Sunday, September 28, 2008

A evolução da resistência das bactérias



Está se tornando mais difícil tratar doenças com remédios alopáticos... e a indústria farmacêutica continua, incansavelmente, a produzi-los em enormes quantidades!

Porque que é que as infecções resistentes aos antibióticos são perigosas?

Estes tipos de bactérias são particularmente perigosos, porque deixam freqüentemente o médico limitado a uma escolha muito restrita, ou mesmo sem escolha, em relação ao antibiótico a receitar para curar a infecção do seu doente. Os médicos vêem-se às vezes na dificuldade de tentarem encontrar uma combinação pouco vulgar de antibióticos, ou até agentes antimicrobianos experimentais para tratar a infecção.

Como é que as bactérias se tornam resistentes aos antibióticos?

Muitas pessoas pensam que a resistência aos antibióticos é somente um problema dos que abusam dos antibióticos, mas isso não é verdade. Quando as pessoas não fazem um uso correto dos antibióticos, é a saúde pública que está em risco. Mesmo que já não tome antibióticos há muito tempo, uma infecção causada por bactérias resistentes pode ser mais difícil de tratar.

Quando expostas a um antibiótico, as bactérias têm geralmente duas opções:

Mutação - as bactérias mudam a sua estrutura; o antibiótico já não consegue penetrar na bactéria nem acoplar-se à sua superfície.

Adquirir novos genes - as bactérias produzem novas enzimas (proteínas) que desativam ou destroem mesmo o antibiótico. Consequentemente, em vez de erradicar a infecção completamente, o antibiótico mata somente os organismos mais fracos e não resistentes, deixando os seus parceiros mais resistentes para se multiplicarem e espalharem os genes que inicialmente asseguraram a sua sobrevivência. A resistência desenvolve-se ao longo do tempo, enquanto as novas gerações de bactérias se tornam mais fortes - um problema agravado pelo abuso, uso errado e exagerado dos antibióticos.

Que tipos de resistência aos antibióticos foram já detectados?

MRSA - Staphylococcus aureus Resistente à Meticilina

Estas bactérias tornaram-se resistentes à meticilina, à nafcilina, à oxacilina, à cloxacilina, à dicloxacilina, ao imipenem e às cefalosporinas, que são os antibióticos usuais para tratar infecções por Staphylococcus aureus. Consequentemente, têm de ser usados antibióticos mais tóxicos e mais caros (por exemplo, vancomicina).

VRE - Enterococcus Resistente à Vancomicina

Estirpes que desenvolveram a resistência a muitos antibióticos geralmente usados, mas mais especificamente, à vancomicina, que tem sido desde há muitos anos a última linha de defesa de encontro a estas infecções. Os enterococos são bactérias vulgares que se encontram naturalmente no nosso intestino, mas podem tornar-se prejudiciais se o corpo se encontrar já enfraquecido pela doença (ex.: doentes que se encontram internados no hospital por outros motivos, e ficam infectados por estas bactérias).

PR - Resistência à Penicilina

Bactérias resistentes ao efeito da penicilina Historicamente, o Streptococcus pneumoniae era uniformemente susceptível à penicilina (bactérias responsáveis pela meningite, pneumonia, otite média, sinusite e bacteremia – bactérias no sangue – nos adultos e nas crianças) Isto constitui um grave problema para as pessoas idosas, para os bebês, e todos os que têm problemas crônicos subjacentes ou sistemas imunitários enfraquecidos.

Pais deveriam pensar muito antes de ministrar
antibióticos a seus filhos: alguns basta a criança emitir O PRIMEIRO ESPIRRO ou manifestar-se UMA LEVE ALTERAÇÃO DE TEMPERATURA e já dão antibiótico, muitas vezes "receitado" por eles mesmos.

Esse também é um hábito regular em alas de atendimento emergencial e postos de saúde, sempre abarrotados de doentes, principalmente crianças e idosos, os mais frágeis e suscetíveis aos problemas apresentados no texto.

Seria eu totalmente CONTRA ANTIBIÓTICOS?

Não, em algumas situações eles são necessários, por exemplo, quando uma doença já fugiu do controle (o processo de cura utilizado não foi eficiente por N causas), ele pode cortar a infeceção, mas isso está tornando-se cada vez mais difícil, como os próprios médicos estão reconhecendo.Por isso, ultimamente, quando levam as crianças ao atendimento tradicional, o diagnóstico geralmente é "virose", ou seja, não conseguem mais identificar as doenças...

