Monday, March 22, 2010

Longa fila por saneamento


Para chamar a atenção à importância do saneamento básico, mais de cem pessoas se enfileiraram na tarde de ontem (21/03), para ir ao banheiro, na zona norte de PortoAlegre/RS.

A ação da ONG britânica End Water Poverty marca o Dia Mundial da Água, comemorado hoje, dia 22 de março e envolvendo a participação de 60 países.

Na capital gaúcha, o local escolhido foi o Conjunto Habitacional Marcel Luís, para onde estão sendo transferidos os moradores da Vila Dique. Eles permaneceram na fila organizada na Avenida 2.000 e assinaram o relatório em favor da causa.

Márcia Ximenes, que deve se mudar em breve para o conjunto habitacional, foi até a fila com o filho Kevin, de três anos e contou:

- Banheiro nós temos, mas o esgoto vai para o valão.

Por isso, o Instituto Trata Brasil, responsável pelo evento na Capital, escolheu o Marcel Luís para promover a campanha.
A organização realiza pesquisas e projetos com a comunidade desde 2008.
De acordo com os estudos, 62,7% das doenças observadas nos moradores estão relacionadas com a falta de coleta e tratamento do esgoto da Vila Dique.
Diarréia, leptospirose e verminoses são as mais frequentes.


- Descobrimos que falta de saneamento desencadeia também faltas ao trabalho e baixo rendimento escolar - ressalta Aline Matulja, engenheira sanitarista e ambiental, colaboradora do Trata Brasil.

Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), constatou que, até 2006, apenas 12,43% da população do Rio Grande do Sul recebia tratamento adequado de esgoto.

A End Water Poverty, responsável pela mobilização, acredita que 4 mil crianças morrem todos os dias no mundo devido à falta de saneamento básico e de água potável.

A campanha The World's Longest Toilet Queue (A fila mais longa do mundo para ir ao banheiro) - que, no Brasil, também ocorre no Rio de Janeiro - quer entrar para o Guiness Book. O recorde atual é de 868 pessoas.

Como o ato é simbólico, é possível entrar na fila cadastrando-se no site http://www.blogger.com/www.worldtoiletqueue.org

Há versões em inglês, francês e espanhol; na versão em inglês, clique em "Join the Queue" - encontramos duas opções: entrar na "fila on line" ou criar o seu próprio evento. Preencha a ficha com seu nome, e-mail e país. Escolha uma das reivindiçações e um avatar, clicando em "Submit" para acrescentar seu nome à uma petição global pela causa.

Fonte das informações: ZH de 22/03/2010

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O texto acima relaciona-se com ideias já postadas aqui no blog:
Prevenção e Saneamento Básico para evitar doenças

Muitas doenças poderiam ser evitadas tratando-se a causa e não, posteriormente, os sintomas.
Milhões que foram gastos na compra de vacinas, por exemplo, poderiam ter sido utilizados para a construção ou tratamento de esgotos.

HIGIENE É PREVENÇÃO!

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Thursday, March 18, 2010

Cuidado com as fontes de informação 2!


É preciso discernimento ao escolher aquilo que irão ler ou divulgar sobre a não-vacinação.

Como essa onda de repúdio à vacina contra a Gripe A está "na moda", muita bobagem ou textos redigidos com excessiva emoção (vacina assassina, o governo quer nos matar, é pior que veneno de cobra etc e etc) estão por todos os cantos da rede, entupindo nossa caixa de e-mails.

O que precisamos para fortalecer nossa posição de não-vacinar são artigos, textos e depoimentos lúcidos, racionais, com embasamento científico, preferencialmente ditados por profissionais da saúde que têm um ponto-de-vista alternativo, isto é, não estão cegos ou não foram seduzidos pela indústria farmacêutica.
Existem muitos sites e também uma extensa bibliografia.
Não esqueçam que não é só essa vacina; bem pior é o número exagerado de vacinas que nossos bebês são obrigados a tomar em tenra idade, quando seus sistemas imunológicos são ainda imaturos.

