Thursday, February 26, 2009

A enganação da GVH

Anúncios em revista de culinária de 1990, mostravam uma intrínseca ligação entre deliciosos pratos e saúde:







A mágica para criar tais gostosuras saudáveis:



Ela mesma: a vilã cujo consumo nos foi recomendado por muitos anos, inclusive como alternativa mais saudável a outras gorduras:



"Desconfie dos alimentos sequinhos, aqueles que são fritos, mas não ficam oleosos.

A receita desse "milagre" chama-se gordura hidrogenada e, ao contrário do que pensa a maioria, faz muito mal à saúde.

Estudos recentes mostram que esse tipo de gordura é pior que a saturada - de origem animal - do ponto de vista cardiovascular.

A causa: ela "plastifica" os vasos levando a infartos e derrames.
A gordura hidrogenada é uma gordura vegetal que foi criada pela indústria para ser uma alternativa à gordura saturada, a do bacon, da lingüiça, da picanha, etc.

Como não existe gordura no mundo vegetal - somente óleos - foi criado, então, um processo de transformação desses óleos vegetais em gordura sólida.
Aí, começa o problema.

Os óleos são colocados em uma câmara com gás hidrogênio - daí, o nome hidrogenada - com alta pressão e alta temperatura, e o resultado não seria bem visto - e muito menos comido - por ninguém.

Os óleos se transformam em uma pasta preta, com mau cheiro, que precisa ser alvejada para ficar sem cor e desodorizada para ficar sem cheiro.

"Ela deixa tudo crocante porque solidifica nos alimentos após a fritura, formando uma casquinha.
Isso acontece também nos vasos que ficam impedidos de dilatar", esclarece a endocrinologista Rosina Erthal Vilella, que pesquisa o assunto há anos e explica o mal que faz essa gordura, também chamada de "TRANS".

Alguns alimentos que contêm gordura hidrogenada:

- Biscoitos: praticamente todos, principalmente os recheados e os waffer;
- Chips;
- Batata-frita: tanto as de pacote quanto as de fast-food;
- Tortas e bolos prontos e semi-prontos (ficam bem fofos);
- Pães: principalmente os de massa doce;
- Sorvete: a grande maioria, até mesmo os light - o sorvete hidrogenado
é mais espumoso;
- Chocolate: cuidado com os diet, pois são os piores;
- Leite: os achocolatados prontos;
- Margarina: quanto mais dura, pior;
- Fast-food: usam essa gordura para todas as frituras porque ficam crocantes;
- Requeijão: os que são muito cremosos;
- Pipoca de microondas;
- Temperos prontos em tabletes ou em pó.

As conseqüências do consumo desenfreado de gordura hidrogenada são
pouco divulgadas no Brasil.

O mesmo, porém, não tem ocorrido nos países desenvolvidos.

Em 1994, epidemiologistas da Universidade de Harvard atribuíram ao consumo da gordura hidrogenada até 100 mil mortes prematuras por ano nos Estados Unidos.

Desde essa época, eles pediram ao Foods and Drugs Administration (FDA) - órgão regulador de alimentos e medicamentos dos EUA - alterações nos rótulos nutricionais que informassem aos consumidores o quanto de gordura trans continha cada alimento. Nada foi feito.

Cientistas relacionaram o consumo dessa gordura vegetal a doenças metabólicas, ou à chamada Síndrome Metabólica - aumento da cintura abdominal, diabetes tipo 2, alterações dos lipídeos sangüíneos, hipertensão arterial e esteatose hepática (fígado gorduroso).
A descrição dessa síndrome - inicialmente chamada de Quarteto da Morte, em 1984 - coincide com o início do uso maciço dos hidrogenados pela indústria alimentícia americana.

O epidemiologista-chefe da Escola de Medicina de Harvard, Walter Willet, diz no site www.transfreeamerica.org que a introdução dos hidrogenados na alimentação foi o maior desastre da história
alimentícia nos EUA.
Em 2001, foi divulgado um estudo - feito em 84 mil enfermeiras, durante 14 anos - no qual ficou confirmado que a principal gordura relacionada ao diabetes e ao aumento do colesterol e triglicerídios era a hidrogenada.