Aliás, vcs sabem a diferença entre bactéria e vírus?
Vou postar outro artigo escalarecedor.

Infecções bacterianas vs. infecções virais:
qual a diferença?


Tanto as infecções virais como as bacterianas fazem-no sentir doente, e muitos dos sintomas são idênticos.

Qual a diferença entre uma infecção viral e uma infecção bacteriana?

Uma doença provocada pelo vírus da gripe, ou constipação, geralmente dura apenas até 10 dias, enquanto as doenças causadas por bactérias geralmente duram mais de duas semanas.

Os sintomas da constipação e gripe, incluindo o nariz congestionado, olhos inflamados, tosse seca, dor de garganta, arrepios e dores, são causados por vírus e não por bactérias.

Adultos que têm uma garganta inflamada sem febre significativa e sem “pontos brancos”, muito provavelmente não têm uma infecção bacteriana? (O mais provável é que a doença tenha sido causada por um vírus.)

A maior parte das tosses não precisa de antibiótico. LEMBREM-SE – Se os seus sintomas sugerem uma infecção viral, os antibióticos não terão efeito.

LEMBREM-SE – Os antibióticos só devem ser usados quando forem realmente necessários - para curar uma infecção bacteriana - e receitados por MÉDICO; mas se vc quiser realmente afastar-se do uso de ANTIBIÓTICOS (mesmo que isso possa levar algum tempo), procure um MÉDICO HOMEOPATA UNICISTA.

Wednesday, September 24, 2008

Prevenção e Saneamento básico p/evitar doenças


... e mortalidade infantil.


O texto postado abaixo, comunga com minha visão sobre prevenção de doenças e uso de vacinas, ou seja, que os governos deveriam investir em saneamento básico como fator preponderante de prevenção da saúde e não fazendo o contrário, investindo milhões em vacinação em massa, como uma forma agressiva e invasiva de evitar a doença.

Alegam que a vacinação é necessária para evitar doenças, quando sabe-se que o tratamento de esgotos inexistente e o uso de água contaminada são berços da proliferação de agentes causadores de diárréia, cólera, tifo e poliomelite. Enquanto essa situação precária persistir no País, como podem dizer que "as doenças estão controladas e as vacinas são responsáveis por eliminar as doenças"? Será que os governos não investem em saneamento básico para a população porque não é uma obra grandiosa e nem atrai manchetes de uma forma sensacionalista, como por exemplo, perfurar o solo atrás de petróleo?

É assunto para pensar quando formos às urnas escolher nossos futuros governantes...


Falta de saneamento gera maior número de doenças

O Brasil apresenta uma triste estatística relacionada à falta de coleta e tratamento de esgoto.
Mais de 95 milhões de brasileiros não possuem rede de coleta de esgoto sanitário e 40 milhões utilizam fossas sépticas.
Nas zonas rurais, a coleta atinge apenas 4% da população
.
A consequência deste descaso das autoridades nas três esferas de poder (federal, estadual e municipal), principalmente nas periferias das grandes cidades do País, é o consumo de águas contaminadas pelos moradores e alta mortalidade de crianças, sobretudo até os cinco anos de idade.

O Presidente da Sociedade Brasileira de Parasitologia, Carlos Graeff Teixeira, destaca que o grande problema do Brasil em função da falta de investimentos nesta área são os casos de diarréia que proliferam em áreas sem saneamento básico. "São 210 crianças que morrem todo o mês em decorrência da doença, o que é uma vergonha".
Segundo ele, 80% do esgoto produzido no País não recebe nenhum tipo de tratamento e é despejado em lagos, rios mares e mananciais.

Para o presidente do Instituto Trata Brasil, Luiz Fernando Felli, sensibilizar a população sobre a importância e o direito de acesso à coleta e o tratamento do resíduo é fundamental.
A ONG realiza palestras com os moradores para organizar um planejamento e cobrar do poder público a aplicação de verba no setor. "O País só tem a ganhar com a aplicação de recursos em saneamento. A cada R$ 1,00 investido, o governo federal economizaria R$ 4,00 em gastos com saúde", explicou.

Além da diarréia, doenças como a cólera, tifo e poliomielite proliferam em águas contaminadas ou sem tratamento de esgoto.

