Tire a venda dos seus olhos e aproxime-se! Leia nas entrelinhas e procure ver através do brilho da ilusão, pois vivemos como mansas ovelhas agrupadas em um rebanho comandado por meia dúzia de pastores. Atreva-se a mudar sua posição, pois a Verdade não é aquela que nos mostram e obrigam a viver, através das mais variadas artimanhas e armadilhas. Faça diferente! (Vera Falcão)
domingo, 3 de outubro de 2010
Museu das Águas de Porto Alegre
Você acorda e vai ao chuveiro tomar um banho gostoso! Escova os dentes, faz o café da manhã, lava a louça e deixa a roupa de molho na máquina de lavar. Antes de sair para o trabalho, usa o banheiro e dá descarga no vaso sanitário.
Nesse pequeno período do seu dia, você utilizou uma enorme quantidade de água, um líquido precioso e já em fase de escassez, justamente porque estamos tão acostumados ao seu consumo que não o valorizamos com o devido respeito e teor. Assim como recebemos diariamente a luz solar e o ar que respiramos, a água também é generosamente oferecida a nós e mal percebemos a importância dessas dádivas para a nossa sobrevivência.
A água é uma substância essencial e indispensável para a existência de todos os seres vivos, para a manutenção do equilíbrio ecológico. Por isso mesmo, não deveríamos lavar nossos carros e calçadas e molhar os jardins com mangueira, fazendo com que esse líquido valioso jorre intensamente e sem controle. Deveria ser criada uma lei que proibisse o uso de mangueiras inconsequentemente...
Levando em conta a grande importância desse elemento, aceitei um convite da artista plástica Zoravia Bettiol (maravilhosa!) para participar de um reunião apresentando uma proposta para a criação do Museu das Águas de Porto Alegre. Achei a ideia necessária e contemporânea!
Alguns aspectos da proposta:
O museu terá como tema a água, bem ambiental limitado, essencial para a vida e para o desenvolvimento social, suas manifestações na natureza, suas características físicas, os usos múltiplos e simultâneos atuais e ao longo da história e a gestão pública dos recursos hídricos.
Terá três eixos: o educativo (maquetes, instrumentos audiovisuais, cursos etc), o histórico (preservação de artefatos e documentos) e artístico (obras produzidas por artistas, nos mais variados formatos e concepções enfocando o tema do museu). O mais interessante é que esses eixos (ou módulos) não serão estanques, mas dinamicamente interligados e integrados.
O Museu das Águas, em sintonia com a tendência museológica atual de fazer dessas instituições, organismos dinâmicos e atuantes, deverá ser um centro de referência para a conscientização das questões relacionadas com a proteção das águas e a mobilização dos cidadãos.
A ideia surgiu em 2004 e em 2009 foi constituído um grupo representativo de diversas entidades para defender a necessidade de um planejamento urbanístico da orla do Guaíba que respeite a proteção ambiental da região (pretende-se que o museu seja construído nela). A ideia da criação de um museu voltou revigorada com a caracteristica de poder tornar-se um ícone dos esforços para a preservação ambiental da orla.
"O Museu das Águas de Porto Alegre, além de sua importância para a conscientização da problemática da água, pode ser o símbolo concreto do que a orla do Guaíba significa para a população de Porto Alegre e de todo o Rio Grande do Sul, para além da simples especulação imobiliária e do uso predatório do ambiente natural”.
A palestra foi proferida por Luiz Antonio Timm Grassi (autor do texto do qual retirei informações sobre a proposta) e por Zoravia Bettiol.
O projeto já tem vários apoios, mas como está em fase inicial, procura mais apoiadores.
De minha parte, estou à disposição para divulgar e para outras contribuições que estiverem ao meu alcance para que essa ideia sensacional e extraordinária saia do papel e concretize-se no espaço físico!
Mais informações, acesse http://museudasaguasdeportoalegre.wordpress.com/
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