No ano seguinte, cientistas americanos pediram um novo estudo. Queriam que ficasse claro o quanto de gordura hidrogenada uma pessoa poderia consumir por dia, sem prejudicar sua saúde.

O resultado foi surpreendente: zero.

Há relatos também da associação de hidrogenados com vários tipos de câncer."

Toda gordura vegetal no mercado é hidrogenada. Quando lemos "gordura vegetal", ela é parcialmente hidrogenada; quando lemos GVH, é totalmente hidrogenada.
Ácidos graxos-trans estão presentes nos produtos industrializados: margarinas, gorduras vegetais hidrogenadas e óleos comerciais.
Os termos "gordura vegetal", "gordura vegetal hidrogenada", "banha vegetal", "gordura vegetal saturada", são equivalentes e significam que se trata de óleos vegetais que foram alterados por processo de hidrogenação, gerando gorduras "trans", que são altamente prejudiciais à saúde. Estas formas "trans" se apresentam em quantidades variáveis, perfazendo até 22% do recheio de bolachas tipo waffer (estudo levantado no Paraná). A ANVISA quer que as indústrias reduzam esses teores ao mínimo tolerável (0 a 1%), mas isso é difícil porque as indústrias resistem a ter que reduzir lucros e aumentar os preços. As plantas (sementes, especialmente) têm gorduras oleosas (líquidas), sendo que algumas gorduras, como as de côco e chocolate, têm mais graxas semi-sólidas. A característica física de oleosa de uma gordura é devida à maior presença de ácidos graxos insaturados. As gorduras mais sólidas possuem mais ácidos graxos saturados.
Então, pela lógica, se é hidrogenado, também é trans.



Publicado em 2006: A partir do próximo ano, os rótulos dos alimentos deverão informar o consumidor sobre a quantidade de gordura trans, a mais nociva de todas as gorduras. Criada para dar mais sabor aos alimentos, essa gordura também melhora a consistência e prolonga o prazo de validade dos mesmos. Presente em inúmeros alimentos industrializados, ela é um importante fator de risco para infartos, derrames, diabetes e outras doenças.
A Organização Mundial da Saúde - OMS estabelece que a ingestão diária máxima de gordura trans não deve ser superior a 1% das calorias diárias ingeridas. Numa dieta de 2.000 calorias, por exemplo, isso equivale a 2,2g de gordura trans. No Brasil, o consumo médio desse tipo de gordura chega a 3% do total calórico diário (6,6g de gordura trans), o equivalente a 1 porção grande de batata frita de fast food ou 4 biscoitos recheados de chocolate.


Então, somente em 2006, os estragos da GVH começaram a ser mostrados e comentados aqui no Brasil... vejam por quantos anos fomos prejudicados pela indústria alimentícia - a hidrogenação foi inventada em 1901 pelo químico alemão Wilhelm Norman e em 1909, a multinacional Procter & Gamble adquiriu a patente americana desse processo; já em 1911 surge o Crisco oil, um dos primeiros produtos hidrogenados para consumo popular, feito a partir de semente de algodão, misturado com gordura animal - !

Um texto de qualidade:
http://www.umaoutravisao.com.br/gvhnovo.html

Sunday, February 22, 2009

Aleitamento artificial prolongado



Porque nós, seres humanos, somos a única espécie que toma leite após o desmame?

E, para aumentar a perplexidade: que alimenta-se da produção láctea de outra espécie...

Mercúrio nas vacinas



Se o mercúrio é um veneno quando ingerido, porque ele faz parte da composição de algumas vacinas que nossas crianças são obrigadas a tomar?

E porque o país de Obama já retirou o thimerosal (mercúrio) das suas vacinas e aqui no país de Lula, a substância ainda se encontra ativa na vacina que seu bebê recebe?

Tabagismo - o mistério da legalização

Iniciando hoje a série "MISTÉRIOS DO UNIVERSO"...

