Thursday, July 31, 2008

Trópico de Capricórnio


Encontrei um velho amigo, perambulando, nós dois, pelas ruas de Porto Alegre e não nos víamos desde os idos anos 80, quando trabalhamos juntos num musical criado pelo Geraldo Flach e logo depois, ele foi embora pra São Paulo.
Após o saudoso abraço, procuramos um lugar para viajar ao passado, onde atualizamos o presente, tentando descrever nossas trajetórias ao pé de um cafèzinho, uma ruga de tristeza surgindo ali, uma gargalhada despontando acolá, tecendo histórias íntimas e públicas.
Em uma rápida visita à cidade, para acertar seus ponteiros, Paulinho Oliveira (na verdade, Paulo Oliveira, mas na minha memória ficou esse nome, mais doce) me deixou seu lindo trabalho, o CD Trópico de Capricórnio, música instrumental de qualidade, criada, arranjada e executada por esse talentoso multiinstrumentista (sax alto e soprano, flauta, flautim, pife, triflu, wind-synth, percussão, teclados e programação... ufa, caramba, que potencial... rs).
Mas, para não o chamarem de guloso, ele repartiu o espaço do CD com alguns músicos convidados...

São oito faixas instrumentais, resultado do trabalho de um cara que andarilhou pelo Brasil e por meio mundo, fazendo música e para saber se aqui estou só louvando a obra de um amigo ou sendo imparcial nos meus elogios, confiram duas dessas faixas em: http://www.myspace.com/paulolliveira
Se gostarem e quiserem mais, dá para adquirir um disco lá mesmo, nesse endereço

Texto do encarte do CD:

"Quando, no início dos anos 80, cheguei a este pedaço de universo chamado São Paulo, em plena linha do Trópico de Capricórnio, talvez pressentisse, na ebulição de vida da metrópole paulista, as transformações que inevitavelmente aconteceriam em mim, como músico e ser humano.
Ao lidar com as novas tecnologias de produção musical, brotou espontaneamente nas composições, a mesma diversidade de sons, ritmos, aromas e sabores que tanto me têm fascinado, desde que aportei nessas terras tropicais.
Nesta colcha de retalhos tão coloridos procurei costurar esses quadros com a linha da improvisação (para que a alma não se perdesse). E, muitas vezes, me surpreendi quando esta linha conduzia a direção das idéias.
Trópico de Capricórnio é o registro musical de tempos muitos ricos em aprendizado, em música e em vida. E, agora, neste fim de ciclo e início de outros, uma só palavra me ocorre para definir meus sentimentos: gratidão.
Eu compartilho com vocês este sentimento. Namastê."

Tem sido a minha trilha sonora.
Pode ser a de muitos, que querem escapar dos créus, tchans, popozudas, cachorras, égüinhas e outros bichos estranhos que têm conduzido nossa música brasileira universal.

Tuesday, July 29, 2008

A Última Hora (The 11th hour)


Assiti hoje ao comentadíssimo documentário A Última Hora e achei-o, principalmente, equilibrado, sem aquele furor apocalíptico de outros documentários, sendo objetivo e prático e, o melhor: oferecendo inúmeras SOLUÇÕES, já que o PROBLEMA, qualquer ser humano consciente, já tem noção da sua existência e teor.

Ponto principal: nós não somos algo à parte da Natureza, ou seja, quando falamos "vamos salvar a Natureza" ou "vamos salvar o Meio Ambiente" temos que estar bem cientes de que fazemos parte desse pacote, de que a "salvação" inclui a nós, seres humanos. Ou seja, nos ferramos todos juntos... com a diferença de que a Terra vai ficar por aí e tem bastante tempo para se recuperar, depois que nós, última espécie a ser criada na superfície do planeta, for extinta.

Ou temos a alternativa de mudar nosso comportamento, para evitar que a sujeira e a bagunça aumentem; urgentemente, antes que nada mais possa ser feito para reparar os estragos de nossa grande orgia gananciosa.

Os extras são a estrela da produção, pois trazem em seu bojo, as SOLUÇÕES.
Particularmente, selecionei como favoritas as idéias de Janine Benyus (coloquei opções de imagens no VIDEODROME, lá embaixo da página), David Suzuki (que tem uma Fundação com inúmeras sugestões de mudança: http://www.davidsuzuki.org/naturechallenge), Oren Lyons (nativo norte-americano, defensor de direitos indígenas e dono de idéias diferenciadas que só pessoas realmente ligadas à Terra podem ter) e Tom Linzey (um executivo que defende os direitos da Natureza - os termos legais de protecionismo).
Assistindo ao filme, dá para assimilar o proveitoso conteúdo de todos os entrevistados.

