Friday, January 25, 2008

Vida de galinha (cocoricó!)


Adoro assistir o programa infantil Cocoricó, que a Tv Cultura/SP transmite.
Amo aquela fazendinha tão alegre, cheia de animais felizes e amigos, o Júlio, garoto legal que convive numa boa com a bicharada.
Mas também penso na realidade da vida desses bichos ditos domésticos e destinados à alimentação humana, em especial as galinhas, que tanto sofrem..
Lembro que há muito tempo atrás, na minha infância, comia-se galinha só aos domingos, era um prato especial.
Criavam-se poucas, o preço era um tanto salgado e elas tinham espaço para circular e ciscar, bicar minhocas, correr atrás dos pintinhos, enfim, levar uma vida galinácea "normal", até que chegasse o dia de "ir para a panela"...

Hoje, com a produção em massa, o que acontece:

As galinhas vivem amontoadas em gaiolas de
ferro. O espaço que possuem durante toda sua vida
não ultrapassa 450 cm2 (equivalente de uma folha A4).

Dezenas de milhares de galinhas vivem assim em
galpões iluminados artificialmente dia e noite,
elas nunca verão o sol, nem conhecerão o repouso de uma noite escura e calma.


A superpopulação, a barulheira e a luz perpétua
levam estes animais a se atacarem entre si, a se
auto-mutilarem, levando-os até ao canibalismo.

Todos os machucados e a sujeira ambiente (as
gaiolas são limpas apenas uma vez a cada dois
anos) provocam infecções e doenças, o que obriga
os produtores a colocarem substâncias químicas na ração animal.

A única atividade das galinhas é comer...


As galinhas não conseguem manter um alto ritmo
de produção durante muitos meses. Quando se
tornam menos rentáveis, elas são abatidas na
idade de 18 meses (sendo que seu potencial de vida é de 10 anos).

Dá para pensar em comer carne de galinha ou ovos que são produzidos através de tanto sofrimento?

Se você não sabia disso, agora SABE.
E se continuar consumindo, é CÚMPLICE desse sistema cruel de produção.

Isso vai continuar acontecendo enquanto houver demanda para essa produção desalmada...

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