Se você tiver uma resposta lúcida e inteligente para algum deles, por favor, poste aqui para que todos nós fiquemos a par.




Porque essa droga é legalizada se faz tanto mal a quem usa e a quem está por perto?

Friday, February 13, 2009

Libertando-se de hábitos alimentares repetitivos



Seleção de trechos do livro A Cozinha que Cura - Kristina Turner - Ed. Ground.
Postei essa seleção também no Cozinha Natureba, pois achei-a interessante para os leitores de ambos os blogs.



Você cresceu acostumado a comer refeições repetitivas? A maioria de nós pode dizer que sim.

Mesmo que você tenha sucesso adotando uma alimentação integral, provavelmente sua tendência será de voltar automaticamente para o hábito de refeições repetitivas.

Existe sempre o risco de tornar um tipo de alimento em hábito, arriscando perder a sincronia com o sentido natural do mundo, o qual está em constante mudança ao seu redor.

Nosso corpo vibra com o ritmo da natureza e deseja variedade de produtos integrais. Se você está sempre correndo atrás de produtos refinados, processados (mesmo os considerados saudáveis, como biscoitos integrais), você está parando o seu processo. O sistema imunológico começa a falhar.

E você talvez caia doente.

O trabalho do sistema imunológico é botar para fora tudo o que não pertence ao organismo.
Isso é um trabalho duro nessa nossa sociedade cada vez mais poluída e orientada para o consumismo.
Não é surpresa que doenças do sistema imunológico, como AIDS e alergias, estejam proliferando tanto, ultimamente.

Alternar uma grande variedade de alimentos - especialmente aqueles que ajudam a limpar e fortalecer os órgãos em diferentes estações - é uma maneira garantida de aliviar a carga do sistema imunológico e construir uma barreira de resistência contra doenças.

Renovando os órgãos com alimentos da estação

Há muito tempo, os antigos chineses descobriram que nossos órgãos internos respondem de maneira específica às mudanças de clima e usam a alimentação que acompanha a troca de estações.

Por exemplo, os rins - os quais geralmente são sobrecarregados durante o frio do inverno - podem ser fortalecidos com a ingestão de feijão azuki. (Nota: é bem miudinho e de cor vermelha; come-se pouca quantidade).

Em cada estação, tipos específicos de alimentação estimulam o Ki - ou força vital - a fluir através dos órgãos em pares. A cada ano o ciclo se repete. Esse é o plano da Mãe Natureza para construir uma vida longa de resistência a doenças.
Órgãos que devem ser nutridos a cada estação (em pares)

PRIMAVERA Fígado/Vesícula biliar
VERÃO Coração/Intestino delgado
FINAL DO VERÃO Baço-pâncreas/Estômago
OUTONO Pulmões/Intestino grosso
INVERNO Rins/Bexiga


Alimentos com poder curativo em cada estação

PRIMAVERA: cevadinha, verduras, ameixa umeboshi.

VERÃO: milho, verduras amargas, saladas.

FINAL DO VERÃO: painço, abóboras de sabo adocicado, vegetais redondos.

INVERNO: feijão azuki, missô, raízes substanciosas.

OUTONO: arroz integral, verduras substanciosas, raízes.

Painço é suavizante para o baço/pâncreas e o estômago.
Arroz reconforta pulmões e instestino grosso.
Azuki e sopa de missô encorajam os rins e bexiga.
Cevadinha e cogumelos limpam o fígado e vesícula biliar.
Milho e saladas verdes relaxam o coração e o instestino delgado.

Durante cada estação, você pode dar uma força para os seus órgãos, consumindo alimentos mais curativos. Mesmo fora da estação esses alimentos têm poder curativo sobre órgãos sobrecarregados

Um exemplo de como o seu humor, os seus órgãos e as estações do ano estão interligados.

Na primavera, exercícios fora de casa e na natureza mandam sangue rico e oxigenado para o fígado, estimulando-o a eliminar as gorduras do inverno.
O resultado... você se sente muito bem!
Mas se você fica preso dentro de casa - num escritório sem ar, com temperatura controlada - provavelmente vai se sentir inquieto, impaciente ou mesmo, com o pavio curto.