Ao divulgar informações incorretas ou carregadas de emoção e dramaticidade, estamos colaborando para auxiliar nossos detratores, ou seja, estamos "dando munição ao inimigo"... acabamos sendo rotulados como um bando de pais histéricos e mal informados, que não querem seguir o conselho dos profissionais que estudaram tantos anos para cuidar de nós, pobres criaturas sem cérebro!

Logo, atenção!

Também aconselho a arquivarem todo o material de qualidade que encontrarem, após sua leitura, assim terão argumentos científicos para responderem às pessoas que desejam saber porque não querem vacinar (seu médico, sua vizinha, parentes nervosos).
Principalmente, artigos e opiniões de profissionais da saúde, que são as que são mais levadas em conta (há muitas, principalmente em língua inglesa - sugiro usarem o tradutor do Google e depois corrigirem os inúmeros erros que aparecem, mas é uma forma mais rápida de traduzir, para quem não tem muita fluência nessa língua).

E se forem depoimentos de pessoas que tiveram sequelas ou de suas crianças, verifiquem a veracidade, se não é uma pegadinha, pesquisem, principalmente a FONTE!

Todo texto publicado deve vir acompanhado da sua fonte: a origem da informação!
Uma informação sem fonte é como "conversa fiada", ou seja, não passa confiabilidade.


E também investiguem a fonte; por exemplo, vocês encontram ótimas informações ditas pela Dra. Maria del Carmo Strassburguer (não concordam que é um nome imponente e que parece "sério"? - foi apenas inventado por mim enquanto estou escrevendo esse post) - logo, vão ao Google e pesquisem quem é essa criatura, se ela realmente existe, qual o seu currículo profissional, etc e etc.
Porque assim como inventei esse nome, posso inventar uma série de dados e assinar como uma doutora (em falcatrua...).

Então, olho vivo e bem aberto!
Assim, poderemos criar uma rede forte e confiável de informações e não um monte de boatos e balelas que levam ao escárnio dos demais.

Wednesday, March 17, 2010

Cuidado com as fontes de informação!



Um e-mail mal escrito, tosco e cheio de imperfeições anda circulando pela rede e fazendo um desserviço para quem quer informações precisas sobre a vacina contra a Gripe A.
Para mim, pode até ter sido criado maliciosamente por "especialistas da área da saúde" ou vacinistas fanáticos, que agora o usam como arma para criticar quem vê falhas na vacina - "vejam só o que os críticos da vacina dizem, um monte de besteiras, vão já tomar a vacina!" Na corrida para vacinar a massa, vale tudo...
De qualquer forma, serve de alerta para que usem critérios de avaliação racionais, ao buscar suas fontes de informações - uma boa fonte é o site do dr. Joseph Mercola, por exemplo.

Vejam que estão usando o texto desse e-mail fajuto para incentivar as pessoas à vacinação:

Uma mensagem anônima circulando na internet desde a semana passada está sendo desmentida por médicos e criticada pela Secretaria Estadual da Saúde por confundir a população. Em tom alarmista, o e-mail chama a vacina contra o vírus da gripe A de assassina e orienta as pessoas a não se imunizarem, colocando em dúvida a qualidade das doses e das campanhas desenvolvidas pelo governo.

O autor do texto afirma que o produto contém substâncias capazes de provocar um “genocídio”. Entre erros de pontuação e frases sem sentido, sugere haver uma “tramoia” entre a Organização das Nações Unidas (ONU) e fabricantes para garantir lucros com a venda da vacina.

Cansada de mensagens do tipo, a vice-presidente nacional da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Isabella Ballalai, classificou o alerta como irresponsável. A especialista disse que as vacinas já foram usadas nos Estados Unidos e na Europa com êxito. Segundo ela, não houve registro de mortes nem de efeitos colaterais graves.