O filme não sugere (nem eu) que abandonemos nossa tecnologia, mas que a transformemos, usando técnicas não-destrutivas e que não deixem resíduos, como a Natureza faz, por exemplo, como a aranha constrói sua teia, como as ostras constroem suas conchas protetoras, enfim, como usam processos inteligentes para obter aquilo que necessitam.
E também não é sugerido que saiamos nus, barbudos e com tacapes nas mãos, para o meio da floresta, para viver ao relento e alimentando-nos de frutos silvestres e coquinhos.
É o momento de cuidar com carinho da nossa casa, a Terra e redescobrir os prazeres simples, tirar o CONSUMISMO do seu altar (acho que ele é o Anticristo...), colocá-lo no seu devido lugar, que é servir-nos e não sermos nós, os seu vassalos.

Monday, July 28, 2008

Crianças, são as que mais sofrem...



...quando uma
civilização está em decadência.

Acabei de ouvir no teletragédia das 8 sobre dois bebês que morreram em creches, em lugares diferentes mas sob circunstâncias semelhantes e automaticamente, lembrei do que escrevi em outro tópico (Estamos perdendo nossa "humanidade"?), na semana passada:

É o sistema em que vivemos, que nos motivou a deixar nossos filhos aos cuidados de outros para podermos sair e fazer parte da mão-de-obra que faz esse mesmo sistema girar e proliferar.
Particularmente, acho que os primeiros anos de vida da criança, que são os formadores, deveriam ter a participação integral da mãe. Se as mulheres quiserem trabalhar, que o façam mais tarde, depois da primeira infância do filho. Principalmente, o primeiro ano, onde já é comprovado que a criança desenvolve a sua afetividade.


Sempre achei um grande risco largar um bebê para ser cuidado numa creche, junto a dezenas de outros bebês (a maioria é superlotada: mais uma criança, mais uma mensalidade...), onde é impossível às atendentes darem toda a atenção necessária a todos. Mesmo a mãe, que passa praticamente tempo integral cuidando do filho, vigiando e preocupando-se, não está livre de cometer falhas, o que dirá alguém que está sendo pago para cumprir essa tarefa e ainda assoberbada com muitos para distribuir sua atenção?


Não gosto de generalizar, mas nesse caso, considero as creches como um "depósito de crianças", assim como as clínicas geriátricas são um "depósito de velhos".
Não sou a favor de nenhum dos dois e a existência desses lugares deve-se à modificação das prioridades do ser humano, que deixou o amor ser suplantado por outros sentimentos menos nobres.

Esses fatos lamentáveis vieram juntar-se a tantos outros envolvendo o sofrimento de crianças (menina lançada do alto de um prédio, menina desaparecida no velho continente, meninos baleados, menino arrastado por um carro até encontrar a morte...), notícias essas pululando nas primeiras páginas... mas, e quanto às milhares de crianças desprotegidas, com falta de cuidados básicos, sentindo fome, frio, solidão, dor e desprezo, que andam soltas pelas vias do planeta, frutos da nossa decandente civilização? Elas mostram que algo está MUITO errado na nossa maneira de conduzir a Vida nesse alvorecer do século XXI.

Monday, July 21, 2008

Amizade

Não sou muito ligada em datas comemorativas (sendo bem franca, nada ligada...), mas como recebi várias mensagens relacionadas com o Dia do Amigo, me imbuí desse espírito coletivo de solidariedade, carinho, respeito, afeto, trocas, enfim, toda a profundidade de uma relação que acho a mais perfeita entre os seres humanos.
E acredito que pessoas de sexos diferentes possam ser amigas, sim, embora muitos achem que rola uma atração sexual enrustida nesse tipo de relacionamento... (que maldade!)
Beijos para todos os meus amigos... e que o número deles aumente na minha vida, tomara!


glitter-graphics.com

Tuesday, July 15, 2008

TOMA LÁ, DÁ CÁ


TOMÁ LÁ, DÁ CÁ

Hoje à tarde peguei alguns livros que não me serviam mais, mas pelos quais paguei bem caro e dei uma volta pelos sebos, para vendê-los.