Em qualquer estação, sentimentos de irritabilidade podem ser superados comendo mais verduras da primavera (acelga, mostarda, agrião etc) e diminuindo os alimentos aquecedores do inverno (cereais cozidos na pressão, óleos e nozes, sal, produtos animais, alimentos assados). Em vez disso, cuide bem de você com uma sopa deliciosa de cevadinha com cogumelo. Quando o final de semana finalmente chegar, você vai se sentir leve o bastante para curti-lo.

Depois de muitas estações comendo alimentos integrais e locais, adequados às suas necessidades, seu corpo inteiro começará a se sentir melhor e mais conectado com o ritmo da natureza. Você vai tremer menos de frio no inverno, suar menos no verão, se acalmar com mais facilidade no outono e arrebentar o casulo mais depressa na primavera.

No entanto, se você apresenta sintomas mais sérios, a alimentação sozinha talvez não seja o bastante para restaurar sua saúde. Muitas outras disciplinas podem complementar sua maneira de se alimentar: acupuntura, fitoterapia, yoga, consultas com psicólogos, meditação, massagens, medicina holística.

Confie na sua intuição.
Pesquise e procure novas direções.
Tudo está interligado.

Thursday, February 12, 2009

Leite alegre


Esse o título de uma notinha publicada num recatado espaço da ZH de hoje (12/02): Vacas felizes produzem mais leite, de acordo com pesquisadores da Universidade de Newcastle, na Inglaterra.
A vaca que recebe um nome e é tratada com um "toque mais pessoal e carinhoso" pode aumentar sua produção em até 285 litros por ano, garante o estudo, que envolveu 516 fazendeiros do país.


Os pesquisadores precisam de um estudo científico para comprovar um fato que qualquer coração sensível percebe: amor produz mais amor, ou seja, qualquer ser tratado com carinho, atenção e cordialidade mostrará e dará o melhor de si.

O ser humano está transformando-se em máquina sem emoções, agindo basicamente em busca de resultados materiais, esquecendo-se da sensibilidade que todos os seres vivos têm (em menor ou maior grau).

Querem comparar a vida de uma vaca em pequenos sítios, ordenhada manualmente pelo dono, possivelmente chamada afetuosamente pelo nome de Mimosa ou Mocinha e com seu bezerro ao lado com a vida de outra, nas grandes fazendas de nível empresarial, ordenhada incansavelmente por máquinas que a fazem sofrer, anônima entre centenas e separada de sua cria?
Qual será a mais "alegre"?
Não preciso de um estudo científico para encontrar, ligeirinho, a resposta...

Sunday, February 8, 2009

Um pouco de ar fresco, depois do sufoco...


Nos últimos posts, falei sobre a falência do sistema médico tradicional.
Agora, quero falar sobre o tratamento de doenças através de uma visão positiva.
Escolhi textos do dr. Edward Bach, que criou o sistema de cura pela energia das flores (Natureza) e nos transmitiu esse conhecimento de uma forma muito didática (Simplicidade) - sem o uso de linguagem hermética.
Atenção para não confundir o sistema floral com misticismo: muitos pensam que a cura com florais envolve práticas misteriosas, fé cega, religião ou energias do além; o dr. Bach era médico diplomado, com especialização em bacteriologia, imunologia e saúde pública. Mas com o diferencial de que sua mente foi além do campo físico, do mundo material, pesquisar em campos mais sutis.
Aproveitando-se disso, seus opositores ou aqueles que temem uma grande divulgação com sucesso e resposta positiva, teimam em chamar as essências florais de "aguinha sem efeito" ou placebo. Milhares de pessoas que já usaram e usam florais são testemunhas da cura obtida com eles - esse fator é mais importante do que "provar" quem está com a razão...


"Devido às vibrações elevadas, certas flores, árvores e arbustos silvestres têm o poder de elevar nossas vibrações e abrir os canais para ouvirmos as mensagens do nosso Eu Espiritual, inundar nossa natureza com a virtude específica de que precisamos e remover de nós a falha que está causando o sofrimento".

