terça-feira, 29 de julho de 2008

A Última Hora (The 11th hour)


Assiti hoje ao comentadíssimo documentário A Última Hora e achei-o, principalmente, equilibrado, sem aquele furor apocalíptico de outros documentários, sendo objetivo e prático e, o melhor: oferecendo inúmeras SOLUÇÕES, já que o PROBLEMA, qualquer ser humano consciente, já tem noção da sua existência e teor.

Ponto principal: nós não somos algo à parte da Natureza, ou seja, quando falamos "vamos salvar a Natureza" ou "vamos salvar o Meio Ambiente" temos que estar bem cientes de que fazemos parte desse pacote, de que a "salvação" inclui a nós, seres humanos. Ou seja, nos ferramos todos juntos... com a diferença de que a Terra vai ficar por aí e tem bastante tempo para se recuperar, depois que nós, última espécie a ser criada na superfície do planeta, for extinta.

Ou temos a alternativa de mudar nosso comportamento, para evitar que a sujeira e a bagunça aumentem; urgentemente, antes que nada mais possa ser feito para reparar os estragos de nossa grande orgia gananciosa.

Os extras são a estrela da produção, pois trazem em seu bojo, as SOLUÇÕES.
Particularmente, selecionei como favoritas as idéias de Janine Benyus (coloquei opções de imagens no VIDEODROME, lá embaixo da página), David Suzuki (que tem uma Fundação com inúmeras sugestões de mudança: http://www.davidsuzuki.org/naturechallenge), Oren Lyons (nativo norte-americano, defensor de direitos indígenas e dono de idéias diferenciadas que só pessoas realmente ligadas à Terra podem ter) e Tom Linzey (um executivo que defende os direitos da Natureza - os termos legais de protecionismo).
Assistindo ao filme, dá para assimilar o proveitoso conteúdo de todos os entrevistados.

O filme não sugere (nem eu) que abandonemos nossa tecnologia, mas que a transformemos, usando técnicas não-destrutivas e que não deixem resíduos, como a Natureza faz, por exemplo, como a aranha constrói sua teia, como as ostras constroem suas conchas protetoras, enfim, como usam processos inteligentes para obter aquilo que necessitam.
E também não é sugerido que saiamos nus, barbudos e com tacapes nas mãos, para o meio da floresta, para viver ao relento e alimentando-nos de frutos silvestres e coquinhos.
É o momento de cuidar com carinho da nossa casa, a Terra e redescobrir os prazeres simples, tirar o CONSUMISMO do seu altar (acho que ele é o Anticristo...), colocá-lo no seu devido lugar, que é servir-nos e não sermos nós, os seu vassalos.

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