Saturday, January 19, 2008

Mudando a Alimentação


MUDANDO A ALIMENTAÇÃO 1

Tenho uma comunidade no orkut chamada Alimentação Natural e através dela recebo muitos scraps e e-mails de pessoas que querem mudar sua alimentação para uma forma mais equilibrada, natural e com qualidade, pedindo dicas, cardápios, sugestões.
Apesar de responder a todos, o crescente número dessas comunicações me fez pensar em abrir esse tópico, onde colocarei, de maneira contínua, os tais conselhos procurados.

PRIMEIROS PASSOS

Primeiramente, a decisão de mudar e o porquê dessa mudança são fundamentais para que ocorra uma transição, que pode ser lenta ou rápida, dependendo de cada caso. Somos indivíduos e não uma massa que reage a tudo da mesma forma. Por isso, faça as mudanças na alimentação de forma progressiva, seguindo o seu ritmo.

Em cada item, vou colocar o IDEAL e aquilo que você pode ir fazendo aos poucos, até chegar lá, algum dia. Sem estresse, com prazer e determinação: afinal comer não é só um ato mecânico - o modo como colocamos combustível em nosso organismo para que ele funcione da melhor maneira - mas envolve também sensações - por isso, às vezes, é tão difícil abandonar hábitos alimentares!

1) Eliminar a carne, ou seja, o consumo de animais (IDEAL)

Comece pela eliminação da carne vermelha, fique com a a branca (aves e peixe). O perigo são os hormônios e outros remédios que hoje vêm junto com a carne, o mercúrio que vem com o peixe (salmão), então procure um fornecedor de confiança, que crie os animais de uma forma alternativa (galinha caipira, por exemplo). Não comer animais também envolve a questão filosófica/espiritualista, mas como ela não se aplica ao tema, que no momento é mais dietético, vou deixar esse aspecto de lado, apesar dele ser importantíssimo: os animais sofrem para virar nossa comida.

Porque eliminá-la, do ponto de vista nutricional? Pela gordura e pela difícil digestão; estes dois aspectos estão relacionados com o aumento do mau colesterol e com a constatação de que temos um longo intestino, onde a carne fica por muito tempo antes de ser eliminada, o que proporciona a putrefação. Os animais carnívoros têm intestino curto, o que joga fora rapidamente os detritos.

Muitos perguntam: e a minha fonte de proteína, como fica sem o consumo de produtos animais?
Esse artigo, escrito pelo médico nutrólogo dr. Eric Slywitch, é bastante esclarecedor sobre as necessidades protéicas do nosso organismo:

Proteínas

2) Verduras, legumes e frutas crus, ORGÂNICOS, sem a presença de agrotóxicos (IDEAL)

Vegetais no seu estado natural são o alimento básico para manutenção de nossa saúde, pois eles contém as vitaminas que hoje muitos procuram nos vidrinhos da farmácia.
O maior problema com o seu consumo é que os agricultores, em sua maioria, colocam venenos nos produtos, para evitar as pragas (existem outras maneiras de evitá-las, mas como ficariam as multinacionais fabricantes de agrotóxicos se todos passassem a usá-las?).
Então, como recurso temos a lavagem cuidadosa em água corrente e depois colocamos de molho em água e vinagre, por no mínimo meia hora, lavando mais uma vez. Mas não se iluda, nem todo agrotóxico foi removido, pois ele se instala no interior da fruta ou do legume. Procure, então, comprar vegetais em feiras orgânicas (quem mora em Porto Alegre, tem todo sábado de manhã na Redenção, na rua José Bonifácio), em lojinhas naturebas ou mesmo em muitos supermercados, que já oferecem balcões exclusivos com esse tipo de produto (as grandes redes, sempre espertas, já viram que há um mercado crescente de pessoas buscando qualidade alimentar).
Evite ao máximo cozinhá-los, a não ser no vapor, levemente refogados ou assados, pois eles perdem sua propriedades com muita facilidade. Coma-os crus diariamente, pelo menos uma ou duas porções e antes dos alimentos cozidos.
Brotos germinados também são ótima opção, podendo ser feitos em casa (basta um vidro, sementes e água) ou também encontrados nos mesmos locais citados acima.