"A doença nunca será curada ou erradicada pelos atuais métodos materialistas, pela simples razão de que a doença, em sua origem, não é material.
Aquilo que chamamos de doença é o resultado último produzido no corpo, o produto final de forças profundas e há muito atuantes; e, mesmo que o tratamento material seja por si só, aparentemente bem sucedido, isso nada mais é que um alívio temporário, a menos que a causa real tenha sido removida."


"A doença é, no seu cerne, o resultado do conflito entre o Eu Superior e a Personalidade e nunca será erradicada, exceto pelo esforço espiritual e mental."

"As verdadeiras doenças básicas do ser humano são defeitos tais como o orgulho, a crueldade, o ódio, o egoísmo, a ignorância, a indecisão e a avidez".

"A saúde é nossa herança, nosso direito.
É a completa e total união entre a alma, mente e corpo.
Isto não é um ideal longínquo e difícil de alcançar, mas tão simples e natural que muitos de nós o negligenciamos."


Claro que para entender com as flores funcionam em nosso organismo, temos que nos conscientizar de que não somos apenas seres carnais, dotados de intelecto, mas também de uma alma, que é nossa essência absoluta.
Somos seres espirituais fazendo uso de um corpo físico.
A "terapia floral" é um instrumento que vai além do nosso corpo físico, atingindo nossos corpos mais sutis (emocional, mental etc), fazendo com que "haja um desbloqueio de energia que deveria estar fluindo livremente" (aliás, ideia que os chineses, indianos, egípcios, maias e outros povos já sabiam há milhares de anos atrás...).
Mas se você tem certeza que tudo que existe é essa realidade que pode tocar e enxergar, então fica difícil mesmo de entender como os florais agem. Porém, se experimentar tomá-los, não vai precisar "acreditar": é só aguardar o resultado.
Como já disse, não depende de fé ou crença - pois a energia das flores vai encontrar o caminho para chegar até o seu Verdadeiro Eu, mesmo sem a sua ajuda.



Friday, February 6, 2009

Saindo para a luz



Interessante que quando um fato é divulgado, ou seja, é exposto à luz, logo outros vêm atrás, atraídos pelo brilho do primeiro, estimulados pela possibilidade de também serem reconhecidos.
Como na questão do estupro: as vítimas não querem relatar o ocorrido, por vergonha ou medo; mas quando a primeira prejudicada abre a boca e despeja toda sua dor, logo começam a pipocar depoimentos de outros ataques, o que, geralmente, ajuda a capturar o malfeitor.

A notícia da modelo que teve membros amputados pela infecção alastrada em seu corpo, logo fez surgir o relato da nutricionista com problema similar e agora, a história de uma sobrevivente, publicada hoje, num cantinho modesto de página, em ZH/RS.

"Ao acompanhar na TV a repercussão da morte da modelo capixaba, que teve os pés e as mãos amputadas em decorrência de uma infecção, a ex-modelo Lindiara Souza Weischung, 25 anos, viu passar pelos olhos um filme de um drama muito parecido.
Assim como Mariana, a gaúcha moradora em Porto Alegre, entrou em coma e tece parte dos pés amputados. Só que Lindiara teve um destino diferente e conseguiu sobreviver.
(...) Lindiara sentiu-se mal pela primeira vez em setembro de 2007. Por duas vezes, conta ela, os médicos do Hospital Conceição a mandaram para casa depois de medicá-la. Na terceira entrada, porém, a infecção já estava generalizada e ela entrou em coma logo depois. Foram semanas entre a vida e a morte.
Depois da luta para sobreviver, veio a batalha para evitar as amputações.
Com parte das mãos já necrosadas, ela não permitia a amputação dos membros.(...) A fisioterapeuta foi outra aliada para deter as consequências da infecção.
- Os médicos sugeriram tirar as mãos e cortar as minhas pernas. Eu não deixei - lembra.
(...) A batalha contra as amputações ainda não terminou para Lindiara. Ainda precisa fazer uma nova cirurgia para retirar mais uma parte dos pés."