Sim, já sabia que quando algum artigo sai das prateleiras da loja, perde metade do seu valor de mercado. Porém não esperava tanta desvalorização, ao ver o que me ofereceram e também já sabendo que o comprador iria colocar 300% ou mais de lucro em cima do preço que pretendia me cobrar.

Ou seja, somos enganados diariamente, na qualidade da comida que comemos, nos serviços que nos prestam, na prática médica que nos ministram, enfim, chegamos ao ponto de viver em uma sociedade (por nós mesmos criada, é verdade), em que não temos uma troca honesta de necessidades (tão raro isso acontecer...).

Saí indignada do sebo, com meus livros guardados de volta na sacola (não sem antes ouvir um "moça, é uma boa oferta que está perdendo"), soando passos fortes pela calçada e trocando idéias com meus botões.

A cada dia que passa, sinto com mais intensidade que devemos aprender a viver com nossas próprias pernas, dependendo o menos possível do grande sistema e criando bolsões nos locais onde moramos, desenvolvendo redes para compartilhar e trocar mercadorias, serviços, gentilezas, favores e cuidados, de uma forma menos agressiva e mais solidária. Por exemplo, comprando alimentos orgânicos de pequenos agrcultores, de fornecedores conhecidos, tendo certeza de que nosso investimento é seguro, em lugar de ir a supermercados cheios de comida industrializada e cara, por ter passado por tantas mãos e cada uma querendo tirar o seu quinhão, com garras afiadas.

Então, tive a idéia de criar, aqui onde moro, Porto Alegre/RS, a TOMA LÁ, DÁ CÁ, uma rede que inicia com a meta de alongar-se e com a função de estabelecer trocas entre pessoas que também estabelecerão vínculos, pois todo o comércio será um ato secundário, estimulado pelas relações desenvolvidas.

A princípio, faremos uma reunião, com os membros das minhas comunidades no orkut e leitores do blog moradores aqui em POA (ou nos arredores e cercanias) interessados em participar, para marcarmos data e lugar da primeira Feira Toma Lá Dá Cá, onde cada um levará artigos que desejar trocar ou vender, bem como serviços e talentos disponibilizados (por exemplo, hoje pego teu filho na escola e vc digita esse texto pra mim) e "qualquer acerto entre as partes" que surja.
Cada um fica responsável por suas transações, não haverão intermediários, administradores, câmbio, inflação ou juros.

A única regra é que não há regras: os acordos são individuais e baseados no que cada um julgar ser vantajoso na transação, isto é, não vale ficar decepcionado ou sentir-se enganado.

É fundamental que tenhamos essa primeira reunião para nos conhecermos, estabelecermos o contato direto que será a base do que virá depois, uma circulação de bens e serviços entre amigos.

Podem copiar a idéia, seria bom espalhá-la aos quatro ventos.

Quem quiser participar, por favor, deixe um post com e-mail e assim que tivermos alguns interessados, já poderemos marcar o encontro e verificar as possibilidades do local (seria legal uma garagem ou espaço de um dos participantes que iria sendo trocado em rodízio). E, claro, convidem amigos ou parentes, que a origem da coisa tem como primordial as pessoas e depois, os objetos e ações.

Em obras!

Wednesday, July 9, 2008

Estamos perdendo nossa "humanidade"?


O tema do post anterior ainda está rendendo frutos... Mas tem a ver com meu ponto-de-vista de que precisamos viver em conexão direta com a natureza e ao abandonarmos essa ligação, estamos perdendo o rumo e decaindo: perdendo nossa "humanidade".

Estamos hipnotizados pelo sistema que nos motivou a deixar nossos filhos aos cuidados de outros para podermos sair e fazer parte da mão-de-obra que faz esse mesmo sistema girar e proliferar.

Particularmente, acho que os primeiros anos de vida da criança, que são os formadores, deveriam ter a participação integral da mãe. Se as mulheres quiserem trabalhar, que o façam mais tarde, depois da primeira infância do filho. Principalmente, o primeiro ano, onde já é comprovado que a criança desenvolve a sua afetividade.

É uma questão bastante controversa, que nós mesmas, mulheres, criamos, instigadas por interesses que não apenas os nossos.
Há pouco assistia a uma entrevista de uma antropóloga (não consegui pegar o nome) que dizia que as mulheres sempre trabalharam, mas nunca, em nenhuma época, as crianças foram de forma tão intensa, entregues aos cuidados de "instituições frias".
Hoje, por exemplo, perdemos tb o cuidado das avós... antigamente, se a mãe precisava mesmo sair à rua para trabalhar, as avós (ou as tias ou irmãos mais velhos) é que ajudavam a criar as crianças e isso estimulava esse vínculo afetivo com a família.