Aproximadamente 40 milhões de pessoas que vivem na periferia das grandes cidades brasileiras bebem água de péssima qualidade. Nestes locais, além de não ter água potável, as moradias são precárias, a coleta de lixo não é realizada e não há rede de esgoto.
O alerta é do coordenador do Programa Água para a Vida da WWF-Brasil, Samuel Barreto: "Não adianta pensar o saneamento básico descolado de uma política de desenvolvimento, de ordenamento territorail, de habitação e de renda". O representante da entidade diz que as pessoas precisam morar e precisam de água. "Essa água será procurada em qualquer lugar", comentou.
Segundo ele, como no Brasil não são feitos investimentos em saneamento básico, o País não conseguirá cumprir algumas das Oito Metas do Milênio propostas pela ONU, que prevêem a redução pela metade - até 2015 - da proporção de pessoas que não têm acesso à água potável e ao tratamento de esgoto.

"A crise do setor é uma crise dos pobres", destacou. Na opinião de Barreto, "a classe política ainda não entendeu que água limpa e saneamento são os mais eficientes remédios preventivos para reduzir a mortalidade infantil no País".
BRAVO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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O Brasil possui 12% das reservas de água doce no mundo, mas ainda enfrenta problemas por não ter implantado uma política de uso racional e sustentávelç dos recursos hídricos. "Em 11 estados, menos da metade dos domicílios são atendidos por rede coletora de esgoto e 80% do que é recolhido é lançado sem tratamento em rios e lagos".

Resumo baseado em matéria publicada no Jornal do Comércio, em novembro de 2007.

Sunday, September 14, 2008

Noivas de Frankenstein


Quando caminho pelas ruas, ando de ônibus, circulo pelos shoppings e parques, vou ao cinema, teatro e à feira ou na calada da noite, sou uma atenta e meticulosa observadora.
Misturada à multidão, encho os olhos e a mente da mesmice que movimenta-se à minha frente.
E uma das rotinas que mais tenho notado, entre as mulheres principalmente, é o perigoso e acrobático uso de sapatos de plataforma. Me impressiona a ginástica que moças e senhoras (e até algumas crianças!) executam para equilibrar-se naquele pedestal, além do esforço hercúleo que devem dispender para levantar o peso do artefato a cada passo.
Sim, sei que a vaidade grita mais forte do que o senso de estética ou a preocupação com o bem-estar da coluna vertebral.
Se querem ser mais altas, qualquer sacrifício é aceito para terem medidas de modelo, já que a indústria da moda pede que a cada ano, sejam maiores.
Particularmente, não tenho tal necessidade, pois sinto-me bastante satisfeita com meus 1,74 metros, mas lembro que na adolescência isso me causou muito sofrimento, já que não era hábito as garotas sonharem em ser top models. Então, eu era considerada uma "girafa", totalmente desengonçada perante minhas colegas com altura brasileira padrão.
Como os hábitos e costumes mudam com o transcorrer do tempo, hoje toda mocinha sonha em ser MUITO alta e se não foi beneficiada pela Mãe Natureza com esse atributo, a solução é a... plataforma!
Culpa dos estilistas, que ditam a moda e obrigam a mulherada a usar modelos estapafúrdios, cores escandalosas, padrões berrantes e otras cositas más, todas saídas das mentes impiedosas desses criadores que, certamente, não estão pensando intensamente na beleza e na saúde das mulheres.
E quando vi, pela primeira vez um sapato desses, me veio logo à mente a criação monstruosa e torturada do dr. Frankenstein, que usava... uma plataforma!
Se os estilistas conseguiram convencer as mulheres que elas ficam elegantes usando esse modelo de sapato, só posso dar meus parabéns ao poder hipnótico destes profissionais, pois iludiram milhares de criaturas no mundo todo.
“A partir de 3,0 cm de altura, o salto aumenta a pressão plantar sobre o dedão e o segundo dedo, deformando essas articulações, encurta a musculatura posterior da perna, aumenta a incidência de entorses e fraturas de tornozelo e pé, pois aumenta o desequilíbrio e diminui a velocidade do passo, fazendo com que a pessoa utilize mais energia para desenvolver uma distância. Há muitos registros de fraturas após quedas por causa de desequilíbrio de salto alto, ou escorregões."
Elegância, beleza, desenvoltura... será que temos nossos próprios conceitos ou somos macaquinhos seguindo a música do tocador de realejo?
Creio que não somos nada independentes em nossas escolhas, pois muitas vezes ao abrirmos algum velho baú com roupas antigas guardadas, damos um grito horrorizado e/ou envergonhado: "como pude usar isso um dia!"