Com essas histórias macabras reais, quem precisa assistir a filmes de horror?

Monday, February 2, 2009

Hospitais em crise: o problema só aumenta...


"Bactéria deixa hospitais da Capital em alerta
Microorganismo atinge pacientes em estado grave, mas onda de mortes na Capital é descartada por médicos
Desde julho passado, cerca de 400 pacientes de 15 hospitais com atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) contraíram uma bactéria que preocupa médicos e gestores da saúde em Porto Alegre."


Comentei essa notícia aqui no blog, em abril de 2008:
http://foradomanual.blogspot.com/2008/04/hospitais-em-crise-destruio-do-velhos.html

Em outubro do mesmo ano, ficamos a par de outro microorganismo atingindo pacientes em hospitais:

perigo na sala de cirurgia:
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2024/artigo99133-1.htm

quando o Fantástico divulga, a coisa está séria mesmo (saiu debaixo dos panos...):
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM867551-7823-SUPERBACTERIA+DESAFIA+MEDICOS+BRASILEIROS,00.html

Nosso hábito de tomar antibióticos para qualquer coisa está criando bactérias invencíveis?
http://www.parana-online.com.br/canal/vida-e-saude/news/211754/

Já em 2001, falava-se sobre as superbactérias que resistiam ao mais avançado dos antibióticos:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2001/010413_bacterias.shtml


Agora, em janeiro de 2009, fomos surpreendidos com o caso da modelo que teve as mãos e pés amputados devido a uma infecção que iniciou nos rins; essa bactéria que tomou conta do seu corpo fez um ataque tão fulminante, que a moça faleceu em poucos dias.
Tudo começou com uma dor nas costas... e um hospital, foi o primeiro lugar onde ela buscou ajuda.
O controle de uma infecção depende da condição de cada organismo (boa resposta imunitária) e do grau de resistência da cepa (linhagem da bactéria) que o infectou. Mariana foi vítima de uma bactéria que não pôde ser controlada.
Mas não foi a que causou a banal infecção urinária que iniciou o caso, mal diagnosticada e tratada de forma errada. Com a evolução do problema, abriram-se condições para bactérias mais resistentes alojarem-se e tudo terminou, como já sabemos.

O Fantástico tentou explicar o ocorrido para os leigos, através do depoimento de um médico:
" Médico Ricardo Lima (infectologista) - Mariana já estava em estado grave quando foi internada, mas as bactérias identificadas no corpo da modelo, não são comuns em infecções urinárias: pseudomonas e estafilococos são bactérias comumente encontradas dentro de um hospital, principalmente dentro de uma unidade de pacientes críticos, de pacientes graves, como na terapia intensiva...
Locutor - Poderia ter havido então, uma infecção hospitalar?
Médico - É uma luta constante na terapia intensiva dos hospitais para que essas infecções cheguem a zero e a gente consegue em determinados momentos... mas, às vezes, elas são consequência da agressividade do tratamento que nós temos que submeter esse paciente.
Vejam na íntegra:
http://www.youtube.com/watch?v=rgRJI3M2qAk

Ainda não refeita do choque dessa notícia, alguns dias depois leio, num cantinho discreto do jornal ZH (28/01):

Nutricionista tem dedos amputados

"Depois de apresentar infecção grave e pneumonia bacteriana, a nutricionista teve parte dos dedos das mãos e dos pés amputados. Isso ocorreu porque o quadro evoluiu para um choque séptico, quando a bactéria cai na corrente sanguínea e causa complicações circulatórias.(...) Apesar da resposta favorável ao tratamento com antibióticos, o quadro é de alto risco.
(...) Caso semelhante aconteceu com a modelo Mariana. (...) A morte dela chamou a atenção para um problema comum entre milhões de pessoas. A doença nem sempre é tratada corretamente. Se for diagnosticada logo, os antibióticos atuam e eliminam a doença. Mas se o corpo está debilitado ou se o diagnóstico ocorre tarde demais, a situação se complica e pode levar à morte."