Não estou querendo voltar numa viagem com a máquina no tempo, mas penso que temos que resgatar alguns valores perdidos, pois a falta deles está causando a infelicidade das nossas crianças (drogas, sexualidade desperta precocemente, gravidez adolescente etc).

Tomio Kikushi diz que "os homens e as mulheres têm funções específicas. O homem, por exemplo, deve estar trabalhando enquanto que a mulher educando, cuidando dos filhos e cozinhando.
Não é machismo, é a natureza humana".

Concordo que nós, mães, deveríamos agir assim enquanto nossa família precisa de nós (caso contrário, pq a criamos?)
Há sempre tempo para vôos mais longos e individualistas...

Por exemplo, a moda...

Um sujeito que vive do outro lado do Atlântico decide ditar quais as cores e modelos de roupas que iremos usar na próxima estação (certamente, financiado e dirigido pela indústria da moda) e a mulherada sai correndo para as lojas, buscando os itens escolhidos por outros e já fartamente expostos nas vitrines, prontos para serem consumidos e enriquecer, na volta do ciclo, o tal sujeito que vive do outro lado do Atlântico...

Há muitos anos lia nos livros de ficção científica, que no futuro seríamos transformados em robôs... então, descobri que isso é uma metáfora, pois já somos robôs, dirigidos, controlados, encaminhados para procedimentos alheios à nossa vontade, muitas vezes sugeridos maliciosa e sutilmente, como pela propaganda (a escancarada é a menos perigosa, pois vc pode criticar e denunciar).

Isso enfatiza o ponto-de-vista de que o papel da maternidade está neglicenciado por pressão e manipulação feita por interesses de terceiros, abalando inclusive o nosso instinto, que seria o de parir naturalmente, amamentar, amparar a cria exclusivamente no período em que ela é dependente dos nossos cuidados.

Então, é sugerido que temos que trabalhar nas empresas e não ficar em casa, pois dedicar-se à família seria uma forma de subserviência, onde estaríamos sendo exploradas, principalmente pelos homens, nossos ferrenhos inimigos... aos poucos fomos afastadas de nosso importante papel de "personal dona-de-casa" para nos preocuparmos excessivamente, por exemplo, com a imagem (cosméticos, botox, cirurgias, implantes, liftings, silicone etc. - toda uma produção feita para transformar as mulheres em seres artificiais, longe da sua verdadeira natureza).

Ah, não sou nada contra uma bela cor de batom realçando os lábios, contra um maravilhoso creme hidratante pós-banho e outros auxiliares da manutenção da nossa beleza, mas o que vemos atualmente é um arsenal para transformar a mulher num... robô...

Tuesday, July 8, 2008

A alquimia de cozinhar


Andamos falando em uma das minhas comunidades no orkut (Mães Natureza) sobre o papel de mãe e dona-de-casa que anda bastante desvalorizado. Disse lá que "também acho que esse sentimento de querer cuidar da família com mais proximidade e intensidade não tem nada de vexaminoso, pelo contrário, é o natural, só que por motivos mercadológicos tentam colocar esse papel como menor e depreciá-lo para que a mãe largue suas tarefas naturais e saia atrás de emprego, largando os filhos nas mãos de estranhos.
Afirmam que hoje é necessário que a mulher ajude na renda da família, mas se pensarmos bem, para que consumir tanto, será que não podemos viver bem sem adquirir tantas coisas supérfluas que acabam sendo consideradas necessárias?”

Então, ampliando o tema, peguei alguns textos que valorizam o ato de cozinhar e consideram a cozinha como um espaço poderoso e precioso dentro de uma casa, pois é nela que fazemos a alquimia dos alimentos, ou seja, criamos aquilo que vai fornecer saúde e prazer à nossa família.
Já repararam que hoje as construções, principalmente apartamentos, relegaram as cozinhas à um espaço exíguo, como se ali bastasse caber o microondas e o freezer?

“Quando se cozinha, temos os elementos nas mãos, fazemos o supremo feitiço da transmutação da matéria.
Transformamos o trigo em pão, o vinho em vinagre, a rosa em geléia.
Cozinhar é o mais sagrado ritual.
No ato de transformar os alimentos os alimentos estamos também nos transformando.