O chefe do serviço de Infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Luciano Goldani, diz ter sido um dos primeiros a se vacinar por aqui. Como o colega André Luiz Machado da Silva, infectologista da Vigilância Epidemiológica da Capital, ele teme que os gaúchos deixem de se vacinar.
– Fiz a vacina e o máximo que senti foi o braço dolorido – disse Goldani

O secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, também rechaçou o e-mail, definido como “sórdido” e “covarde”. Ele fez um apelo ao gaúchos:

– Não deixem de se vacinar. Risco correrá quem acreditar nesses boatos.


Fonte:
http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/dsm/19,18,2840781,Medicos-desmentem-e-mail-que-condena-vacina-contra-a-gripe-A.html

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hahahaha... sórdido e covarde... parece diálogo de novela mexicana!
Prefiro dizer que é uma pegadinha - só caem nela os distraídos, porque se você ler atentamente, vai até rir ante as tolices ali escritas - por isso, me parece um texto criado propositalmente para avacalhar com aqueles que criticam a vacina!

Monday, March 15, 2010

Consumo e Contradições


Quinze de março - comemora-se o Dia Mundial do Consumidor.
Desde sua criação em 1962, quando John Fritzgerald Kennedy instituiu o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, o cidadão que consome, pouco sabe ainda sobre tais direitos.

Como consumidora em potencial, me deparo com um anúncio de página inteira no jornal desta data, onde se lê:
"Aproveite o preço baixo BIG para imprimir mais com os cartuchos originais HP".
No final do texto, em letras menores, vejo a seguinte frase:
"Hora do planeta. De que lado você está? 27/3 - Apague as luzes das 20h30 às 21h30".

Tenho que sorrir ante a contradição dos dizeres desse anúncio, que leva o consumidor a direções opostas:

1) estimula a impressão, quando sabe-se que antes de imprimir algum documento do computador, devemos pensar muito se realmente há a necessidade de fazê-lo.
A economia de papel é uma forma importante de proteger florestas e a água. Cada tonelada de papel significa o corte de aproximadamente 18 árvores e cada quilo de papel consome cinco mil litros de água;

2) conclama todos a apagar suas luzes num determinado evento, que pretende conscientizar, além de economizar energia.

Um pequeno exemplo das contradições diárias que encontramos na nossa civilização - façam esse pequeno exercício diariamente e verão quantas delas existem por aí, disfarçadas, camaleônicas, perturbando nosso raciocínio discretamente.

Uma sugestão: quem sabe, hoje, não comprar nada? Já imaginaram que economia para nossos bolsos e que desepero para os comerciantes?

Wednesday, March 10, 2010

Se você ama uns...

Existe um banner vegetariano bastante divulgado que diz o seguinte:


Sempre interpretei essa mensagem como "devemos amar a todos os animais e não comê-los, já que os estimamos". Mas encontrei num blog, uma outra leitura!

Como comentei lá, é uma questão de ponto-de-vista e da escolha de um ângulo pelo observador...
Mas usei essa mensagem para servir como referência para o artigo que segue abaixo:

A cidade japonesa e os golfinhos
Moradores e autoridades de Taiji, no Japão, estão indignados. A pequena localidade pesqueira é o principal alvo de The Cove, vencedor do Oscar de Melhor Documentário de Longa-Metragem, que mostra a captura e a matança de golfinhos na cidade para a comercialização da carne.

Taiji, segundo o filme, é uma espécie de quartel-general dessa atividade, o que há tempos revolta ambientalistas. Todos os anos, milhares desses animais são mortos na cidade para consumo de sua carne, mesmo que contaminada com mercúrio. Taiji, porém, se autoproclama “A cidade das baleias” – a principal ponte local, inclusive, é adornada por estátuas de animais marinhos.

Depois de tanta propaganda negativa, poucos estão dispostos a dar entrevistas na cidade. Uma treinadora de golfinhos fugiu correndo ao ser abordada por um repórter. Em declaração divulgada por fax na segunda-feira, o prefeito Kazutaka Sangen enfatizou que a caça é legal no Japão e que o documentário apresenta dados não comprovados “como se fossem reais”. Além disso, pediu respeito às tradições:

– Há uma variedade de costumes relacionados à alimentação, dentro e fora deste país. É importante respeitar e compreender essas culturas regionais, originadas em tradições ancestrais.