Se entendi o que li e ouvi:
Você tem um problema de saúde simples e procura ajuda profissional.
O diagnóstico que lhe oferecem pode estar errado.
A medicação pode não ser a mais indicada.
O problema evolui e deixa de ser simples.
Você tem que ser hospitalizado devido à agravação.
Lá dentro, na terapia intensiva do hospital, como você já está debilitado pelo avanço da doença, torna-se uma presa fácil de bactérias mais agressivas que são comuns em tais locais, apesar da luta para eliminá-las.
Mesmo com a administração de uma torrente de antibióticos poderosos, seu corpo infecta-se totalmente, já que as bactérias agressivas entram na corrente sanguínea.
Nesse caso, não há mais o que fazer, segundo a medicina alopática e/ou tradicional.



Depois dessa conclusão lógica e assustadora, coloco texto do médico Vernon Coleman, que diz que os hospitais mais matam do que curam e que é preciso ser muito saudável para sobreviver a um deles.


Fonte: Revista Superinteressante, abril/2004

Medicina faz mal à saúde

Por Sérgio Gwercman

Um selo colado na testa advertindo sobre os perigos que podem causar à saúde. Se dependesse do inglês Vernon Coleman, esse seria o uniforme ideal dos médicos. Dono de um diploma em medicina e um doutorado em ciências, Coleman abandonou a carreira após dez anos de trabalho para ganhar a vida escrevendo livros com títulos sugestivos do tipo Como Impedir o seu Médico de o Matar. Autor de 95 livros, o inglês é um auto-intitulado defensor dos direitos dos pacientes. Em seus textos, publicados nos principais jornais do Reino Unido, costuma atacar a indústria farmacêutica - para ele, a grande financiadora da decadência - e, principalmente, os médicos que recusam tratamentos que excluam a utilização de remédios e cirurgias. Dono de opiniões polêmicas, Coleman ainda afirma que 90% das doenças poderiam ser curadas sem a ajuda de qualquer droga e que quanto mais a tecnologia se desenvolve, pior fica a qualidade dos diagnósticos.

Como um médico deve se comportar para oferecer o melhor tratamento possível a seu paciente?

Os médicos deveriam ver seus pacientes como membros da família. Infelizmente, isso não acontece. Eles olham os pacientes e pensam o quão rápido podem se livrar deles, ou como fazer mais dinheiro com aquele caso. Prescrevem remédios desnecessários e fazem cirurgias dispensáveis. Ao lado do câncer e dos problemas de coração, os médicos estão entre os três maiores causadores de mortes atualmente. Os pacientes deveriam aprender a ser céticos com essa profissão. E os governos, obrigá-los a usar um selo na testa dizendo "Atenção: este médico pode fazer mal para sua saúde".

Qual a instrução que pacientes recebem sobre os riscos dos tratamentos?

A maior parte das pessoas desconhece a existência de efeitos colaterais. E grande parte dos médicos não conhece os problemas que os remédios podem causar. Desde os anos 70 eu venho defendendo a introdução de um sistema internacional de monitoramento de medicamentos, para que os médicos sejam informados quando seus companheiros de outros países detectarem problemas. Espantosamente, esse sistema não existe. Se você imagina que, quando uma droga é retirada do mercado em um país, outros tomam ações parecidas, está errado. Um remédio que foi proibido nos Estados Unidos e na França demorou mais de cinco anos para sair de circulação no Reino Unido. Somente quando os pacientes souberem do lado ruim dos remédios é que poderão tomar decisões racionais sobre utilizá-los ou não em seus tratamentos.

Você considera que os médicos são bem informados a respeito dos remédios que receitam a seus pacientes?

A maior parte das informações que eles recebem vem da companhia que vende o produto, que obviamente está interessada em promover virtudes e esconder defeitos. Como resultado dessa ignorância, quatro de cada dez pacientes que recebem uma receita sofrem efeitos colaterais sensíveis, severos ou até letais. Creio que uma das principais razões para a epidemia internacional de doenças induzidas por remédios é a ganância das grandes empresas farmacêuticas. Elas fazem fortunas fabricando e vendendo remédios, com margens de lucro que deixam a indústria bélica internacional parecendo caridade de igreja.