Claro que nem toda pessoa que cozinha passa por essa transformação.
As pessoas transformaram o ato de cozinhar num sacrifício e o fazem geralmente com sentimentos de ódio, tédio e não lhe dando a atenção necessária.
Isso resulta num alimento que nos acusa mal, que nos provoca tristeza e nos sentimos pesados. Esse alimento não traz em si nada de mágico, é um amontoado de massa que digerimos sem nenhum prazer.
Quantas pessoas já pararam para sentir a textura de uma cenoura?
Quem saberá decifrar a linguagem dos vegetais?
Quem poderá falar-me do leite doce de uma alface?
As pessoas esqueceram de suas ligações com a Terra e tornaram-se infinitamente melancólicas.
As mulheres cozinham com raiva, sem sentir o que estão fazendo.
É como se tivessem nas mãos uma varinha mágica e a jogassem no lixo!"

A Cozinha da Bruxa – Márcia Frazão

Cozinhando com amor

“Cozinhar é uma arte.
Cozinhar é também oração e meditação.

Ao lavar e preparar cereais, trate-os com respeito e gratidão: estas simples sementes contém vida.
Quando você lavar e cortar um vegetal, sinta sua origem. Pense no solo, na chuva, no sol e no lavrador que o cultivou. Pense no milagre do seu crescimento e na dádiva que está recebendo.
Mesmo com a melhor orientação, você só conseguirá uma comida deliciosa e saudável usando atenção, amor e imaginação.
Tente organizar sua cozinha.
Relaxe um pouco antes de cozinhar para por de lado as preocupações e deixe que a alegria de cozinhar por amor invada seu pensamento.
E então logo sua família logo crescerá em saúde e paz. E liberdade.”

Liberdade através da Alimentação – Iona Teeguarden

"Talvez seja hora de libertar-se dos hábitos alimentícios rígidos que restringem os seus horizontes nutricionais e sensuais. Talvez os seus baixos níveis de energia estejam dizendo a você para livrar-se do arroz cozido na embalagem e lembrar-se da aparência, do gosto e da impressão que a comida dava antes da tecnologia despojá-la da sua vitalidade. Ou talvez, como a maioria das pessoas, você deseje mais energia e menos stress, ter resultados correspondentes ao seu esforço, preparar-se para os desafios e mudanças da vida e ajustar-se a eles, bem como dar a si mesmo aquilo de que de fato você precisa agora.
Quer você queira divertir-se, alimentar a família ou comer sozinho, o casamento entre a sabedoria antiga e alimentos frescos pode adicionar a todas as suas refeições bom gosto e vivacidade.
O simples ato de reservar um tempo para cozinhar e alimentar-se com a milagrosa prodigalidade da natureza vai tornar você mais atento e apaixonado pelo processo de viver.
Cuide daquilo que você procura para comer... e a boa sorte será sua.”

O Livro da Culinária Feng Shui – Elizabeth Miles

Uma Meditação Culinária

Os zen-budistas acreditam que se deve meditar sobre as atividades de todo dia - os eventos exotéricos, ou exteriores, que compõem a nossa vida diária. A culinária proporciona uma excelente oportunidade para você meditar sobre o seu dia, sobre questões emocionais ou espirituais, grandes planos de vida ou sobre as alegrias simples do viver.
Enquanto transforma ingredientes em comida e pensamentos em experiência, você cria a sua própria energia vital.
Eis alguns pensamentos para inspirá-lo enquanto você corta e fatia:

* Você está constantemente envolvido no processo de equilibrar as forças da mente e do corpo, o ambiente, as outras pessoas e o universo.

* O equilíbrio não conhece um ponto final, apenas o fluir cotidiano da energia.

* Em todos os dias da sua vida, ingerir o alimento certo para o momento pode alimentar o seu ch'i e levá-lo ao equilíbrio.


(pra quem não sabe, ch'i é o mesmo que o prana dos indianos e a força vital dos ocidentais).

Fonte: mesmo livro acima

Quem quiser ler mais sobre meditar em momentos cotidianos, veja sobre meditação enquanto lava a louça (sim, é possível lavar louça com prazer...), num outro post desse blog:

meditação na cozinha

Friday, July 4, 2008

Ficha Técnica


Recebi esse meme da Carla e vou responder:

ATIVIDADE PROFISSIONAL: Jornalista

OUTRAS ATIVIDADES: Escritora, cantora, professora de música, futura acadêmica de Nutrição, ex-astróloga

ESTRANHISSE: Usar chapéu, quase sempre

PRINCIPAIS MOTIVAÇÕES: Acreditar na evolução, na possibilidade das mutações e em que amanhã será melhor do que hoje

QUALIDADES PARADOXAIS: Quieta, silenciosa, mas com a mente fervilhando...

