os une, se a monarquia está caquética e obsoleta, enfim, se foi apenas um espetáculo extremamente bem montado, valeu a pena! Também observa-se que a realeza faz cada vez mais concessões à modernidade e não está tão presa às suas rígidas normas, o que demonstra que a tradição pode conviver com o novo.

Foi comovente e fascinante a bela encenação que a corte inglesa preparou para milhões de pessoas no mundo inteiro e dava para perceber o entusiasmo do povo acenando e gritando - logo, a felicidade tomou conta do planeta por algumas horas! Enquanto isso, lá nos EUA, os tornados devastavam o país... mas quem prestava atenção à tragédia? William e Kate estavam casando e os holofotes todos se dirigiam a eles!