Para o governo japonês, The Cove é “parcial”. Diretor do Departamento de Pesca do Ministério das Relações Exteriores do Japão, o diplomata Yutaka Aoki aproveita para provocar os ocidentais:

– Há alguns países que comem carne de gado, e há outros que comem baleias ou golfinhos. Um filme sobre a matança de bois também seria criticado pelos trabalhadores dessa indústria.


ZH, 10/03/10


Mas bem pior que treinar golfinhos, é o que observamos nessas imagens:










A primeira foto foi obtida no Pará e as demais imagens, nas Ilhas Faroe, a meio caminho entre as Ilhas de Shetland e Islândia - o que demonstra que, em algumas ações, o Primeiro e o Terceiro Mundo se igualam!

Thursday, March 4, 2010

Pressão que leva à ação


"Policiais civis levaram exatas cem horas para rastrear a quadrilha responsável pela morte do secretário da Saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos. (...) Zero Hora descreve os bastidores de uma das mais rápidas e científicas investigações da crônica policial gaúcha."

Será que o caso foi resolvido tão rapidamente, dado a vítima ser uma importante figura pública? Ou para descartar a hipótese de assassinato por encomenda, catalogando o crime como um mero latrocínio?

Monday, March 1, 2010

E não se mata cavalo?


A 26ª Cavalgada do Mar, que acontece todos os anos no litoral gaúcho, tem provocado polêmica depois que o cuidado inadequado provocou a morte de dois equinos e deixou doentes outros 15, no sábado passado (20/02/10).
Para os protetores dos animais, o calor excessivo, a falta de preparo e as longas distâncias configuram crueldade. Em Carta Aberta, as entidades afirmam que "o dito companheiro do gaúcho, um dos símbolos do pago, está sendo vilipendiado (...) por tradicionalistas de fim de semana" e pedem o fim imediato da cavalgada. Tradicionalistas dizem que quem preserva as tradições de verdade não cavalga com sol a pino.

Tradicionalistas como Paixão Côrtes, que disse em entrevista na ZH de 26/02/10:

"O folclorista Paixão Côrtes, a maior autoridade em tradicionalismo gaúcho, viu apenas as pegadas deixadas pela Cavalgada do Mar deste ano. O evento não o entusiasma. Apesar de achar a ideia boa, ele considera que ela é desperdiçada pela falta de conhecimento e de propósito: "As cavalgadas podem chamar a atenção à ligação entre o gaúcho e o cavalo no movimento tradicionalista. Assim como existem apresentações de danças, podem ocorrer essas demonstrações de cavaleiros. É salutar, quando bem organizada. Mas bem organizado significa ter objetivos e não simplesmente montar no cavalo sem perspectivas maiores. Passo um bom tempo aqui em Cidreira e não vejo razão de ser nessas cavalgadas. É simplesmente uma caminhada a cavalo. Não há pesquisa ou questionamento sobre nada. Não serve para questionar os problemas do Rio Grande. É um passeio. É comer, beber e dar risada."

Leiam a entrevista na íntegra:
http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a2821614.xml

Já o intelectual Juremir Machado da Silva, aproveitou a polêmica para atacar a secretária da Cultura, Mônica Leal, fato que pode-se observar em boa parte do seu texto publicado no Correio do Povo de 25/01/10:

"(...) A secretária da Cultura, Mônica Leal, está contribuindo para maltratar cavalos na beira do mar. Ela é entusiasta desse tipo de ação cultural. Enquanto ela ajuda a estafar cavalos, sentindo-se uma nova Anita, a cultura do Rio Grande do Sul estrebucha. A sala de cinema Norberto Lubisco foi fechada. Tem cinema no shopping. Voltaire Schilling, um dos nossos intelectuais mais brilhantes e tradicionais, foi demitido da direção do Memorial do Rio Grande do Sul. Parece que ele não tinha o que conversar com a chefe. Afinal, não é de andar a cavalo na praia com sol quente. A casa está caindo, os cavalos morrendo, o circo pegando fogo. Mas a secretária Mônica Leal está firme na montaria. Sempre. Ela é dura na queda. Corresponde a todos os clichês imagináveis.