PONTOS VULNERÁVEIS: Não resisto a pedidos de ajuda

ÓDIOS INCONFESSOS: Acordar cedo e vozes de"taquara rachada"

PANACÉIAS CASEIRAS: Todas as do repertório de um natureba

SUPERSTIÇÕES INVENCÍVEIS: Não ler tarô depois do entardecer

TENTAÇÕES IRRESISTÍVEIS: Batatas-fritas, bochecha de criança e livros novos

MEDOS ABSURDOS: Morrer sozinha

ORGULHO SECRETO: Ter muita vontade de aprender e ensinar

Tuesday, July 1, 2008

Gordura trans agoniza





Ontem mesmo postei uma verdade que está vindo à tona, sobre os perigos do uso do plástico.
Hoje, encontro notícias sobre a agonia da gordura trans, mais um vilão do mundo contemporâneo, criado pela indústria alimentícia e aceito plenamente pelos órgãos de controle e saúde, aos poucos mostrando sua verdadeira face para nós, pobres e desinformados mortais.

Mais uma prova de que "somos levados no bico", "levamos gato por lebre", somos ludibriados... alguém tem aí uma expressão para adicionar às tantas que me chegam
à mente?

Nova York bane gordura trans dos cardápios
Estabelecimentos não poderão vender comida feita com a substância


Ligada a problemas no coração e câncer, a gordura trans será banida na maior cidade dos Estados Unidos - um dos países com mais obesos no mundo.

A partir de hoje, estabelecimentos que vendem comida em Nova York - de restaurantes a cantinas de escolas - estarão proibidos de usar esse tipo de gordura ao preparar seus alimentos. Estima-se que a ingestão de 5,6 gramas da substância todos os dias aumente o risco de doenças cardíacas em 20%.

Os comerciantes tiveram dois anos para se adaptar à lei, aprovada em 2006. As autoridades, porém, estudam a adoção de um período de tolerância de três meses antes do início da aplicação das multas - que variam de US$ 200 a US$ 2 mil.

Preocupados, chefs da Big Apple gastaram muito tempo e centenas de litros de azeites e margarinas para adequar suas velhas receitas à nova lei, sem que o alimento perdesse em sabor e textura. E parece que o esforço deu certo: ao fim do prazo de adaptação, poucos pratos serão retirados dos cardápios. Alguns gigantes de fast food, como o McDonalds, anunciaram ter conseguido eliminar a gordura trans de todos os seus produtos.

No Brasil, um projeto de lei do deputado Fernando Coruja (PPS-SC), que proibia a fabricação e a comercialização de produtos que contenham esse tipo de gordura a partir de 2010, foi rejeitado na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados na semana passada. ?????????

Desde 2006, contudo, as indústrias são obrigadas a colocar nos rótulos as informações sobre a quantidade de gorduras trans de seus produtos. Segundo a nutricionista Camila Laflor, do Hospital Moinhos de Vento, a iniciativa brasileira é um grande passo, mas não suficiente para conter os efeitos nocivos da substância:

- Quando os estudos nos mostrarem com mais consistência os malefícios do consumo de gordura trans a longo prazo, não tenho dúvida de que a nossa legislação será mais rigorosa.


Qual será a grande diferença dos estudos norte-americanos e dos brasileiros? Não será uma questão de cifrões?



Saiba mais:

Dinamarca foi o primeiro país a ter leis duras regulando a venda de produtos com gordura trans, em março de 2003.
Em 2007, na Grã-Bretanha, as maiores redes de supemercado desse país, se comprometeram a banir o uso de gordura trans em seus produtos próprios.
Calgary, no Canadá, foi a primeira cidade desse país a banir a gordura trans de restaurantes e cadeias de fast food, em janeiro de 2008.
A Suíça baniu a gordura trans em abril de 2008.
Em janeiro de 2008, San Francisco (EUA) lançou um programa voluntário para pôr fim à
utilização desse tipo de gordura em restaurantes.
Condado de King, em Washington - lei que proíbe o uso de gordura trans entrará em vigor em fevereiro de 2009.
BRASIL - Comissão da Câmara de Deputados rejeitou o projeto semelhante ao de Nova Iorque na semana passada.

Fonte da notícia: Jornal Zero Hora, edição de 01/07/2008