terça-feira, 14 de abril de 2009

O Dia em que a Terra Parou


Assisti hoje ao DVD dessa refilmagem, cuja tônica é a mesma do original: nossa raça é a causa da devastação da Terra; somos uma espécie predadora e destrutiva. Não compreendemos a repercussão global do que fazemos com o nosso planeta.

No primeiro filme, recebemos um aviso e o alienígena vai embora, após deixar sua mensagem.
Na atual versão, Klaatu chega para uma rápida missão; cria várias Arcas de Noé, que colecionam espécies terráqueas em esferas espalhadas pelo planeta e após esse cuidado, parte para o extermínio da raça humana - para a liga interplanetária que ele representa, a raça humana já abusou do direito de estragar a Terra e merece desaparecer.

Ecologia - o filme está centralizado nessa palavra.

Mas o que me levou a escrever esse post foi um dos itens que encontrei nos extras, que pode ser estratégia de marketing da FOX, a produtora do filme, mas acaba sendo também uma estratégia ecológica a ser seguida por outras empresas envolvidas com o cinema.

O cinema é uma indústria extremamente anti-ecológica que usa e abusa de materiais não-recicláveis, consome, descarta sem cuidados, cria cenários enormes e os destrói sem piedade, enfim, procedimentos que hoje são considerados causas do estado lastimável em que se encontra o planeta.
Mas essa atitude está mudando e conforme diz a FOX, seria a primeira filmagem envolvendo cuidados relacionados com a ecologia - inclusive com a contratação de dois profissionais da área, que acompanham tudo de perto, aconselhando, observando, prestando a assessoria necessária.
Como afirma uma das participantes da equipe técnica: antigamente, quando eu recebia um roteiro digitado nos dois lados da folha, achava que era pão-durismo. Hoje, é uma atitude necessária e louvável.

Algumas mudanças: na cozinha, não usam mais pratos e talheres descartáveis e o lixo é separado e reciclado; aboliram o consumo de papel utilizado nas impressoras, adquirindo monitores de alta definição para que a equipe acompanhe detalhes da produção no PC, sem necessidade de imprimir; locação de carros híbridos; utilização de madeira proveniente de árvores que tombaram em temporais, sem precisar derrubá-las; evitam, ao máximo, o uso de plástico.
Muitas medidas têm custo mais alto, como o aluguel dos carros híbridos, mas a ideia é que com a demanda, os fornecedores encontrem maneiras de baratear esse custo.

Um interessante exemplo a ser seguido - antes que viajantes vindos de outra parte do Universo aterrisem em alguma de nossas áreas verdes e decidam exterminar os exterminadores... para salvar o que ainda estiver resistindo à devastação.

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