Agora, entre nós, há sem dúvida um ponto obscuro, um elemento que exige investigação séria: por que mesmo Mônica Leal tornou-se secretária da Cultura? É um tempo estranho este. Quando não há mais necessidade alguma de movimento, todos querem se deslocar. Especialmente pelos meios mais anacrônicos. Pode haver algo mais excitante do que permanecer no lombo de um cavalo, com o sol a pino, até o bicho morrer? Tudo isso em nome da tradição! Os franceses do século XVIII usavam perucas empoadas. O Ministério da Cultura da França devia lutar pela recuperação dessa tradição eliminada pela modernidade. Vou comprar um cavalo para matar na próxima cavalgada."

Leiam o texto na íntegra:
http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=115&Numero=148&Caderno=0&Noticia=103734

E Paulo Sant'ana, polêmico cronista gaúcho, não poderia ficar fora da discussão; hoje, escreveu no seu espaço em ZH:

"A cavalgada da gordura!

Qual o sentido da Cavalgada do Mar? Depois que morreram dois cavalos e 15 adoeceram no primeiro dia da cavalgada, acendeu-se a polêmica.
Fui me socorrer no nosso mais importante tradicionalista. O folclorista Paixão Côrtes não vê propósito nessa cavalgada. Disse mais: que cultuar a tradição não é só cantar, dançar e beber.
As entidades de proteção dos animais protestam.

Pensando bem, parece tanto ridículo quanto cruel submeter os cavalos ao percurso de 240 quilômetros em oito dias. Ainda por cima, cada um com um cavaleiro no dorso. É desumano. Se já o é para o cavaleiro, imagine para o cavalo.
Some-se a isso a época por todos os títulos inadequada, calor sufocante e sol escaldante.

(...) Não resta dúvida, tem de suspender essas cavalgadas, imediatamente. Não sou eu, alienado, que estou dizendo. É o Paixão Côrtes, minha gente!

Tem de acabar para sempre esse irracional exibicionismo para os banhistas."

Leiam a coluna na íntegra:
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2824224.xml&template=3916.dwt&edition=14204&section=70


Minhas reflexões:
Cavalos em carroças, em cavalgadas, em batalhas, em competições - nada disso deveria acontecer com eles! Animais deveriam permanecer selvagens, longe do domínio do ser "humano".
Como esses belos exemplares da raça equina, livres e integrados com seu habitat natural!




Atualizando:
Já na crônica do dia seguinte (02/03/10), Paulo Sant'ana arrepiou, baixou a bola, suavizou o tom (imagino os milhares de telefonemas e e-mails recebidos de leitores indignados - não esqueçam que gaúcho/cavalo/churrasco de carne de vaca é um trinômio inseparável!) e escreveu que "Cavalgada do Mar precisa de fiscalização e organização", já que "cavalo também é veículo":

"Eu escrevi ontem contra a Cavalgada do Mar, mas fiquei com um remorso: afinal, sou gaúcho, respeito o culto às tradições e posso tê-lo agredido com meu texto. Então, quero contemporizar. Admito a Cavalgada do Mar, desde que ela seja organizada.
Alguém tem que se responsabilizar pelo trânsito dos animais e dos cavaleiros no longo percurso.
Sem exame dos veículos, sem inspeção dos veículos, no caso os cavalos, não vai dar para continuar".

Para ler na íntegra:
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2825235.xml&template=3916.dwt&edition=14210&section=70

Então, saiu pela tangente, para agradar gregos e troianos.
Só os cavalos continuam sendo desmerecidos, humilhados, dominados, açoitados, chegando ao nível de serem denominados "veículos".
E segue o baile...