quinta-feira, 27 de maio de 2010

Infância perdida



Costumo ler pequenas notícias nos jornais, aquelas que ficam perdidas entre os enormes anúncios publicitários.
Geralmente, encontra-se informações interessantes, as quais o veículo de mídia não tem interesse em chamar a atenção, já que nas grandes manchetes está publicada a informação considerada "importante".
Seguindo esse raciocínio, li a seguinte notícia, na ZH de 24/05/10:


Morte de menina é investigada

A Polícia Civil de São Francisco de Paula abrirá inquérito para apurar as causas da morte de Ana Carolina dos Reis Lunardi, quatro anos.
Ela passou mal na noite de sábado após receber uma dose de plasil durante atendimento no Hospital São Francisco de Paula.

Uma equipe médica tentou reanimá-la, mas a criança morreu cerca de 3 horas depois. Segundo o prefeito da cidade e médico do hospital Décio Colla (PT), é provável que tenha ocorrido um choque anafilático (reação alérgica). Colla não atendeu a paciente, mas é amigo dos pais da criança.
De acordo com ele, a criança esteve na casa de saúde na manhã de sábado, porque tinha diarréia e vomitava. Depois de ser medicada com soro, ela foi liberada.
Como Ana Carolina não melhorou, os pais a trouxeram novamente.
Após receber o plasil, a menina passou mal e morreu.
(...) A direção do hospital vai se manifestar sobre o caso hoje.

Possibilidades:

1) A menina foi mal atendida no hospital e faleceu devido à imperícia médica - isso é uma ocorrência grave, que está tornado-se banal e junta-se a tantas mortes ocorridas pelo mesmo motivo;

2) Teria a menina recebido a vacina contra a Gripe A e passado mal devido a esse fato?
Dificilmente saberemos, porque a notícia não tem destaque, as informações são mínimas e superficiais e, caso a morte tenha sido consequência de reações à qualquer vacina, certamente isso não será divulgado. Já se passaram 3 dias após o ocorrido e mais nenhuma informação foi publicada no jornal a respeito, principalmente a "manifestação" do hospital;

3) Obviamente, toda a morte inexplicável que ocorra pelo país, não será por mim rotulada como causada pela atual vacinação contra a Gripe A - isso poderia ser definido como paranóia. Mas, justamente por ser o momento pós-vacinação, é esse o momento de estar atento a essas "pequenas notícias", em que muitos "casos sem explicação" serão reportados sem alarde;

4) Lamentável que uma garotinha de quatro anos tenha perdido a vida dessa forma tão relapsa! Sabemos que milhares de garotinhas e garotinhos morrem diariamente pelo mundo, igualmente de forma relapsa... mas não podemos banalizar um acontecimento porque ele ocorre de forma massiva. Cada caso é único - que o digam os pais dessa criança!

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