3) Troque os REFINADOS por INTEGRAIS (IDEAL)

Os alimentos, principalmente os cereais e farinhas derivadas destes, ao serem refinados perdem suas fibras e vitalidade que passariam para nós. A farinha e o arroz branquinhos são alimentos desvitalizados, mortos, cheios de amido que só nos engordam.
O mais irônico é que o que é retirado no refino é dado para alimentar os porcos e outros animais, que acabam recebendo a melhor parte dos cereais.
Procure fazer a troca progressivamente, pois seu aparelho digestivo vai sentir a diferença, principalmente, o trato intestinal (eliminação da prisão de ventre).
O arroz integral é o campeão de nutrientes numa refeição, principalmente se for aliado às leguminosas (feijão preto, branco, lentilha, grão-de-bico etc.). Existe a maneira correta de cozinhar o feijão, mas disso tratarei mais adiante, por enquanto fica a recomendação da dobradinha ARROZ/FEIJÃO!
Os carboidratos simples, encontrados em alimentos REFINADOS, são rapidamente digeridos e absorvidos pelo organismo, o que aumenta os níveis de açúcar e de insulina no sangue, favorecendo também a elevação do nível de triglicérides e a queda da taxa do colesterol "bom", o HDL, além de ter como resultado o reaparecimento da fome em menos tempo.
A longo prazo, esse quadro favoreceria o desenvolvimento de diabetes e de doenças cardiovasculares, além de promover ganho de peso em quem tiver essa tendência.

4) Evitar o consumo do grão de SOJA (IDEAL)

A maioria das pessoas que deixa de comer carne entra de cabeça no consumo da "carne de soja" e também troca o leite de vaca pelo "leite de soja". Essa troca não é nada saudável e a melhor maneira de consumir a soja é na forma fermentada (missô e shoyu).

Muita informação pode ser encontrada no tópico "Qual o verdadeiro valor da soja?", na minha comunidade do orkut FORA DO MANUAL, com artigos e reportagens sobre tal polêmica naturalista: é benéfico ou não o consumo de soja? Essa comunidade é a célula-mãe deste blog. 
Qual o verdadeiro valor da soja? 

5) Eliminar o AÇÚCAR da sua vida (IDEAL)

Uma das mudanças mais difíceis de acontecer com relação aos alimentos, é relativa ao consumo de açúcar, já comprovadamente considerado causador de doenças e um nutriente vazio. Recomendo a leitura de dois livros: Sugar Blues, de William Dufty, que rotula o branquinho doce como droga e Sem açúcar, com Afeto, de Sonia Hirsch, também afastando os doces da dieta saudável.
Para quem quiser ir devagar, troque o refinado (que faz mal duplamente, pois com o refino perde o pouco que tem) pelo açúcar mascavo, rapadura ralada, melado e mel. Vá diminuindo aos poucos, pois como toda droga, se você cortar abruptamente o consumo, vai ter crises de abstinência. Procure não adoçar frutas (muitos adoçam mamão, laranja, banana, quando não há necessidade, pois nelas existe a frutose), nem sucos ou chás.

Quanto aos adoçantes artificiais, posso informar o seguinte: Adoçantes artificiais 

6) Fique longe dos produtos INDUSTRIALIZADOS! (IDEAL)

Caixinhas, latas, embalagens tetrapak, bandejas de isopor, sacos de plástico e vistosos e coloridos pacotes são as armadilhas que a indústria usa para nos seduzir a comprar:

PRODUTOS ALIMENTÍCIOS DESVITALIZADOS, CHEIOS DE ADITIVOS E CONSERVANTES, CONTENDO VITAMINAS SINTÉTICAS QUE SÃO ENCONTRADAS EM SUA FORMA NATURAL NOS ALIMENTOS QUE A NATUREZA NOS OFERECE.

As crianças são o principal alvo dessa propaganda enganosa, que as faz preferir comida fabricada à caseira. O artificialismo de tais produtos acaba por danificar o paladar e criar o desejo pelo excesso de temperos e sabores, logo, quando a pessoa come algo natural, acha "sem gosto".
Temos que reeducar nosso paladar, evitando as prateleiras do supermercado e trocando-as pelos balcões de verduras, frutas e legumes e exercitar a culinária naturalista.

Muitas receitas naturais e saudáveis no blog Cozinha Natureba.

1 comment:

sula said...

up! up! up! up!
quero dizer q leio varias e varias e varias e varias vezes!!!!