E o que os pacientes deveriam fazer? Enfrentar doenças sem tomar remédios?

É perfeitamente possível vencer problemas de saúde sem utilizar remédios. Cerca de 90% das doenças melhoram sem tratamento, apenas por meio do processo natural de autocura do corpo. Problemas no coração podem ser tratados (não apenas prevenidos) com uma combinação de dieta, exercícios e controle do estresse. São técnicas que precisam do acompanhamento de um médico. Mas não de remédios.
Receber remédios não é o que os pacientes querem quando vão ao médico?

É verdade que muitos pacientes esperam receber medicamentos. Isso acontece porque eles têm falsas idéias sobre a eficiência e a segurança das drogas. É muito mais fácil terminar uma consulta entregando uma receita, mas isso não quer dizer que é a coisa certa a ser feita. Os médicos deveriam educar os pacientes e prescrever medicamentos apenas quando eles são essenciais, úteis e capazes de fazer mais bem do que mal.

Que problemas os remédios causam?

Sonolência, enjôos, dores de cabeça, problemas de pele, indigestão, confusão, alucinações, tremores, desmaios, depressão, chiados no ouvido e disfunções sexuais como frigidez e impotência.

Em um artigo, você cita três greves de médicos (em Israel, em 1973, e na Colômbia e em Los Angeles , em 1976) e diz que elas causaram redução na taxa de mortalidade. Como a ausência de médicos pode diminuir o risco à vida? Hospitais não são bons lugares para os pacientes. É preciso estar muito saudável para sobreviver a um deles. Se os médicos não matarem o doente com remédios e cirurgias desnecessárias, uma infecção o fará. Sempre que os médicos entram em greve as taxas de mortalidade caem. Isso diz tudo.

Muitas pessoas optam por terapias alternativas. Esse é um bom caminho?

Em diversas partes do mundo, cada vez mais gente procura práticas alternativas em vez de médicos ortodoxos. De certa maneira, isso quer dizer que a medicina alternativa está se tornando a nova ortodoxia. O problema é que, por causa da recusa das autoridades em cooperar com essas técnicas, muitas vezes é possível trabalhar como terapeuta complementar sem ter o treinamento adequado. Medicina alternativa não é necessariamente melhor ou pior que a medicina ortodoxa.
O melhor remédio é aquele que funciona para o paciente.

Em um de seus livros, você afirma que a tecnologia piorou a qualidade dos diagnósticos. A lógica não diz que deveria ter acontecido o contrário?
Testes são freqüentemente incorretos, mas os médicos aprenderam a acreditar nas máquinas. Quando eu era um jovem doutor, na década de 70, os médicos mais velhos apostavam na própria intuição. Conheci alguns que não sabiam nada sobre exames laboratoriais ou aparelhos de raio X e mesmo assim faziam diagnósticos perfeitos. Hoje, os médicos se baseiam em máquinas e testes sofisticados e cometem muito mais erros que antigamente.

Você faz ferrenha oposição aos testes médicos realizados com animais em laboratórios. De que outra maneira novas drogas poderiam ser desenvolvidas?

Faz muito mais sentido testar novas drogas em pedaços de tecidos humanos que num rato. Os resultados são mais confiáveis. Mas a indústria não gosta desses testes porque muitos medicamentos potencialmente perigosos para o homem seriam jogados fora e nunca poderiam ser comercializados. Qual o sentido de testar em animais? Existe uma lista de produtos que causam câncer nos bichos, mas são vendidos normalmente para o uso humano. Só as empresas farmacêuticas ganham com um sistema como esse.

O que você faz para cuidar da saúde?

Eu raramente tomo remédios. Para me manter saudável, evito comer carne, não fumo, tento não ficar acima do peso e faço exercícios físicos leves. Para proteger minha pressão, desligo a televisão quando médicos aparecem na tela apresentando uma nova e maravilhosa droga contra depressão, câncer ou artrite que tem cura garantida, é absolutamente segura e não tem efeitos colaterais.